quinta-feira, 2 de outubro de 2008

SISTEMA CARDIOVASCULAR - Coração

O sistema cardiovascular consiste no coração, bombeando sangue para a circulação pulmonar, para as trocas de O2 e de CO2 e para a circulação sistêmica, a fim de suprir todos os outros tecidos do corpo.
CORAÇÃO

É um órgão muscular oco, ligeiramente maior que uma mão fechada (300g) e corresponde a uma bomba dupla, auto ajustável, de sucção e pressão, cujas porções trabalham em conjunto para impulsionar o sangue para todas as partes do corpo. Tem a forma de um cone invertido com seu ápice voltado para baixo.
Ele se situa no interior do tórax no espaço denominado mediastino, entre os dois pulmões. Dois terços do coração estão localizados à esquerda da linha mediana do esterno, e um terço está à direita. A porção superior é chamada de base, e está localizada à nível da segunda costela. A outra extremidade do coração é o ápice, situado inferiormente e localizado no nível da quinta costela. Possui ainda quatro faces: esternocostal, diafragmática, pulmonar direita e Pulmonar esquerda.

O coração está contido no interior de um saco fibroso denominado pericárdio, que o sustenta e fixa as estruturas ao redor, como o diafragma.
O músculo cardíaco apresenta duas formas: o miocárdio contrátil e as células condutoras especializadas, que não contraem, mas ampliam a onda de despolarização rapidamente pelas câmaras do coração.


Mediastino
È o compartimento central da cavidade torácica. É coberto de cada lado pela pleura mediastinal e contém todas as vísceras e estruturas torácicas, exceto os pulmões. Estende-se da abertura superior do tórax até o diafragma inferiormente e do esterno e das cartilagens costais até os corpos vertebrais posteriormente.


Pericárdio
È uma membrana fibrosserosa que cobre o coração e o início de seus grandes vasos. É um saco fechado formado por duas camadas: pericárdio fibroso (mais externo, resistente e inflexível), fixado anteriormente e inferiormente ao esterno e ao diafragma,e fundem-se com a adventícia dos grandes vasos que entram e saem do coração e o pericárdio seroso (formado por mesentélio, está internamente ao pericárdio fibroso). Reveste a superfície interna do pericárdio fibroso e a superfície externa do coração, lubrificando e permitindo que o coração tenha movimentos livres necessários para seus movimentos. A camada externa do pericárdio seroso é chamada de parietal e acamada interna de visceral

A cavidade pericárdica é um espaço virtual entre as camadas opostas das lâminas parietais e visceral do pericárdio seroso.

CÂMARAS CARDÍACAS:
O coração é dividido em quatro câmaras: átrios direito e esquerdo e ventrículos direito e esquerdo. Os átrios são câmaras de recepção que bombeiam sangue para os ventrículos (câmaras de ejeção). As ações sincronizadas de bombeamento das duas bombas atrioventriculares (AV) cardíacas constituem o ciclo cardíaco.
O átrio direito constitui a porção superior direita do Coração. É a cavidade de paredes finas que recebe sangue rico em dióxido de carbono das veias cavas superior (recolhe sangue da cabeça e das partes superior do corpo) e inferior (recebe sangue das partes mais inferiores do corpo) e o seio coronário, que drena o sangue do próprio coração. O sangue flui do átrio para o ventrículo direito. A aurícula Direita , semelhante a uma orelha, é uma bolsa muscular cônica que se projeta do átrio direito como uma câmara adicional, aumentando a capacidade do átrio enquanto se superpõe à aorta ascendente.

O Átrio Esquerdo Constitui a porção superior esquerda e forma a maior parte da base do coração.É uma a cavidade também de camada fina e recebe sangue oxigenado dos pulmões através de quatro veias pulmonares. A aurícula direita , forma a parte superior da margem esquerda do coração e cava a raiz do tronco pulmonar. Tem uma parede ligeiramente mais espessa que o átrio direito.
O Ventrículo direito recebe sangue do átrio direito e o bombeia até os pulmões , através da artéria tronco pulmonar. A artéria tronco pulmonar divide-se em artérias pulmonares direita e esquerda. Forma a maior parte da face esternocostal do coração, uma pequena parte da face diafragmática e quase toda a margem inferior.
O ventrículo esquerdo forma o ápice do coração, quase toda sua face esquerda e margem esquerda , e a maior parte da face diafragmática. Recebe sangue do átrio esquerdo e bombeia o sangue oxigenado para todo o corpo (circulação sistêmica). O sangue deixa o ventrículo esquerdo através da artéria aorta (maior artéria do corpo). As paredes são três vezes mais espessa que o ventrículo direito e sua cavidade é mais longa e mais cônica.
Camadas do coração
A parede de cada câmara cardíaca é formada por três camadas:
_ Epicárdio (externa): Formada por lâmina visceral do pericárdio seroso.
_ Miocárdio (média): músculo cardíaco. Consiste de feixes entrelaçados de fibras musculares cardíacas. A espessura do miocárdio varia de acordo com a pressão regada para movimentar o sangue para o seu destino. Desta forma o miocárdio do ventrículo esquerdo é mais espesso do que o direito.
_ Endocárdio (interna).Uma fina camada interna ou membrana de revestimento do coração que também cobre suas valvas
Quando os ventrículos contraem , eles produzem um movimento de torção devido à orientação helicoidal das fibras musculares cardíacas.




VALVAS CARDÍACAS :
No coração existem estruturas denominadas de valvas que tem como objetivo orientar em sentido único o sangue que flui do coração. São em número de quatro e encontram-se na entrada e saída dos ventrículos.
Duas valvas são chamadas de atrioventriculares, ou valvas AV. Localizam-se entre os átrios e ventrículos.As outras duas são classificadas como valva do tronco pulmonar e valva aórtica, ambas formadas por válvulas seminulares, assim chamadas pelo aspecto de meia lua.São composta por cúspides ( folhetos) presas através de delgadas cordas tendíneas aos músculos papilares que se projetam para a cavidade cardíaca..
Valvas Atrioventriculares
Estão formadas pelas válvulas (cúspides). Quando os ventrículos estão relaxados, as cúspides pendem frouxamente para dentro dos ventrículos; nessa posição as valvas estão abertas e permitem o fluxo do sangue dos átrios para os ventrículos. As cúspides estão ligadas à parede ventricular por feixes fibrosos de tecidos chamados cordas tendíneas.que quando esticadas seguram as cúspides, impedindo que estas entrem para os átrios. Como o coração personifica uma bomba que dirige o sangue através dos seus vasos, as valvas atrioventriculares são valvas de fluxo interno.
São elas:
- Tricúspide: Entre o átrio direito e o ventrículo direito, que quando aberta permite a passagem de sangue do átrio para o ventrículo e, quando fechada, impede o refluxo sangüíneo do ventrículo para o átrio;
- Bicúspide ou mitral: Entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo ,com função semelhante a da tricúspide;


Valvas Arteriais (válvulas seminulares)
A valva do tronco pulmonar, também chamada de semilunar direta, está localizada entre o ventrículo direito e a artéria do tronco pulmonar. Permite a passagem do sangue venoso do ventrículo direito para a artéria pulmonar;
A valva Aórtica ou semilunar esquerda está localizada entre o ventrículo esquerdo e a artéria aorta. Permite a saída de sangue arterial do ventrículo esquerdo para a artéria aorta. Quando o ventrículo esquerdo relaxa, a valva está em posição fechada. Quando o ventrículo esquerdo contrai, o sangue flui através da valva aberta para a artéria aorta. Quando o ventrículo esquerdo relaxa, a valava da aorta se fecha e impede qualquer refluxo do sangue da artéria para o ventrículo. As valvas semilunares são valvas de fluxo externo, pois abem-se para dentro das artérias , fora do coração.

SONS CARDÍACOS
Também chamados de bulhas cardíacas, são produzidos por vibrações provocadas pelo fechamento das valvas. A primeira bulha deve-se ao fechamento das valvas AV no começo da contração ventricular. A segunda ocorre em razão do fechamento das valvas arteriais no começo do relaxamento ventricular.. sons cardíacos anormais são chamados de sopro.

SUPRIMENTO SANGUÍNEO
O suprimento sanguíneo é fornecido pelas artérias coronárias (direita e esquerda) que emergem da parte ascendente da aorta.
O sangue é drenado do coração principalmente para o átrio direito por meio do seio coronário, o qual coleta sangue das veias do coração.


COMPLEXO ESTIMULANTE DO CORAÇÃO
Coordena o ciclo cardíaco. Consiste em células musculares cardíacas e fibras condutoras, altamente especializadas para iniciar o impulso (sinal elétrico) e conduzi-lo rapidamente através do coração. Está localizado dentro das paredes do coração e no septo, que separa os corações direito e esquerdo.
O ciclo cardíaco representa a seqüência completa da contração e relaxamento dos átrios e ventrículos. Exibe um ciclo rítmico definido de contração (sístole) e relaxamento (diástole).
O ciclo está geralmente dividido em oito fases:
a. Contração isovolumétrica: há um aumento na tensão ventricular mas não ocorre ejeção de sangue, visto que as válvulas semilunares estão fechadas
b. Ejeção ventricular máxima: nesta fase, as válvulas semilunares se abrem e o sangue é ejetado durante a contração ventricular
c. Ejeção ventricular reduzida: Saída de sangue do ventrículo para gradualmente
d. Protodiástole: Intervalo pouco antes do fechamento da valva aórtica, quando cessou a ejeção de sangue do ventrículo
e. Relaxamento isovolumétrico: Intervalo entre o fechamento da valva aórtica e abertura da valva AV.
f. Enchimento rá¬pido: A Abertura da valva AV é seguida pelo fluxo rápido de sangue para o ventrículo, seu enchimento ocorrendo principalmente neste intervalo
g. Enchimento reduzido: o enchimento do ventrículo cai
h. Contração atrial.: Enchimento completo do ventrículo; contração atrial seguida imediatamente pela contração ventricular, iniciando outro ciclo.


Os potenciais de ação são iniciados no nó sinuatrial(SA), o qual serve como marcapasso do coração.Os impulsos são conduzidos ao nó atrioventricular (AV) e, então ao fascículo atriventricular (AV) (de His). Então o potencial de ação propaga-serapidamente pelos ventrículos através dos ramos direito e esquerdo e dos ramos subendocardianos (fibras de Purkinje).
As células do músculo cardíaco são ligadas eletricamente umas as outras, quando um potencial de ação inicia-se em uma única célula muscular cardíaca, ele é propagado ao longo da célula e inicia o potencial de ação na célula vizinha. O potencial de ação do músculo cardíaco espalha-se célula a célula através do tecido cardíaco, as células cardíacas vizinhas se contraem em sincronia, como uma unidade; e então todas relaxam. Então o tecido muscular cardíaco comporta-se como uma única célula. Por isso o músculo cardíaco é tido como um sincício funcional (comporta-se como uma única célula). O músculo esquelético não é capaz de provocar este comportamento.


1. Início da diástole, abertura das válvulas tricúspide e mitral e enchimento ventricular
2. Fechamento das válvulas de entrada, final da diástole
3. Contração ventricular, abertura das válvulas pulmonar e aórtica - sístole ventricular
4. Final da sístole ventricular, fechamento das válvulas pulmonar e aórtica
5. Reinício da diástole atrial e ventricular.

ROTEIRO PARA A PRÁTICA

1. IDENTIFIQUE AS ESTRURURAS QUE FORMAM O SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO


o INTERNO
a. Testículo
b. Epidídimo
c. Corpo cavernoso
d. Corpo esponjoso
e. Ducto deferente
f. Ducto ejaculatório
g. Vesícula seminal
h. Glândula Bulbo-uretrais
i. Uretra

o EXTERNAMENTE
a. Pênis
I. Prepúcio
II. Glande
III. Coroa
IV. Frênulo
V. Colo
VI. Corpo
VII. Raiz
VIII. Rafe
IX. Meato urinário
b. Escroto


2. IDENTIFIQUE AS ESTRURURAS QUE FORMAM O SISTEMA REPRODUTOR FEMININO


ÒRGÃOS EXTERNOS

I. Monte do púbis
II. Lábios maiores
III. Lábios menores
IV. Clitóris
V. Vestíbulo


MAMA



ÒRGÃOS INTERNOS:
I. Vagina
II. Útero:
1. CORPO
2. colo
3. ligamentos
4.
III. Ovários
IV. Tubas uterinas

SISTEMA REPRODUTOR

O sistema reprodutor é um termo aplicado a um grupo de órgãos necessários ou acessórios aos processos de reprodução com o objetivo de perpetuar a espécie. A reprodução no ser humano é sexuada , realizada por células especiais, os gametas, de cuja união se formará o zigoto, ponto de partida para a formação do novo ser vivo.

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

O sistema reprodutor masculino é formado por:
• Testículos ou gônadas: produtores de gametas
• Vias espermáticas ou condutoras de gametas: Vias percorridas pelos gametas masculinos (espermatozóides) desde o local onde são produzidos até sua eliminação nas vias genitais femininas: Túbulos e ductos testiculares, epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório e uretra.
• Pênis: órgão de cópula
• Glândulas anexas: próstata, vesículas seminais, glândulas bulbo-uretrais
• Órgãos genitais externos: pênis e escroto



ÓRGÃOS INTERNOS

1- TESTÍCULO
São órgãos pares, produtores dos espermatozóides, sendo que a partir da puberdade produzem também hormônios, que são responsáveis pelo aparecimento dos caracteres sexuais secundários.
.
Os testículos, ou glândulas genitais masculinas, estão suspensos em uma espécie de bolsa músculo-cutânea, denominada escroto, com dois bolsos, um para cada testículo através do funículo espermático.
Os testículos correspondem aos ovários na mulher. Localiza-se na cavidade abdominal no início da vida fetal. Cerca de dois meses antes do nascimento, os testículos deixam o abdome e descem para o escroto.
Tem a forma quase oval e uma consistência duro-elástica (natureza conjuntiva).. O seu comprimento total é de cerca de 45 milímetros, a largura de 35, a espessura de 25 milímetros. O peso total de um testículo é de 14 a 16 gramas. Apresenta duas faces, duas bordas e duas extremidades.
As faces são lateral e medial, as bordas anterior e posterior e as extremidades superior e inferior.
Na borda posterior encontraremos uma formação cilíndrica, mais dilatada, o epidídimo. A metade superior da borda posterior do testículo representa propriamente o hilo do mesmo recebendo a denominação especial de mediastino do testículo.
Cada testículo é revestido por uma membrana fibrosa, a túnica albugínea, da qual partem septos que dividem incompletamente o testículo em lóbulos cuneiformes (lóbulos do testículo) este tecido é caracterizado como espaço piramidal no qual se encontra o tecido específico do testículo e compreendem aproximadamente 250 lóbulos.
Cada lóbulo contém de um a três estreitos túbulos enovelados conhecidos como túbulos seminíferos. No interior dos testículos se produz os espermatozóides, mediante um processo especial denominado espermatogênese. Os espermatozóides em maturação encontram-se no centro do túbulo; e as prematuras espermatogônias e espermatócitos primários, na periferia do túbulo, mais perto do epitélio germinativo.
Os túbulos seminíferos unem-se para formar uma série de túbulos retos e mais largos, que, por sua vez, formam uma verdadeira rede ao nível do mediatino. Cerca de 20 pequenos ductos enovelados, os ductos eferentes, deixam a extremidade superior da rede do testículo, perfurando a túnica albugínea e abrindo-se no epidídimo.rede conhecida como rede do testículo
No mediastino os túbulos seminíferos retos desembocam em 10 a 15 ductos eferentes, que do testículo para a cabeça do epidídimo.

Os espermatozóides penetram depois no canal deferente, conduto que liga o testículo às vesículas seminais. Os dois canais deferentes são longos de 40 a 50 centímetros. Sobem ao longo do bordo interno do testículo e chegam ao orifício do canal inguinal no qual penetram; alcançam a bacia e terminam nas vesículas seminais.

2- EPIDÍDIMO
É a primeira porção do sistema de ductos do testículo. É um tubo enovelado que se localiza na porção posterior do testículo e se estende da extremidade posterior até quase 4 cm a partir de um aparte terminal superior aumentada (a cabeça) para baixo (corpo) até a cauda.
Na cabeça do epidídimo, os ductos eferentes do testículo continuam por ductos novamente muitos tortuosos que em seguida vão se anastomosando sucessivamente para constituir um único tubo que é o ducto do epidídimo.
Na cauda o ducto do epidídimo, encurva-se para trás e para cima, dando seguimento ao ducto deferente. É justamente nesta região que ficam armazenados os espermatozóides até o momento do ato sexual.
O testículo e o epidídimo são envolvidos por uma camada serosa que é a túnica vaginal.

3- DUCTO DEFERENTE
É um longo e fino tubo par, de paredes espessas, o que permite identifica-lo facilmente pela palpação, por se apresentar como um cordão uniforme, liso e duro.
É a continuação da cauda do epidídimo e conduz os espermatozóides até o ducto ejaculatório. Como o testículo está localizado externamente à parede da pelve e o ducto ejaculatório dentro da cavidade pélvica, torna-se necessário a existência de um túnel através da parede do abdome para permitir a passagem do ducto deferente. Este túnel é chamado de canal inguinal.
Pelo canal inguinal também passam as veias (plexo venoso anterior, veias testiculares), artérias (testicular, a. do ducto deferente, funicular) vasos linfáticos e nervos ( ramo genital do nervo genito-femoral) relacionados com os testículos. O conjunto destas estruturas da-se o nome de funículo espermático. Nesta área ocorrem com freqüência a as hérnias inguinais. O ducto deferente tem cerca de 30 centímetros de comprimento
Estruturalmente, o ducto deferente é constituído de 3 túnicas: adventícia, muscular e mucosa.

4- VESÍCULA SEMINAL
É um órgão par que se situa lateralmente à ampola do ducto deferente, posteriormente à bexiga (especificamente no trígono da bexiga). Tem como função a secreção de um líquido espesso , contendo nutrientes que contribui na constituição do líquido seminal.
O comprimento da vesícula seminal gira em torno de 5 cm.
A extremidade proximal da vesícula seminal é representada por um tubo que se afina gradativamente sendo chamado de ducto excretor que se liga ao ducto deferente para formar o ducto ejaculatório.
A secreção da vesícula seminal está sob o controle de hormônios andrôgenicos e constitui uma grande parte do líquido seminal.

5- DUCTO EJACULATÓRIO
É um tubo par, estreito com cerca de 2,5 cm de comprimento e penetra na face posterior da próstata, atravessando seu parênquima para ir se abrir na porção prostática da uretra (colículo seminal) , ao lado do forame do utrículo prostático. É formado pela junção do ducto deferente com o ducto da vesícula seminal
Estruturalmente tem a mesma constituição do ducto deferente, com três túnicas.
A vesícula seminal, o ducto ejaculatório e ducto deferente são irrigados pela a. do ducto deferente.

6- PRÓSTATA
Órgão fibromuscular , cuja secreção é acrescentada ao líquido seminal, conferindo ao mesmo o odor característico do sêmen.
Poderia grosseiramente ser comparada a um acastanha portuguesa, ou seja, um cone curto de ápice arredondado, e ligeiramente achatado no sentido antero-posterior.a superiormente está aplicada ao colo da bexiga.
Estruturalmente é envolta por uma cápsula constituída por tecido conjuntivo e fibras musculares lisas. Encontramos ainda músculo estriado que parecem derivar do esfíncter da uretra.
Superficialmente à cápsula da próstata, encontramos uma lâmina de tecido conjuntivo que a envolve totalmente, denominada fáscia ou bainha da próstata .
No homem idoso, um aumento progressivo do tamanho da próstata frequentemente obstrui a uretra e interfere na passagem da urina. A próstata também é um local freqüente de aparecimento de câncer no homem.
Em virtude de estar situada anteriormente ao reto, in vivo, é palpável elo toque retal.
Irrigação: v.v do plexo vesículo-protático que drena para a veia ilíaca interna.
Inervação simpática.

7- GLÂNDULAS BUBO-URETRAIS (De Cowper)
Duas estruturas arredondadas, do tamanho aproximadamente de um grão de ervilha, localizada inferiormente à próstata de cada lado da uretra. Sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar a passagem dos espermatozóides. Também tem função na lubrificação do pênis durante o ato sexual.

8- URETRA
Órgão tubular responsável pelo transporte tanto do sêmen quanto da urina. Estende-se dos óstios interno ao externo da uretra, na extremidade distal do pênis.

ÓRGÃOS EXTERNOS

1. ESCROTO
É uma bolsa músculo-cutânea onde estão contidos os testículos, epidídimos e a primeira porção dos ductos deferentes. Localiza-se posteriormente ao pênis, sustentada pelo púbis. O escroto é subdividido em duas lojas pelo septo do escroto.
O escroto é constituído por 7 camadas :
 Cútis – pele fina enrugada
 Túnica dartos- músculo cutâneo formado por fibras musculares lisas;
 Tela subcutânea;
 Fáscia espermática externa;
 Fáscia crematérica
 Fáscia espermática interna
 Túnica vaginal

2. PÊNIS
É o órgão masculino da cópula, é representado por uma formação cilindróide que se prende à região mais anterior do períneo sendo formado por dois tipos de tecidos cilíndricos e cuja extremidade livre é arredondada: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e protege a uretra). Sua ereção e aumento são devidos ao ingurgitamento com sangue. Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos visualizar a abertura da uretra.
O pênis é dividido em raiz e Corpo.
A raiz, parte fixada, é formada por ramos, pelo bulbo e pelos músculos isquiocavernoso e bulbo esponjoso.. a raiz está localizada no espaço superficial do períneo, entre a membrana do períneo superficialmente e a fáscia do períneo inferiormente. Os ramos e bulbo do pênis contêm massa erétil. Cada ramos está fixado à parte inferior da face interna do ramo isquiástico correspondente. A parte posterior aumentada do bulbo do pênis é perfurada pela uretra, constituindo a partir de sua parte membranosa.
O corpo do pênis é a parte livre. A rafe do pênis está situada no contorno posterior do pênis e continua com a rafe do escroto.. Com a manipulação da pele que a envolve - o prepúcio - acompanhado de estímulo erótico, ocorre a inundação dos corpos cavernosos e esponjoso, com sangue, tornando-se rijo, com considerável aumento do tamanho (ereção). Os corpos cavernosos (par), constituem o maior volume do corpo do pênis, formando seu dorso e suas laterais. Formam um leito canelado para abrigar o corpo esponjoso Cada corpo cavernoso possui um revestimento fibroso externo ou cápsula, a túnica albugínea.. A terceira coluna longitudinal é chamada de corpo esponjoso ou corpo cavernoso da uretra, encontra-se situada ventralmente, sendo atravessada pela porção esponjosa ou peniana da uretra. Seu envoltório fibroso e trabéculas são mais finos e mais elásticos; os espaços cavernosos são menores do que os espaços cavernosos do pênis. Em sua parte terminal distal o corpo esponjoso se expande subitamente para formar a glande onde é localizada o óstio urinário ou meato uretral. A glande está separada superficialmente do resto do corpo do pênis pelo colo da glande. A borda proeminete da glande adjacente ao colo denomina-se coroa da glande. A pele do pênis é mais fina e, como a pele do escroto, mais pigmentada do que a pele do resto do corpo. Na parte terminal, a pele dobra-se interna e dorsalmente sobre se mesma , projetando-se sobre a glande, formando o prepúcio, ou pele anterior.O frênulo do prepúcio é uma prega mediana que vai da camada profund do prepúcio até a face uretral da glande.


Suprimento sanguíneo:
 a.a. e v.v. dorsais do pênis
 a.a.e v.v. profundas do pênis
 a.a. do bulbo do pênis
 ramos das a.a. pudendas externas
Inervação:
Sensitiva e simpática: nervo dorsal do pênis, nervo pudendo, nervo ilioinguinal


SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

Os órgãos genitais femininos são incumbidos da produção de óvulos, e depois da fecundação destes pelos espermatozóides, oferecem condições para o desenvolvimento embrionário até o nascimento do novo ser.
Todos os órgãos genitais femininos são localizados na cavidade pélvica.
O sistema reprodutor feminino inclui órgãos genitais externos e internos.

ÒRGÃOS EXTERNOS

I. Monte do púbis
II. Lábios maiores
III. Lábios menores
IV. Clitóris
V. Vestíbulo
o Glândulas vestibulares maiores
o Glândulas vestibulares menores
o Bulbos do vestíbulo


ÒRGÃOS INTERNOS:
I. Vagina
II. Útero
III. Ovários

ÒRGÃOS EXTERNOS: Vulva ou Pudendo

1- MONTE DO PÚBIS
Eminência adiposa arredondada, anterior a sínfise púbica, tubérculos púbicos e ramo superior do púbis. A superfície do monte é contínua com a parede anterior do abdome. Após a puberdade o monte é coberto por pelos pubianos crespos.

2- LÁBIOS MAIORES
São duas pregas arredondadas de tecido adiposo recoberto por pele; estende-se do monte púbico para baixo e para trás, envolvendo o vestíbulo. Situam-se nas laterais de uma depressão central, a rima do pudendo. Proporcionam proteção indireta para o óstio uretral e da vaginal. As superfícies externas dessas dobras são recobertas com pêlos, enquanto que as superfícies internas, que possuem folículos sebáceos, são lisas e umedecidas. Os lábios maiores são anteriormente unidos por uma dobra de pele chamada comissura anterior. Posteriormente, em mulheres nulíparas fundem-se para formar uma crista , a comissura posterior, que está situada sobre o corpo do períneo e é o limite posterior da vulva. Essa comissura geralmente pesaparece após o primeiro parto.


3- LÁBIOS MENORES
São duas pregas da pele sem pelo e sem gordura localizada medialmente aos lábios maiores e circundam diretamente o vestíbulo, prara qual se abrem os óstios externos da uretra e vagina.. Anteriormente os lábios menores dividem-se em duas camadas. As pregas superiores unem-se logo à frente do clitóris para formar o prepúcio do clitóris enquanto que as pregas inferiores são conectadas inferiormente à glande do clitóris para formar o frênulo. Posteriormente, os lábios menores tornam-se menos distintos, porém as extremidades parecem unir-se por uma prega transversal da pele chamada frênulo dos lábios menores. A superfície interna possui a cor rosa, típica da mucosa e contém muitas glândulas sebáceas e terminações sensitivas.




4- CLITÓRIS
É uma projeção com a forma de ervilha, de tecido erétil, com nervos e vasos sanguíneos, que ocupa a porção apical do vestíbulo anterior à vagina, ponto de encontro dos lábios menores. Consiste em raiz e corpo, formados por dois ramos, dois corpos cavernosos e a glande do clitóris, que é recoberta por um prepúcio.Juntos a glande e o corpo tem aproximadamente 1 cm de diâmetro. Funciona apenas como órgão de excitação sexual. O clitóris é altamente sensível e aumenta à estimulação tátil. A glande é densamente suprida de terminações sensitivas.


5- VESTÍBULO
Fenda entre os lábios menores. Nele encontram-se: o hímem, óstio vaginal, o óstio externo da uretra e as aberturas das glândulas vestibulares maiores. Entre o óstio da vagina e o frênulo do lábio menor existe uma depressão rasa chamada fossa vestibular. Múltiplas pequenas glândulas uretrais circundam o orifício e são homólogas à próstata no homem. Estas glândulas abrem-se através de um par de ductos para o interior do vestíbulo, lateralmente ao óstio da uretra.
De cada lado do óstio da vagina estão duas glândulas vestibulares maiores ( G. de Bartholin) com aproximadamente 0,5cm de diâmetro Estas abrem-se no vestíbulo através de um ducto lateralmente entre o hímem e o lábio menor. Secretam muco durante para o vestíbulo durante a excitação sexual. As glândulas vestibulares menores são pequenas glândulas de cada lado do vestíbulo que se abrem nele entre os óstios da uretra e da vagina. Secretam muco para o vestíbulo, o que umedece os lábios e o vestíbulo.
O tamanho e aparência do óstio da vagina vaciam coma condição do hímem, uma prega anular fina de mucosa, que circunda a luz, imediatamente dentro do óstio vaginal. Após a sua ruptura, apenas remanescente do hímem, as carúnculas himeais, são visíveis. O hímem não tem função fisiológica estabelecida.


Bulbos do Vestíbulo
São massa pares de tecido erétil alongado, com aproximadamente 3 cm de comprimento. Situam-se ao longo das laterais do óstio vaginal, superior e profundamente aos lábios menores, imediatamente abaixo da membrana do períneo.
São coberto inferiormente e lateralmente pelos músculos bulboesponjosos que se estendem ao longo do seu comprimento. Os bulbos são homólogos ao bulbo do corpo esponjoso do pênis.


ÒRGÃOS INTERNOS
1. VAGINA
É um tubo musculomembranáceo com aproximadamente 7-9 cm de comprimento, estende-se do colo do útero até o vestíbulo., posteriormente à uretra e à bexiga, anterior ao reto. A extremidade superior da vagina circunda o colo do útero.
É o órgão copulador da mulher.
Apresenta duas paredes, uma anterior e outra posterior, as quais permanecem colabadas na maior parede de sua extensão, representando uma cavidade virtual. A parede da vagina consiste em um revestimento membranoso interno e uma camada muscular capaz de contração e enorme dilatação, separada por uma camada de tecido erétil. A membrana mucosa, consistindo de epitélio pavimentoso estratificado, forma espessas pregas transversas que se mantêm umedecidas por secreções cervicais.
O fórnice da vagina (fundo de saco) é representado por um recesso que circunda a parte mais alta da porção vaginal da cérvix.
Quatro músculos comprimem a vagina e atuam como esfíncteres: Pubovaginal, esfíncter externo da uretra, esfíncter uretrovaginal e bulboesponjoso.
A vagina tem como função:
a. Serve como canal para o líquido menstrual;
b. Forma a parte inferior do canal pélvico (do Parto)
c. Recebe o pênis e o ejaculado durante a relação sexual;
d. Comunica-se superiormente com o canal cervical ( um canal fusiforme que se estende do istmo do útero até o óstio externo do útero) e inferiormente com o vestíbulo.
Suprimento Arterial e Venoso
o Derivadas das a.a. uterinas, vaginal e pudenda interna.
o Plexo venoso útero vaginal

2- ÚTERO
É um órgão muscular oco,ímpar, piriforme (forma de pêra invertida), de parede espessa, suspenso na parte anterior da cavidade pélvica acima da bexiga e em frente ao reto. No seu estado normal mede aproximadamente 7,5 cm de comprimento e 5 cm de largura, 2 cm de espessura e pesa aproximadamente 90 g.. As tubas uterinas penetram na sua extremidade inferior do útero projeta-se na vagina. Essa porção é chamada de cérvix,. O fundo é a porção arredondada superior do órgão, localizada entre as duas tubas uterinas.
O útero pode ser dividido em duas partes:
o Corpo do útero: forma dois terços superiores do órgão, inclui fundo de útero, a parte arredondada situada acima dos óstios uterinos das tubas. O corpo é livremente móvel. Possui duas faces: anterior e posterior. O corpo é separado do colo pelo istmo do útero, um seguimento relativamente estreitado, com cerca de 1 cm de comprimento.
o Colo do útero: é o terço inferior cilíndrico e relativamente estreito do útero, com cerca de 2,5 cm de comprimento em uma mulher adulta não grávida. É dividido em duas porções: porção supravaginal e vaginal. No centro da extremidade inferior da porção vaginal ca cérvix do útero, há um orifício denominado óstio do útero.

A parede do corpo do útero é formada por três camadas ou lâminas:
o Perimétrio: serosa. Peritônio sustentado por uma fina lâmina de tecido conjuntivo;
o Miométrio: camada média de músculo liso é muito distendida (mais externa, porém muito fina) durante a gravidez. Nesta camada estão localizados os principais nervos e vasos sanguíneos. Durante o parto , a contração do miométrio é estimulada hormonalmente a intervalos cada vez menores para dilatar o óstio do colo e expelir o feto e a placenta. Durante a menstruação a contração do miométrio causa cólica.
o Endométrio: camada mais interna, firmemente aderida ao miométrio. Está ativamente envolvido ao ciclo menstrual, modificando a sua estrutura em cada fase do ciclo. Se ocorrer fecundação, o bastocisto é implantado nesta camada; se não houver concepção ocorre a descamação e eliminação da camada através da menstruação.


Ligamentos de Útero
a. Ligamento útero-ovárico: externamente, fixa-se ao útero póstero-inferior `junção uterotubárica.
b. Ligamento redondo: fixa-se antero - inferiormente a essa junção;
c. Ligamento largo do útero: Dupla lâmina de peritônio que se estendem das laterais do útero até as paredes laterais e o assoalho da pelve. Este ligamento ajuda a manter o útero na posição.
d. Ligamento suspensor do ovário
e. Ligamento útero sacral: estende-se da região inferior da face intestinal do útero ao sacro.
f. Ligamento transverso do colo do colo (cardinais) estende-se do colo e das partes laterais do fórnice da vagina até as paredes laterais da pelve;
g. Ligamentos retouterinos (uterossacrais) seguem das laterais do colo até o meio do sacro.

Suprimento de artérias e veias
A.a. e v.v. uterinas

3- OVÁRIOS

São as gônadas femininas com formato e tamanho semelhantes aos de uma amêndoa, nos quais se desenvolvem os óvulos. Produzem estrógeno e progesterona, hormônios sexuais femininos que serão vistos mais adiante.
Está situado por trás do ligamento largo do útero e logo abaixo da tuba uterina.
A borda anterior prende-se a uma expansão do ligamento largo do útero que recebe o nome de mesovário, e por isso é chamada de borda mesovárica, enquanto a borda posterior é livre.
A borda mesovárica possui o hilo do ovário. A extremidade inferior é chamada extremidade tubal e a superior extremidade uterina.
O ovário está preso ao útero e à parede da cavidade pélvica por meio dos ligamentos suspensor do ovário e próprio do ovário.
O ovário possui uma superfície lisa até a puberdade quando começa a produzir óvulos que ao serem expulsos deixam cicatrizes, conferindo posteriormente um aspecto rugoso.
Estruturalmente, é dividido em córtex e medula.
No córtex encontramos pequenas formações vesiculosas denominadas folículos ováricos, que vão dar origem aos óvulos.

Irrigação:
o aa. e vv ováricas

4- TUBAS UTERINAS
Tubo par irregular quanto ao calibre, apresentando aproximadamente 10 cm de comprimento, que se implanta de cada lado, no respectivo ângulo látero-superior do útero, e se projeta lateralmente, representando os ramos horizontais do T.
Divide-se em 4 regiões:
o Parte uterina: corresponde à parte que atravessa a parede do útero e se abre através do óstio uterino;
o Istmo: entra no corno uterino;

o Ampola; parte mais larga e mais longa da tuba (a fertilização do ovócito geralmente ocorre na ampola)
o Infundíbulo: extremidade distal afunilada da tuba que se abre na cavidade peritonial através do óstio abdominal. É circundado por projeções digitiformes ou fímbrias.

ÓRGÃO ANEXO AO SISTEMA REPRODUTOR

MAMAS

Homens e mulheres posuem mamas, porém são bem desenvolvidas na mulher. As glândulas mamárias nas mamas são acessórios para a reprodução em mulheres, mas nos homens são rudimentares e não tem função.
As mamas são as estruturas superficiais mais proeminentes na parede anterior do tórax, principalmente em mulheres, localiza anteriormente aos músculos peitorais e estende-se como estrutura convexa da borda lateral do esterno à borda anterior da axila. A quantidade de gordura que determina o tamanho das mamas nas não lactantes. Na parte mais proeminente da mama está a papila mamária, circundada por área cutânea pigmentada circular, a aréola.
As mamas nas mulheres grávidas secretam leite disponível para a nutrição do recém nascido.


GLÂNDULA MAMÁRIA
As glândulas mamárias são verdadeiras glândulas sudoríparas modificadas que se especializaram para secretar leite . A diferenciação estrutural e funcional delas está sob controle dos hormônios da hipófise e
Ovarianos
O corpo glandular é urna estrutura formada por ductos lactíferos que, irradiando-se a partir da base do mamilo, dilatam-se formando os seios lactíferos abai¬xo da aréola. Daí estendem-se radialmente em direção à parede torácica, ramificando-se em ductos menores até terminarem em formações pequenas e sa¬culares - os alvéolos ou ácinos (em números de 10 a 100) -, que formam os lóbulos mamários. O número de ductos e o tamanho das estruturas acinares variam nos diferentes períodos da vida. Os lóbulos se reúnem para formar 15 a 20 .lobos mamários que são separados entre si por projeções do tecido fibroso que envolve a mama, por depósitos de gordura e por onde passam os vasos sangüíneos,vasos linfáticos e nervos.
Cada lobo mamário corresponde a um ducto lactífero e suas ramificações intra e extralobulares. Os lobos variam consideravelmente de tamanho e são mais numerosos na parte superior do seio.

Os alvéolos, responsáveis pela produção do leite, são constituídos de uma membrana basal e uma ou duas camadas de células cilíndricas secretoras. Entre a membrana basal e as células secretoras existe uma camada de células achatadas,as células mioepiteliais, com função contrátil, que, ao se contraírem, expulsam o leite para dentro e ao longo dos ductos menores, destes aos ductos principais,indo armazenar-se nos seios nos seios lactíferos e exteriorizar-se através dos orifícios do mamilo
Em geral os hormônios estrogênios são responsáveis pela deposição de gordu¬ra, desenvolvimento do estroma e estimulam o crescimento dos duetos. Os progestogênios também promovem o crescimento dos ductos e estimulam a formação dos alvéolos. Na gravidez, a formação dos verdadeiros alvéolos secretores é controlada pela ação sinérgica dos estrogênios, progesteronas (produzidos princi¬palmente pela placenta), prolactina (produzida pela adenoipófise) e hormônio do crescimento.
A glândula mamária é envolvida por uma camada de tecido celuloadiposo que se projeta no seu interior. O tecido celuloadiposo ou subcutâneo separa a glândula da pele, exceto na região abaixo do mamilo e aréola. Os depósitos de gordura conferem ao seio um contorno superficialliso.
Abraçando a mama de modo a envolvê-Ia quase totalmente temos a fáscia superficial, que anteriormente a separa do tecido subcutâneo. A fáscia superfi¬cial se divide em dois folhetos, anterior e posterior. O folheto anterior da fáscia superficial emite projeções em direção ao parênquima mamário que se fusionam com as expansões fibrosas que partem do corpo glandular, formando os ligamen¬tos suspensores da mama, ligamentos de Cooper, que vão terminar na derme e delimitam espaços no tecido adipos.
O folheto posterior da fáscia superficial separa o corpo mamário do músculo grande peitoral; delimitando o espaço retromamário preenchido por tecido con¬juntivo frouxo. Entre a fáscia e o corpo glandular está a gordura retromamária. A bolsa retromamária contribui para a mobilidade das mamas sobre a parede torácica.

sábado, 13 de setembro de 2008

ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA
Sistema Ósseo – Parte 1

1. Identifique os ossos do crânio:
a. Frontal:
I. Arcos superciliares
II. Glabela
b. Occipital
I. Forame magno
II. Protuberância occipital externa
III. Sutura bregmática
IV. Bregma (fontanela anterior)
V. Sutura lambdóide
VI. Lambda (fontanela posterior)

c. Temporal
a. Poro ou meato acústico externo
d. Etmóide
e. Esfenóide
a. Asa maior
b. Sela túcica

2. Identifique os ossos face:
 Nasal
 Maxila
a. Corpo.
b. Processo zigomático
c. Processo palatino:
d. Processo alveolar:

 Zigomático


 Mandíbula
e. Ramos:
f. cabeça
g. Processo coronóide
h. Forame mental
i. Forame mandibular

 Lacrimal
 Palatino
 Vômer
 Conchas nasais inferior

OSSOS DO TÓRAX E COLUNA VERTEBRAL:
Vértebras
• Processo Transverso
• Processo espinhoso
• Lâmina
• Processos articulares
• Forame vertebral
• Corpo

Características Regionais:
• Cervical: Forame em processo transverso
• Torácica: face articular em processo transverso para articulação das costelas
• Lombar: corpo avantajado
• Sacra e coccigéa: vértebras fundidas

Características individuais:
• Axis
• Atlas
• C7
• L5

Costelas
• Típicas
• Atípicas
• Verdadeiras
• Falsas
• Flutuantes
• Dividida em: cabeça, colo, corpo

Esterno:
• Manúbrio
• Corpo
• Processo xinfóide

ROTEIRO DAS ESTRUTURAS ÓSSEAS MMSS E MMII




Clavícula
1- Extremo esternal (superfície articular)
2- Linha trapezóide
3- Extremo acromial

Ossos do Carpo

Ossos da mão
1- Metacarpo: epífises e diáfises
2- Falanges

Escápula
1. Processo coracóide
2. Incisura suprascapular
3. Fossa supraspinhosa
4. Espinha
5. Fossa infraspinhosa
6. Cavidade glenóide
7. Acrômio

Rádio
1- Cabeça
2- Colo
3- Tuberosidade radial
4- Processo estilóide do rádio
5- Corpo do rádio
Ulna
1- Olecrânio
2- Processo coronóide
3- Cabeça
4- Processo estilóide da ulna
5- Corpo da ulna

Úmero
1- Capítulo
2- Tróclea
3- Epicôndilo lateral
4- Epicôndilo medial
5- Colo cirúrgico
6- Sulco intertubercular
7- Cabeça

Osso do quadril
1- Crista ilíaca
2- Espinha ilíaca anterior
3- Espinha ilíaca posterior
4- Face articular
5- FOssa do acetábulo
6- Asa do ílio
7- Corpo do ílio
8- Corpo do ísquio
9- Forame obturado
10- Pubis

Fêmur
1- Fóvea
2- Cabeça
3- Colo
4- Trocânter maior
5- Trocânter menor
6- Linha áspera
7- Epicôndilo lateral e medial
8- Côndilo lateral e medial
9- Face patelar

Tíbia
1- Tubérculos intercondilares
2- Côndilo lateral e medial
3- Tuberosidade da tíbia
4- Corpo da tíbia
5- Margem anterior
6- Maléolo medial

Fíbula
1- Cabeça
2- Ápice da cabeça
3- Maléolo lateral

Ossos do Tarso e do pé
1- Calcâneo
2- Talus
3- Metatarso epífises e diáfise
4- falanges

Principais músculos

PRINCIPAIS MÚSCULOS DA CABEÇA

Os músculos da cabeça estão agrupados em duas categorias: os músculos da face e os músculos da mas¬tigação

Músculos da Face
Muitos dos músculos da face estão inseridos dire¬tamente na pele ou em outros músculos da região. Quando esses músculos se contraem, eles retraem a pele. Esse tipo de atividade muscular é responsável por nossas expressões faciais, como sorrir e franzir as sobrancelhas. Os músculos da face incluem:
• Frontal: o m. frontal é um músculo plano que co¬bre o osso frontal. Ele se estende da aponeurose epicrânica (gálea aponeurótica) até a pele das so¬brancelhas, sendo que sua ação determina a eleva¬ção das sobrancelhas, promovendo um aspecto de surpresa. Ele também retrai a fronte.
• Orbicular do olho: o m. orbicular do olho é um músculo em forma de esfíncter, que circunda a abertura das pálpebras. Um esfíncter é um múscu¬lo circular que controla o tamanho de uma abertu¬ra. A contração desse músculo fecha o olho e auxi¬lia no ato de piscar, pestanejar e manter os olhos semicerrados.
• Orbicular da boca: o m. orbicular da boca é um músculo em forma de esfíncter que circunda a abertura da boca. A contração deste músculo ajuda a fechar a boca, falar e apertar os lábios. Ele às vezes é referido como o "músculo do beijo".
• Bucinador: o m. bucinador é um músculo que se insere no m. orbicular da boca e comprime (acha¬ta) a bochecha quando contraído. O m. bucinador é usado para assobiar e tocar instrumentos de so¬pro, como o trompete, sendo também conhecido como "músculo do trombeteiro". O m. bucinador também é classificado como um músculo auxiliar da mastigação, porque, quando contraído, ele au¬xilia o posicionamento do alimento entre os den¬tes, para ser mastigado.
• Zigomático: o m. zigomático é o músculo do sor¬riso, que se estende dos cantos da boca até o osso zigomático.

Músculos da Mastigação
Os músculos da mastigação também são chama¬dos de músculos mastigadores. Todos eles estão inse¬ridos na mandíbula e são considerados alguns dos músculos mais fortes do corpo. Os músculos da mastigação incluem:

• Masseter: o m. masseter é um músculo que se es¬tende do arco zigomático até a mandíbula. A con¬tração desse músculo fecha a boca. Ele age sinergi¬camente (isto é, trabalha em conjunto) com o músculo temporal para fechar a boca.
• Temporal: o temporal é um músculo em forma de leque que se estende da porção plana do osso tem¬poral até a mandíbula. Ele age sinergicamente com os outros músculos da mastigação.

PRINCIPAIS MÚSCULOS DO PESCOÇO

Muitos músculos estão envolvidos no movimento da cabeça e dos ombros e participam da movimenta¬ção das estruturas da garganta. Os principais são:

.Esternocleidomastóideo
Como o nome indica, o m. esternocleidomastói¬deo se estende do esterno e da clavícula até o processo mastóide do osso temporal, no crânio. A contração de ambos os músculos de cada lado do pescoço determi¬na a flexão da cabeça. Como a cabeça fica fletida na posição de oração, algumas pessoas se referem a esse músculo como o "músculo da oração". A contração de apenas um dos músculos esternocleidomastóideos causa a rotação da cabeça.
Um espasmo desse músculo pode causar torcico¬lo. Essa condição é caracterizada pela torção do pes¬coço e rotação da cabeça para um dos lados.
Trapézio
O m. trapézio se insere na base do osso occipital na cabeça, e nos processos espinhosos das vértebras da parte superior da coluna vertebral (cervicais e. toráci¬cas). A contração do trapézio esten¬de a cabeça, tracionando-a na direção posterior, de maneira que a face olha para cima. O trapézio funcio¬na de maneira antagônica ao músculo esternocleido¬mastóideo, que flexiona e inclina a cabeça para fren¬te. O trapézio também está fixado no ombro


PRINCIPAIS MÚSCULOS DO TRONCO

Os músculos do tronco estão envolvidos na respi¬ração, nos movimentos da coluna vertebral e na for¬mação das paredes do abdome e da pelve.

Músculos Envolvidos na Respiração

Os músculos do tórax incluem os músculos inter¬costais e o diafragma. Esses músculos são os princi¬pais responsáveis pela respiração. Os mús¬culos intercostais (externos e internos) estão situados entre as costelas, e são responsáveis por elevar e abai¬xar o arcabouço costal durante a respiração O m. diafragma é um músculo em forma de do¬mo (cúpula), que separa a cavidade torácica da cavida¬de abdominal. O diafragma é o principal músculo da inalação, a fase inspiratória da respiração. Sem a contração e o relaxamento dos músculos intercostais e do músculo diafragma, a respiração não poderia ocorrer.

Músculos que Formam a Parede do Abdome
A parede do abdome consiste de quatro músculos arranjados de tal maneira que promovem firmeza considerável. Os músculos estão estendidos em camadas, de forma que as fibras de cada um dos quatro músculos percorrem quatro direções diferentes. Este ar¬ranjo permite aos músculos conter, suportar e proteger os órgãos abdominais. A contração dos músculos abdo¬minais permite a realização de outras funções; assim, ela determina a flexão da coluna vertebral e a compressão sobre os órgãos abdominais durante os atos de urinar e defecar e durante o trabalho de parto.
Os quatro músculos abdominais incluem:
• Reto do abdome: como o nome indica, as fibras do m. reto do abdome correm no sentido crânio-cau¬dal, ou na direção longitudinal. Ele se estende do esterno ao osso púbis (parte do osso do quadril). A contração desse músculo flete a coluna vertebral.
• Oblíquo externo: o músculo oblíquo externo sus¬tenta a parede lateral do abdome. As fibras correm em sentido oblíquo, isto é, elas são inclinadas no sentido súpero-inferior.
• Oblíquo interno: o músculo oblíquo interno constitui uma parte da parede lateral do abdome. Ele reforça o músculo oblíquo externo, com suas fibras percorrendo no sentido inverso, ou seja, ín¬fero-superiormente
• Transverso do abdome: o músculo transverso do abdome forma a camada mais interna dos múscu¬los da parede ântero-lateral do abdome. Suas fibras correm horizontalmente, ao longo do abdome.

Os músculos abdominais estão envolvidos por fáscia, que forma uma grande aponeurose ao longo da linha me¬diana da parede do abdome. As aponeuroses dos múscu¬los abdominais de ambos os lados se conectam na linha mediana do abdome, formando a linha alba (branca). A linha alba se estende do esterno ao osso pube.



Músculos que movimentam a Coluna Vertebral
Existe um grupo de músculos que está fixado às vértebras. Esses músculos atuam nos movimentos da coluna vertebral

Músculos que Formam o Assoalho da Pelve
O asso alho da pelve consiste, principalmente, de duas lâminas musculares planas e de fáscia circunja¬cente. Essas estruturas suportam as vísceras pélvicas e desempenham um papel importante na eliminação do conteúdo da bexiga urinária e do reto

MÚSCULOS DO OMBRO E DO BRAÇO
Diversos músculos movimentam o ombro e o bra¬ço. Os mais importantes são o trapézio, o serrátil an¬terior, o peitoral maior, o latíssimo do dorso, o mús¬culo deltóide e um grupo de músculos pertencentes ao chamado manguito rotador.
• Deltóide: o m. deltóide forma a parte arredondada do ombro. O m. deltóide se estende da clavícula e da escápula em direção ao úmero. A contração do músculo deltóide estende o braço, levantando-o para uma posição horizontal (a posição do espan¬talho). Em razão de seu tamanho, de sua localiza¬ção e do bom suprimento sangüíneo, o m. deltói¬de é um local de eleição para a realização de injeção intramuscular.
• Trapézio: além da sua fixação nas vértebras toráci¬cas descrita anteriormente, o m. trapézio está fi¬xado também na escápula. Quando contraído, ele encolhe os ombros e também move a cabeça. O músculo possui esse nome porque o trapézio direi¬to e o esquerdo configuram um trapezóide.
• Serrátil anterior: o m. serrátil anterior, está locali¬zado nas paredes laterais do tórax, estendendo-se das costelas à escápula. O músculo serrátil apre¬senta um contorno denteado, muito semelhante à borda da lâmina de uma serra. Quando se contrai, os ombros são abaixados e os braços se movem para frente, como quando se empurra um carro. O m. trapézio e o m. serrátil anterior fixam a escápula no esqueleto axial.
• Peitoral maior: o m. peitoral maior é um músculo largo, em forma de leque, que ajuda a formar a pa¬rede anterior do tórax. Ele conecta o úmero (bra¬ço) com a clavícula e com estruturas da parede an¬terior do tórax. A contração desse músculo move o braço em direção à parte anterior do tórax.
• Latíssimo do dorso: o m. latíssimo do dorso é um músculo grande, largo, localizado na linha média e na região inferior do dorso (costas). Ele se dirige dessa região posterior para o úmero. A contração do latíssimo do dorso abaixa os ombros e traciona o braço posteriormente, como ocorre quando na¬damos ou remamos. O m. peitoral maior e o m. la¬tíssimo do dorso fixam o úmero ao esqueleto axial.
• Músculos do manguito rotador: os músculos do manguito rotador constituem um grupo de qua¬tro músculos que fixam o úmero à escápula. Esses músculos formam um revestimento sobre a parte proximal do úmero, atuando na rotação do braço em relação ao ombro. Os nomes
• dos músculos in¬dividuais que formam o manguito rotador são: supra-espinhal, subescapular, infra-espinhal, redondo menor.

MÚSCULOS QUE MOVIMENTAM O ANTEBRAÇO

Os principais músculos envolvidos nos movimen¬tos do antebraço estão localizados ao longo do úmero. São eles: o tríceps braquial, o bíceps braquial, o bra¬quial e o braquiorradial.
O m. tríceps braquial situa-se ao longo da face posterior do úmero. Quando contraído, ele estende antebraço. O m. tríceps braquial é um músculo que su¬porta o peso do corpo quando alguém caminha com muletas. Também é o músculo que suporta a maior força do soco de um boxeador, sendo por isso às vezes chamado de "músculo do boxeador”.
O m. bíceps braquial está localizado ao longo da face anterior do úmero. O bíceps braquial age em sinergia com os músculos braquial e braquiorradial para flexionar o antebraço. Quando alguém é solicita¬do para "mostrar um músculo" o m. bíceps braquial é o que se torna mais visível.

PRINCUIPAIS MÚSCULOS QUE MOVIMENTAM AS MÃO E OS DEDOS

Mais de vinte músculos movem a mão e os dedos. Os músculos são numerosos, porém pequenos, tornando a mão e os dedos capazes de realizar movimentos delicados. Esses músculos estão, geralmente, localizados ao longo do antebraço e consistem de músculos flexores e extensores. Os flexores estão localizados na face anterior enquanto os extensores estão localizados na face poste¬rior do antebraço. Os músculos flexores dos dedos são mais fortes que os músculos extensores, de maneira que numa mão relaxada, os dedos ficam levemente fletidos.

Se uma pessoa está inconsciente por um longo pe¬ríodo, os dedos permanecem numa posição fletida. Em resposta à inatividade, os tendões dos dedos en¬curtam evitando, assim, a extensão dos dedos. Isso dá à mão um aspecto de "pata de caranguejo". Esse pro¬blema pode ser evitado por um programa de ativida¬des que inclua exercícios passivos da mão e dos dedos.

PRINCIPAIS MÚSCULOS QUE MOVIMENTAM A COXA, A PERNA E O PÉ.

Os músculos que movimentam a coxa, a perna e o pé são alguns dos maiores e mais fortes músculos no corpo.



Os músculos que movem a coxa estão fixados em uma parte da cintura pélvica e no fêmur. Esses mús¬culos incluem os glúteos, o iliopsoas e o grupo dos músculos adutores. A contração desses músculos mo¬ve a articulação do quadril.
Os músculos glúteos estão localizados na região posterior e incluem o m. glúteo máximo, o m. glú¬teo médio e o m. glúteo mínimo. Os músculos glú¬teos abduzem a coxa (isto é, eles elevam a coxa para o lado, para uma posição horizontal). O m. glúteo má¬ximo é o músculo mais largo do corpo, e forma a re¬gião das nádegas; é o músculo sobre o qual você senta.
Além de abduzir a coxa, o glúteo máximo também estende a coxa, como acontece quando você sobe uma escada. O glúteo médio está situado parcialmente posterior e superiormente ao glúteo máximo. Ambos os músculos glúteos são usados comumente para inje¬ções intramusculares.
O m. iliopsoas está localizado na face anterior da raiz do membro inferior. A contração desse músculo flete a coxa, tornando-o antagonista do m. glúteo má¬ximo.
Os músculos adutores estão localizados na face medial (interna) da coxa. Esses músculos aduzem as coxas, pressionando-as entre si. Esses são os músculos que o cavaleiro usa para manter-se sobre o cavalo. Os músculos adutores incluem o m. adutor longo, o m. adutor curto, o m. adutor magno e o m. grácil.
Músculos que Movimentam a Coxa


MÚSCULOS QUE MOVIMENTAM A PERNA
Os músculos que movem a perna estão localizados na coxa. Eles incluem o grupo que constitui o quadrí¬ceps femoral, o sartório e o grupo posterior (do jarrete).
O m. quadríceps femoral consiste de quatro músculos localizados nas faces anterior e lateral da co¬xa. Todos os quatro músculos se inserem na tuberosi¬dade da tíbia, através do ligamento (tendão) da patela. Atuando como um grupo, ao cruzar a articulação do joelho, eles estendem a perna. Você os utiliza para chutar uma bola.
Os músculos que formam este grupo incluem o m. vasto lateral, o m. vasto intermédio, o m. vasto medial e o m. reto femoral. O vasto lateral é um lo¬cal freqüentemente usado para injeções em crianças, porque ele é mais desenvolvido do que os músculos glúteos. Pelo fato de o músculo reto femoral originar¬-se no osso do quadril, ele cruza a articulação do qua¬dril (coxofemoral), podendo também fletir a coxa.
O m. sartório é o músculo mais longo do corpo. É um músculo em forma de fita localizado na face an¬terior da coxa. O m. sartório passa sobre o m. quadrí¬ceps em direção oblíqua e permite rodar a perna de maneira que você possa sentar com pernas cruzadas. Os alfaiates costumavam sentar-se com as pernas cru¬zadas para trabalhar. A palavra latina para alfaiate é sartor; por isso esse músculo foi chamado sartório.
Os músculos da região posterior da coxa (do jarrete) constituem um grupo de músculos localizado na face posterior da coxa. Todos os músculos se esten¬dem do osso ísquio (parte do osso do quadril) em di¬reção à tíbia. Ao cruzar a articulação do joelho, eles fletem a perna, sendo, portanto, antagonistas do m. quadríceps femoral. Pelo fato de esses músculos também¬ cruzarem a articulação do quadril, eles estende a coxa. Os fortes tendões desses músculos podem ser sentidos atrás do joelho. Esses mesmos tendões existem em porcos. Os açougueiros utilizam esses tendões para pendurar a coxa desses animais (presunto) para serem defumadas. Os músculos do jarrete incluem o m. bíceps femoral, o m. semimembranác¬eo e o m. semitendíneo.
Um atleta apresenta com freqüência uma contra¬tura dos músculos posteriores da coxa ou uma lesão na virilha. Essas lesões envolvem um ou mais desses músculos ou seus tendões.

MÚSCULOS QUE MOVIMENTAM O PÉ
Os músculos que movem o pé estão localizados nas faces anterior, lateral e posterior da perna. O m. tibial anterior é um músculo da face anterior cuja ação determina a dorsiflexão do pé. O m. fibular longo é encontrado na face lateral. Ele everte (gira para fora) o pé, mantém o arco do pé e auxilia na flexão plantar. O m. gastrocnêmio e o m. sóleo são os maiores múscu¬los da face posterior da perna (panturrilha) e formam o músculo tríceps da perna. Eles estão inseridos no calcâneo por um tendão único, o tendão do calcâneo (de Aquiles). A contração desses músculos determina a flexão plantar. O m. tríceps da perna, algumas vezes, é chamado de "músculo da dançarina" porque permite que ela da se mantenha na ponta dos pés.
Corredores, especialmente os de curta distância, ocasionalmente rompem o tendão de Aquiles. Como o calcanhar não pode ser levantado, essa lesão compro¬mete seriamente as condições de atividade do corredor.

Um atleta apresenta com freqüência uma contra¬tura dos músculos posteriores da coxa ou uma lesão na virilha. Essas lesões envolvem um ou mais desses músculos ou seus tendões.

ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA SISTEMA UNINÁRIO

1- Localize o Sistema Urinário
2- Localize o rim:
a. Face anterior
b. Face posterior
c. Borda medial
d. Borda lateral
e. Pólo superior
f. Pólo inferior
g. Pedículo renal
h. Artéria e veia renais
i. Córtex renal
j. Colunas renais
k. Medula renal - Pirâmides
l. Cálices renais
m. Papila renal

3- Identifique ureteres
4- Identifique a bexiga: trígono da bexiga, mucosa
5- Identifique uretra
a. Masculina: Prostática. Membranosa e esponjosa

Sistema urinário

O sistema urinário é uma das quatro vias excretoras do corpo. As outras são o intestino grosso, a pele e os pulmões.
É o aparelho responsável pela eliminação de produtos finais do metabolismo resultantes da atividade orgânica (proteínas, lipídios, carboidratos, toxinas, etc.) que não estão sendo utilizadas pelo organismo, através da urina.
A regulação da concentração de substâncias excretoras na urina permite que o corpo controle a concentração de substâncias no sangue de modo a aumentar a homeostase dos líquidos corporais.
É composto pelos rins, e as vias urinárias (ureteres, bexiga urinária e uretra).
No homem, este sistema é interligado ao sistema genital, enquanto que na mulher esse sistema é completamente independente.
Os órgão que compõem este sistema podem ser divididos em :
 Órgãos secretores: produzem urina (rim)
 Órgãos excretores: processam a drenagem da urina para fora do corpo (vias urinárias)

1. Órgãos do Sistema Urinário

o RIM

É um órgão par, retroperitoneal, , possue a forma de um feijão, de cor vermelho escuro, medindo cerca de 12 cm de comprimento e 6 cm de largura.
Localizam-se à direita e à esquerda da coluna vertebral, atrás do peritônio parietal, um pouco acima da linha da cintura, ocupando o direito uma posição inferior em relação ao esquerdo, em virtude da presença do fígado à direita. Eles se movem ligeiramente durante a respiração devido ao fato de estarem em contato com o diafragma.
Os pólos superiores dos rins estão ao nível da borda superior da 12ª vértebra torácica, e os pólos inferiores ao nível da terceira vértebra lombar. Anteriormente, o rim direito está coberto pela glândula supra-renal, pela flexura cólica direita, pela porção descendente do duodeno e pelo fígado. A glândula supra-renal, a flexura cólica esquerda, o estômago, o pâncreas, o jejuno e o baço estão relacionados com a superfície anterior do rim esquerdo.
No recém nascido, o rim é três vezes maior, em proporção ao peso do corpo, do que no adulto. O seu peso varia de 125 a 170g no homem e de 115 a 155g na mulher.
O rim apresenta duas faces, anterior e posterior, e duas bordas medial e lateral. Suas extremidades , superior e inferior são comumente denominadas pólos e, sobre o pólo superior, situa-se a glândula supra-renal, pertencente ao sistema endócrino.


A função do rim é filtrar o sangue, dele removendo os resíduos nitrogenados produzidos pelas células, e também sais e outras substâncias que estejam presentes em quantidade excessiva .
Dos 160 litros de filtrado glomerular produzidos diariamente pelos rins, apenas 1,5 litros transformam-se em urina.
Cada rim é envolvido por três cápsulas:
o Verdadeira (propriamente dita): membrana lisa fibrosa, transparente, intimamente aderida à superfície.
o Gordura perirenal: envolve a cápsula verdadeira
o Fáscia renal: fina camada fibrosa que prende o rim às estruturas circunvizinhas e auxilia a manter a posição normal do órgão. A gordura que envolve a fáscia renal é chamada de para–renal.


Estruturas externas
Cada rim possui uma borda lateral convexa e uma borda medial côncava. A borda medial do rim apresenta uma fissura vertical, o hilo, por onde passa o ureter, a artéria e veia renais, linfáticos e nervos. Estes elementos constituem em conjunto o pedículo renal. Dentro do rim o hilo se expande em uma cavidade central denominada se seio renal que aloja pelve renal.

Estruturas internas
Num corte transversal o rim apresenta:
o Medula: área central escurecida
a. Pirâmides renais: entre oito a doze, de forma cônica, com ápices (papilas renaisl) voltados para a pelve renal enquanto suas bases voltam-se para a superfície do órgão.
b. Raios medulares: estriações na medula renal
o Córtex: área periférica pálida que vai da cápsula para as bases das pirâmides.
o Coluna renal: espaços entre as pirâmides
o Pelve renal:
a. Cálices renais menores

Suprimento vascular
Os rins são supridos pelas aa. Renais, que se originam da aorta e situam-se posteriormente às vv. Renais. Ao nível do hilo do rim, a a. renal divide-se em ramos anterior e posterior.
A partir das aa. Renais surgem: : aa. Segmentares, , aa. Interlobares, aa. Arqueadas, aa. Interlobulares.

Inervação:
Os rins recebem um rico suprimento de fibras simpáticas vasoconstritoras. As fibras aferentes que se originam dos ureteres e da pelve renal desempenham um papel importante na dor de origem renal.

A unidade funcional do rim é o néfron.

o URETER
Dois tubos musculares, um de cada rim, que unem o rim à bexiga. Tem aproximadamente 30 cm. Levam a urina secretada do rim para bexiga. Parte da pelve renal, que constitui sua extremidade superior ditada. É a continuação da extremidade afilada da pelve renal
Partindo da pelve renal, o ureter, com trajeto descendente, acola-se à parede posterior do abdome e penetra na pelve para terminar na bexiga, desembocando neste órgão pelo óstio uretral. Distinguem-se em duas partes: abdominal e pélvica. É capaz de contrair-se e realizar movimentos peristálticos.



O ureter possui áreas estreitadas ao longo do percurso:
a. Primeira: junção do ureter com a pelve renal
b. Segunda: ponto no qual o ureter cruza a artéria ilíaca
c. Terceira: posição de entrada do ureter na parede da bexiga.

A localização do ureter na mulher é de particular interesse, uma vez que sua proximidade com o útero e o colo do útero o predispõe a lesão durante a cirurgia de útero.
Irrigação: ramos da a. renal, da a. gonodal e das aa. Ilíacas.
Inervação: fibras provenientes dos plexos renal e hipogástrico que também contém fibras sensitivas (aferentes) para sensibilidade dolorosa.

o BEXIGA

É uma bolsa muscular que serve de reservatório para a urina, localizada inferiormente ao peritônio e posteriormente à sífise púbica; quando cheia se eleva para a cavidade abdominal. Está separada no homem pelas vesículas seminais, e na mulher, pela vagina e útero. A superfície superior da bexiga está coberta de peritônio. Lateralmente, a bexiga é mantida pela musculatura elevadora do ânus e, posteriormente, repousa sobre o músculo obturador interno. No adulto, ela vazia, se achata contra a sínfese púbica; cheia, toma a forma ovde e faz saliência na cavidade abdominal. No feto e recém nascido ocua posição abdomina, atigindo a pelve na época da puberdade.
Tem capacidade de 300 a 350 ml podendo chegar quando cheia a 500 ml.. É controlado pelo sistema nervoso autônomo.
Basicamente a bexiga consiste em duas partes :
a. Trígono vesical: pequena área triangular na entrada da bexiga, na qual desembocam ambos ureteres e a uretra;
b. Músculo detrutor da urina: forma a porção principal do corpo.

A parede da bexiga é composta de quatro túnicas:
a. Mucosa
b. Submucosa
c. Muscular
d. Serosa
Inervação: nervos pélvicos


e.
URETRA:

Canal estreito, musculomembranoso, que se estende da bexiga até o óstio externo da uretra. Conduz a urina para o meio externo. No homem segue por um caminho tortuoso cujo comprimento é de aproximadamente 20 cm e está dividida em três porções:
a. Prostática: com cerca de 3 cm começa no colo da bexiga e atravessa a próstata
b. Membranosa: com cerca de 1 cm, está situada entre duas túnicas do ligamento triangular ligando o pênis à uretra prostática;
c. Esponjosa: com cerca de 15 cm estende-se do ligamento triangular até o óstio externo da uretra.
No sexo feminino tem aproximadamente 4 cm e é mantida pela parede posterior da vagina. Possui um esfíncter que controla a saída da urina. A uretra termina em um orifício denominado meato urinário. O revestimento epitelial da uretra da mulher está sujeito a influência hormonal e participa da atrofia geral da mucosa vaginal adjacente, no período pós menopausa. O óstio da uretra é banhado por descarga vagina, uterina e retal, ao longo da vida, expondo as estruturas uretrais, delicadas, a irritação e invasão bacteriana.
A parede da uretra consiste em três camadas:
a. Mucosa
b. Submucosa
c. Muscular

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

SISTEMA RESPIRATÓRIO

O termo respiração é definido como a união do oxigênio com o sangue nas células, e a liberação subseqüente de energia para o trabalho, o calor, e a eliminação de dióxido de carbono.
As funções do sistema respiratório são: prover o oxigênio necessário ao metabolismo das células e remover um dos materiais desse metabolismo, que é o gás carbônico. Isto implica num processo de respiração externa, absorção de O2 e remoção de CO2 dos pulmões e respiração interna, troca gasosa entre as células e seu meio líquido.
O movimento do ar para dentro a dos pulmões é denominado respiração, ou ventilação e compreende duas fases: a inspiração e a expiração. A inspiração representa a entrada do ar nos pulmões e a expiração à saída.
O sistema respiratório é constituído pelos tratos respiratório inferior e superior. O trato respiratório superior é representado pelo nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traquéia. A parte inferior compreende a parte inferior da traquéia, brônquios, alvéol s e pulmões.
O sistema respiratório também pode ser dividido em porção de condução e porção de respiração
A cavida¬de nasal, a faringe, a laringe, a traquéia e os brônquios são partes da passagem que se abre dos pulmões para o exterior, por isto pertencem à porção de condução. Nos pulmões, as divisões sucessivas da árvore brônquica (os brônquios menores, bronquíolos e duetos alveolar) levam aos alvéolos, unidades funcionais dos pulmões, fazendo esta, parte da porção de respiração. A troca gasosa entre o sangue e o ar ocorre somente nos alvéolos. Aproximadamente, 20 milhões de alvéolos estão presentes ao nascimento. Esse número aumenta para cerca de 300 mi¬lhões durante os primeiros 6 a 10 anos de vida, sem altera¬ção no número de vias aéreas condutoras.


Nariz
O estudo do nariz inclui:
1. Nariz externo
2. Cavidade nasal
3. Seios paranasais

O nariz externo é visível externamente, representa a parte do conduto respiratório superior que faz saliência na face e a cavidade nasal; somente uma pequena parte da cavidade nasal está no nariz externo; a maioria encontra-se sobre o teto da boca.
A cartilagem septal forma a parte anterior do septo nasal, a qual divide a cavidade nasal em duas metades. As cartilagens laterais são expansões como asas da cartilagem septal. As cartilagens alares são em forma de U e es¬tão localizadas no lado do nariz abaixo das cartilagens la¬terais. As cartilagens alar, lateral e septal formam o arca¬bouço cartilaginoso do nariz externo; os ossos nasais e par¬tes dos ossos maxila e frontal formam seu arcabouço ósseo. As aberturas externas das cavidades nasais são chamadas na¬rinas.

O teto ósseo do nariz consiste em uma porção anterior, os ossos frontais, uma porção média, a lâmina crivosa do etmóide e uma porção posterior, partes dos ossos esfenóide e vômer. O soalho do nariz é formado pelos ossos maxilares e palatinos.
A cavidade nasal é composta de 2 cavidades em forma de cunha separadas por um septo formado em grande parte pela lâmina perpendicular do osso etmóide, o osso vômer e a cartilagem septal . As cristas dos ossos nasais for¬mam uma pequena parte da face superior do septo; as cristas dos ossos maxilar e palatino completam a face inferior.
A parede lateral do nariz possui três projeções ósseas, nas conchas nasais, superior, média e inferior, abaixo das quais repousam os meatos (passagem de ar) superior; médio e inferior, respectivamente. Cada concha é coberta por uma grossa membrana mucosa que funciona no aquecimento e no umedecimento do ar.
A porção anterior da cavidade nasal é coberta com uma grossa camada de epitélio pavimentoso estratificado, que contém glândulas sebáceas. As conchas nasais aumentam a superfície dentro do nariz e o epitélio respiratório da concha secreta muco. As membranas mucosas também filtram bac¬térias e partículas de poeira. O ar deve ser aquecido; de outra forma o tecido que reveste o trato respiratório funciona¬ria precariamente. A ausência de umidade, mesmo por al¬guns minutos, destrói os cílios do epitélio respiratório.
O nariz filtra substâncias de 2 maneiras. (1) Vibrissas ( pêlos vistos no nariz), filtram os corpos mais grosseiros, tais como insetos. (2) As correntes de ar passando sobre a mucosa umedecida nos meatos, depositam partículas finas, tais como poeira, pó e fumaça, na parede. Essas partículas finas são subseqüentemente levadas para a faringe e eliminadas.
A membrana mucosa do nariz continua anteriormente com a pele, cobrindo o vestíbulo e, posteriormente, com ã membrana mucosa da nasofaringe. A parte posterior das cavidades nasais e a nasofaringe são cobertas com epitélio cilíndrico pseudo-estratificado ciliado. Os cílios ondulam para a frente e para trás cerca de 12 vezes por segundo e ajudam o muco a limpar o ar. A porção superior do nariz está coberta com tecido neuroepitelial contendo células olfatórias que funcionam na sensação do olfato

Seios Paranasais

Os seios paranasais são espaços que contêm ar e que se comunicam com a cavidade nasal e são revestidos com uma membrana mucosa. Embora pares, comumente são assimétricos. Os seios pares e são denominados de acordo os ossos que estão localizados. Incluem os seios maxilar, frontal, et¬moidal e esfenoidal. A principal função do seio paranasais é manter os ossos do crânio mais leves. Secundariamente, eles funcionam para fornecer muco para a cavidade nasal e agir como câmaras de ressonância para a produção do som.
Os seios maxilares são os mais volumosos seios paranasais. Cada um está localizado na maxila e se abre no meato médio. O seio frontal, localizado no osso frontal, superior e medianamente à órbita, esvazia-se no meato médio. As células etmoidais são numerosos e irregulares espaços de ar que se abrem nos meatos superior e médio.
O seio esfenoidal está no osso esfenóide. Está localizado na parte posterior do olho, por trás da porção superior da cavidade nasal. Uma infecção do seio esfenoidal pode lesa a visão devido à sua proximidade com o nervo óptico. A drenagem do seio esfenoidal ocorre acima do meato superior

FARINGE
É um tubo muscular associado a dois sistemas: respiratório e digestivo, situando-se posteriormente à cavidade nasal, bucal e à laringe, reconhecendo-se ne¬la, por esta razão, três partes: parte nasal, superior, que se comunica com a cavidade nasal através das coanas; parte bucal, média, comunicando-se com a ca¬vidade bucal propriamente dita por uma abertura de¬nominada istmo da garganta (ou das fauces); parte laríngica, inferior, situada posteriormente à laringe e.continuada diretamente pelo esôfago. Trata-se de um canal que é comum para a passagem do alimento ingerido e do ar inspirado e, no seu trajeto, as vias seguidas pelo bolo alimentar e pela corrente aérea, se cruzam.
Na parede lateral da parte nasal da faringe apre¬senta-se o óstio faríngico da tuba auditiva, abertura em fenda que marca a desembocadura da tuba audi¬tiva nesta porção da faringe. A tuba auditiva comu¬nica a parte nasal. da faringe com a cavidade timpânica do ouvido médio, situada no osso temporal, igualan¬do deste modo, as pressões do ar externo e daquele contido na cavidade timpânica. Por outro lado, esta comunicação explica como infecções da faringe podem propagar-se ao ouvido médio. O óstio faríngico da tuba auditiva está limitado, superiormente, por uma elevação em forma de meia lua, muito nítida, denominada tórus tubal, produzida pela cartilagem da tuba revestida de mucosa.

LARINGE
A laringe é o complexo órgão de produção da voz (a "caixa de voz"), formada por nove cartilagens unidas por membranas e ligamentos e contendo as pregas vocais. E um órgão tubular, situado no plano mediano e anterior do pescoço que, além de via aerífera é órgão da fonação, ou seja, da produção do som. Coloca-se anteriormente à faringe e é continuada diretamente pe¬la traquéia.
Embora seja conhecida mais freqüentemente por seu papel como o mecanismo fonador para produção de voz, sua função mais importante é proteger as vias aéreas, principalmente durante a deglutição, quando serve como "esfíncter" ou "válvula” do trato respiratório inferior, assim mantendo uma via aérea permeável.
O esqueleto da laringe consiste de ¬nove cartilagens: três são ímpares (tireóidea, cricóidea e epiglótica) e três são pares (aritenóidea, corniculada e cuneiforme)

A maior das cartilagens é a tireóidea, constituída de duas lâminas que se unem anteriormente em V formando a incisura tireóidea; sua margem superior situa-se oposta à vértebra C4.Os dois terços inferiores de suas duas lâminas semelhantes a placas fundem-se anteriormente no plano mediano para formar a proeminência laríngea.. Esta projeção é bem marcada em homens, mas pouco visível em mulheres.
A cartilagem cricóidea é ímpar e tem forma de um anel de sinete, situando-se inferiormente à cartilagem tireóidea. A abertura anular da carti¬lagem permite a passagem de um dedo médio. A parte posterior (sinete) da cricóidea é a lâmina, e a parte (faixa) anterior é o arco. Embora seja muito menor do que a cartilagem tire¬óidea, a cartilagem cricóidea é mais espessa e mais forte, e é o único anel de cartilagem completo a circundar qualquer parte da via aérea.
A cartilagem aritenóide, uma de cada lado, é seme¬lhante a uma pequena pirâmide triangular de ápice superior e cuja base articula-se com a cartilagem cricóidea. Cada cartilagem possui um ápice superiormente, um processo vocal anteriormente e um grande processo muscular que se projeta late¬ralmente a partir de sua base.
A cartilagem epiglótica, ímpar e mediana, é fina e lembra uma folha peciolada, situan¬do-se posteriormente à raiz da língua e cartilagem tireóide. Sua cartilagem é elástica e se estende da laringe em direção a língua.A epiglote age como uma válvula , que impede a entrada de partículas na via aérea inferior.
As outras cartilagens são de menor importância e fa¬zem parte do esqueleto da laringe e, inclusive, podem ser encontradas pequenas cartilagens supranumerárias. Ligamentos unem as diversas cartilagens da laringe.

Cavidade da laringe
A cavidade da laringe estende-se do ádito da laringe, através do qual se comunica com a parte laríngea da faringe, até o nível da margem inferior da cartilagem cricóidea. Aqui a cavidade da laringe é contínua com a cavidade da traquéia. A cavidade da laringe inclui:
Vestíbulo da laringe: entre o ádito da laringe e as pregas vestibulares.
Parte média da cavidade da laringe: cavidade central entre as pregas e vocais
Ventrículo da laringe: invaginação entre as pregas vestibulares
Cavidade infraglótica: cavidade inferior da laringe entre as pregas vocais e a margem inferior da cartilagem cricóidea, onde é contínua com a luz da traquéia.

Contando em miúdos: Quando se examina a superfície interna de uma la¬ringe cortada sagitalmente, o que chama a atenção de imediato é a presença de uma fen¬da ântero-posterior que leva a uma pequena invaginação, o ventrículo da laringe. Esta fenda está delimi¬tada por duas pregas: uma superior, a prega vestibu¬lar (também chamada de pregas vocais falsas porque não produzem som), e outra inferior, a prega vocal (verdadeira). A porção da cavida¬de da laringe situada acima da prega vestibular é o vestíbulo, que se estende até o orifício de entrada da laringe, o ádito da laringe. A porção compreendida entre as pregas vestibular e vocal de cada lado é a glote, enquanto que aquela situada abaixo das pregas vocais é a cavidade infraglótica que se continua com a cavidade da traquéia.
As pregas vocais são constituídas pelo ligamento e músculo vocais, revestidos por mucosa, e o espaço existente entre elas é denominado rima glótica. Em condições normais as pregas vestibulares não tomam parte na fonação tendo função protetora. Para que se produza o som laríngeo, ao nível das pregas vocais, a laringe possui numerosos músculos, denominados, genericamente, músculos in¬trínsecos da laringe que podem aduzir ou abduzir as pregas vocais, isto é, que podem aproximá-las ou afastá-las, respectivamente. A musculatura íntrínseca da laringe, da qual é parte o próprio músculo vocal contido na prega vocal, pode também provocar tensão ou relaxamento das pregas vocais, o que interfere sobre¬maneira na tonalidade do som produzido. É mais fácil compreender as ações dos músculos intrínsecos da laringe quando estes são considerados como grupos funcionais: adutores e abdutores, esfíncteres, tensores e relaxadores. Adutores e abdutores: Esses músculos movimentam as pregas vocais para abrir e fechar a rima da glote. Esfincteres: fecha o adito da laringe como mecanismo de proteção durante a deglutição. Tensores: inclinam ou tracionam a proeminência laríngea ou ângulo da cartilagem tireóidea anterior e inferiormente ao arco da cartilagem cricóidea. Relaxadores: Tracionam as cartilagens aritenóideas anteriormente, em direção ao ângulo da tireóide, assim relaxando os músculos vocais para reduzir a altura da voz.
Os músculos extrínsecos da laringe movimentam a laringe como um todo.

TRAQUÉIA E BRÔNQUIOS

A laringe segue-se a traquéia, estrutura cilindróide constituída por uma série de anéis cartilagíneos incompletos, em forma de C, sobrepostos e ligados entre si pelos ligamentos anulares. A parede posterior, desprovida da cartilagem, constitui a parede membra¬nácea da traquéia, que apresenta musculatura lisa, o m. traqueal. Tal como ocorrem com outros órgãos do sis¬tema respiratório, as cartilagens da traquéia proporcionam-lhe rigidez suficiente para impedi-la de entrar em colapso e, ao mesmo tempo, unidas por tecido elás¬tico, fica assegurada a mobilidade e flexibilidade da estrutura que se desloca durante a respiração e com os movimentos da laringe. Embora seja um tubo mediano, a traquéia sofre um ligeiro desvio para a direita, próximo à sua extremidade inferior, antes de dividir-se nos dois brônquios principais, direito e esquerdo, que se dirigem para os pulmões. Estes apresentam estrutura muito semelhante à da traquéia e são também de¬nominados brônquios de primeira ordem. Cada brônquio principal dá origem aos bronquios lobares, ou de segunda ordem, que ventilam os lobos pulmonares. Es¬tes, por sua vez, dividem-se em brônquios segmentares ou de terceira ordem, que vão ter aos segmentos broncopulmonares. Os brônquios segmentares sofrem ainda sucessivas divisões que são chamadas de bronquíolos, que entram em unidades básicas dos pulmões, chamados de lóbulos. Cada bronquíolo se divide ao entrar no lóbulo, em vários bronquíolos terminais, cada um dos quais se subdivide, em dois ou mais ductos respiratórios antes de terminarem nos alvéolos pulmonares. Vê-se, assim, que cada brônquio principal dá origem no pulmão a uma série de ramificações conhecidas, em conjunto, como árvore brônquica. O brônquio direito se difere do esquerdo porque é mais curto e mais largo e tem um trajeto vertical.
Os Brônquios dividem-se repetidamente em tubos cada vez menores denominados bronquíolos. Eles atuam na regulação do fluxo de ar para os alvéolos.
Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias. Um capilar pulmonar evolve dada alvéolo. A função dos alvéolos é trocar oxigênio e dióxido de carbono através da membrana do capilar alvéolo-pulmonar.


PULMÕES



Se a raiz for seccionada antes da (medial à) ramificação do brônquio principal (primário) e da artéria pulmonar, sua configuração geral é:
 Artéria pulmonar, superior à esquerda (o brônquio lobar supe¬rior ou "eparrerial" pode estar localizado superior a ela no lado direito).
 Veias pulmonares superior e inferior, mais anterior e mais infe¬rior, respectivamente.
 Brônquio, aproximadamente no meio do limite posterior, com os vasos brônquicos imediatamente adjacentes (geralmente na face posterior nesse ponto).
Medial ao hilo, a raiz está encerrada na área de continuidade entre as lâminas parietal e visceral de pleura - a bainha pleural, ou mesopneumônio (mesentério do pulmão). O hilo do pulmão é uma área cuneiforme da superfície medial de cada pulmão, o ponto no qual as estruturas que formam a raiz entram e saem do pulmão. O hilo (entrada) pode ser comparado à área da terra na qual as raízes de uma planta penetram no solo.

As fissuras horizontal e oblíqua dividem os pulmões em lobos. O pulmão direito possui três lobos, o pulmão esquerdo tem dois. O pulmão direito é maior e mais pesado do que o esquerdo, porém é mais curto e mais largo, porque a cúpula direita do diafragma é mais alta e o coração e o pericárdio são mais salientes à esquerda. A borda anterior do pulmão direito é relativamente reta, enquanto essa borda do pulmão esquerdo possui ma incisura cardíaca profunda, um entalhe causado pelo desvio o ápice do coração para o lado esquerdo. Essa incisura marca principalmente a face ântero-inferior do lobo superior do pulmão esquerdo. Este entalhe freqüentemente cria um processo fino, lingüiforme, do lobo superior, a língula, que se estende abaixo da incisura cardíaca e desliza para dentro e para fora do recesso costomediastinal durante a inspiração a expiração. Cada pulmão possui:
 Um ápice, a extremidade superior arredondada do pulmão que fica acima do nível da 1ª costela até a raiz do pescoço, recoberta pela cúpula da pleura.
 Três faces (costal, mediastinal e diafragmática).
 Três margens (anterior, inferior e posterior).

Os pulmões de um cadáver embalsamado, geralmente firmes ao que, têm impressões que são formadas pelas estruturas adjacentes eles, como as costelas. Essas impressões fornecem indicações sobre as relações dos pulmões; entretanto, não são visíveis durante a cirurgia ou em amostras frescas de cadáver ou post mortem.
A face costal do pulmão é grande, lisa e convexa. Está relacionada à pleura costal, que a separa das costelas, cartilagens costais dos músculos intercostais íntimos. A parte posterior da face costal está relacionada aos corpos das vértebras torácicas e algumas vezes é denominada parte vertebral da face costal.

A face mediastinal do pulmão é côncava, porque está relacionada ao mediastino médio, que contém o pericárdio e o coração. A face mediastinal inclui o hilo e assim recebe a raiz do pulmão, ao redor da qual a pleura forma a bainha pleural. O liga¬mento pulmonar pende inferiormente da bainha pleural ao redor da raiz do pulmão. Se embalsamado, há um sulco para o esôfago e uma impressão cardíaca na face mediastinal do pulmão direito. Como dois terços do coração estão à esquerda da linha média, a impressão cardíaca na face mediastinal do pulmão esquerdo é muito maior. Esta face do pulmão esquerdo também possui um sulco contínuo e proeminente para o arco da aorta e a aorta descen¬dente (torácica) e também um sulco menor para o esôfago.
A face diafragmática do pulmão, que também é côncava, forma a base do pulmão, que se apóia sobre a cúpula do diafragma. A concavidade é mais profunda no pulmão direito devido à posição mais alta da cúpula direita do diafragma, que fica sobre o fígado, que é grande. Lateral e posteriormente, a face diafragmática é limi¬tada por uma margem fina e aguda (margem inferior) que se projeta para o recesso costodiafragmático da pleura.
A margem anterior do pulmão é o local onde as faces costal e mediastinal se encontram anteriormente e se superpõem ao coração; a incisura cardíaca entalha esta margem do pulmão esquerdo. A margem inferior do pulmão circunscreve a face diafrag¬mática do pulmão e a separa das faces costal e mediastinal. A margem posterior do pulmão é o local onde as faces costal e medias¬tinal se encontram posteriormente; é larga e arredondada e situa¬-se na cavidade ao lado da região torácica da coluna vertebral.

As cavidades pulmonares são revestidas por membranas pleurais (pleuras) que também se refletem e cobrem a superfície externa dos pulmões contidos nas cavidades Corresponde a um saco seroso com¬pletamente fechado. A pleura, apresenta dois folhetos: a pleura pulmonar (visceral) que reveste a superfície do pulmão e mantém continuidade com a pleura parietal que recobre a face interna da parede do tórax. Entre as pleuras pulmonar e parietal há um espaço virtual a cavidade da pleura, contendo uma película de liquido de espessura capilar que permite o livre deslizamento de um folheto contra o outro nas constantes variações de volume do pulmão, ocorridas nos movimentos respiratórios. Dentro da cavidade pleu¬ral a pressão é subatmosférica. um fator importante na mecânica respiratória.
A pleura parietal reveste as cavidades pulmonares, assim aderindo à parede torácica, ao mediastino e ao diafragma. É mais volumosa do que a pleura visceral, e, em cirurgias e dissecções de cadáver, pode ser separada das superfícies que cobre. A pleura parietal consiste em quatro partes:
A parte costal cobre as superfícies internas da parede torácica.
A parte mediastinal cobre as faces laterais do medias tino - as massas de tecidos e órgãos que separam as cavidades pulmo¬nares e seus sacos pleurais.
A parte diafragmática cobre a superfície superior ou torácica do diafragma de cada lado do mediastino.

A cúpula da pleura estende-se através da abertura superior do tórax e entra na raiz do pescoço, formando uma cúpula pleural caliciforme sobre o ápice do pulmão (a parte que se estende acima da 1 a costela).


Controle da respiração
A respiração é controlada pelos mecanismos nervoso e químico.
Mecanismo nervoso:
O sistema do controle respiratório é formado por três grupos distintos de neurônios , situados bilateralmente no bulbo raquidiano e na protuberância do tronco cerebral (ponte):
• Área inspiratória e expiratória: localizadas na substância reticular do bulbo raquidiano. O centro de controle da respiração no bulbo é chamado de Centro de Controle Respiratório medular, que permite estabelecer ritmo respiratório básico;
• Área pneumotoráxica: localizada na substância reticular do terço superior da protuberância. Chamada também de centro pneumotoraxico e centro apnêustico. São área que modificam e ajudam a controlar a respiração.
A respiração normal é rítmica e involuntária. A freqüência respiratória normal varia de 12 a 20 resp/min no adulto e de 20 a 40 na criança.
O corpo regula a respiração a cada momento, em resposta a mudanças na atividade celular.
A inspiração ocorre quando os neurônios respiratórios da medula são estimulados , originando os impulsos nervosos. Estes por sua vez irão estimular os músculos da respiração , trafegando do bulbo, através dos nervos frênico e intercostais.
A expiração acontece quando o impulso dos neurônios expiratórios chegam aos neurônios inspiratórios, inibindo a formação do impulso nervoso provocando relaxamento dos músculos inspiratórios.
Muitas medicações (narcóticos) podem deprimir o centro respiratório medular.
Outras áreas do encéfalo também podem afetar o padrão da Respiração:
• Hipotálamo: respostas emocionais e ansiedade
• Córtex cerebral: atividade cortical que permite controlar voluntariamente a profundidade e a freqüência respiratória.
• Nervo vago
• Fatores que afetam a respiração: tosse, espirro, falar, soluçar, etc.

Mecanismo químico
As substâncias químicas que participam do controle da respiração incluem o dióxido de carbono, o íons de hidrogênio e o oxigênio, que são detectadas por áreas quimossensitivas, chamadas quimiorrecepores. Quando ativados estimulam áreas do tronco cerebral. Existem dois tipos de quimiorreceptores: centrais (localizados no SNC) e periféricos (fora do SNC).
Os centros detectam mudanças na concentração de íons hidrogênio e de dióxido de carbono no sangue.
Os periféricos estão localizados nas paredes das artérias carótida e aorta, na região do pescoço e caixa torácica.
Muitos fatores diferentes contribuem para o controle da respiração, mas, indiscutivelmente, os mais importantes são os seguintes:
1- A pressão do gás carbônico (PCO2) no sangue;
2- A concentração dos íons hidrogênio (pH) no sangue;
3- A pressão do oxigênio (PO2) no sangue;
Sinais neurais das áreas cerebrais, controladoras dos músculos

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

sistema digestório

SISTEMA DIGESTÓRIO (digestivo)

Consiste em um longo tubo muscular, ao qual estão anexados órgãos e glândulas que participam da digestão. Começa nos lábios e termina no ânus, incluindo: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, e ânus. Os órgãos anexos são: fígado, glândulas salivares e pâncreas.
O sistema digestivo é responsável pela pressão mastigação, deglutição digestão e absorção do alimento e eliminação de produtos sólidos do catabolismo, ou seja, expulsão dos resíduos em forma de fezes.

BOCA E CAVIDADE BUCAL

Vestíbulo da boca:
É um espaço semelhante a uma fenda entre os dentes e a gengiva da boca e os lábios e as bochechas. O vestíbulo se comunica com o exterior através da boca. O tamanho da rima da boca é controlada pelos músculos periorais como o bucinador, o risório e os depressores e elevadores dos lábios.
Divide-se em
 Parede externa: bochechas, lábios, fenda bucal.
 Parede interna: arcadas alvéolo-dentárias, gengivas.
 Bordo superior: sulco gengival superior com freio do lábio superior
 Bordo inferior: sulco gengival inferior com freio do lábio inferior


Cavidade oral propriamente dita:
É o espaço entre os arcos ou arcadas dentais maxilar e mandibular, formam os limites laterais e anterior. Quando a boca está fechada e em repouso, a cavidade oral é completamente ocupada pela língua.
Divide-se em :
 Parede superior - palato
 Palato duro ou abóbada palatina.
 Palato mole ou véu palatino ou do paladar.

 Parede inferior (pavimento da boca)
 Parede externa - arcadas alveolodentárias.
 Orifício posterior - istmo orofaríngeo

Lábios
Os lábios são pregas musculofibrosas móveis que circundam a boca, estendendo-se dos sulcos nasolabiais e das narinas lateral, e superiormente até o sulco mentolabial inferiormente . Eles contêm os músculos orbicular da boca e labiais superior e inferior, vasos e nervos. Os lábios são cobertos externamente por pele e internamente por mucosa. Os lábios funcionam como as válvulas da rima da boca, contendo o esfíncter (orbicular da boca) que controla a entrada e a saída da boca e dos tratos alimentar superior e respiratório. Os lábios são usados para apreender o alimento, sugar líquidos, manter o alimento fora do vestíbulo da boca, formar a fala e a osculação (beijo). A zona de transição dos lábios (freqüentemente considerada como sendo o lábio), variando de marrom a vermelha, prossegue até a cavidade oral onde é contínua com a mucosa. Essa membrana cobre a parte intra-oral, vestibular, dos lábios . Os frênulos dos lábios são pregas de margem livre da mucosa na linha mediana, que se estendem da gengiva vestibular até a mucosa dos lábios superior e inferior; aquele que se estende até o lábio inferior é menor.



Bochechas
As bochechas possuem praticamente a mesma estru¬tura que os lábios, com os quais são contínuas. As bochechas formam as paredes móveis da cavidade oral.
Anatomicamente, a face externa das bochechas constitui a região bucal limitada ante¬riormente pelas regiões oral e mentual (lábios e queixo), superior¬mente pela região zigomática, posteriormente pela região parotídea e inferiormente pela margem inferior da mandíbula.. A proeminência da bochecha ocorre na junção das regiões zigomá¬tica e bucal. O osso zigomático subjacente à proeminência e o arco zigomático que continua posteriormente são denominados freqüentemente como "osso da bochecha". Os leigos também consideram as regiões zigomática e parotídea como parte da bochecha. Os principais músculos das bochechas são os bucina¬dores. Várias pequenas glândulas bucais situam-se entre a mucosa e os bucinadores. Superficialmente aos bucinadores há coleções encapsuladas de gordura; estes corpos adiposos da bochecha são proporcionalmente muito maiores em lactentes, provavel¬mente para reforçar as bochechas e evitar seu colapso durante a sucção. As bochechas são supridas por ramos bucais da artéria maxilar e inervadas por ramos bucais do nervo mandibular.

Gengivas
As gengivas são formadas por tecido fibroso coberto por mucosa. A gengiva propriamente dita (gengiva fixa) está firmemente presa aos processos alveolares da maxila e mandíbula e aos colos dos dentes. A gengiva propriamente dita normal¬mente é rósea, pontilhada e queratinizada. A mucosa alveolar (gengiva livre) é normalmente vermelho-brilhante e não-querati¬nizada.

Dentes
São estruturas rijas, esbranquiçadas, implantadas em cavidades chamadas alvéolos dentários, situados na maxila (maxilar) e mandíbula.
Tem como função :
 Participar no processo de mastigação, com ação específica de cortar, rasgar e triturar os alimentos, reduzindo-os a pequenas partículas para que seja facilitada a digestão.
 Ajudar a sustentar os alvéolos dentais, auxiliando o desenvolvimento e a proteção dos tecidos adjacentes;
 Participar da articulação fala


O ser humano possui duas dentições que surgem no período da vida, começando o desenvolvimento ainda no período uterino.
1. Temporária ou decidual
Começam a se desenvolver aproximadamente na 7ª semana fetal. É constituída de 20 dentes, cinco em cada quadrante: 2 incisivos, 1 canino, 2 molares. Aparecem de dois em dois, dos seis aos vinte e quatro meses de idade.

2. Permanente
Começam a se desenvolver no 4º mês fetal. É constituída de 32 dentes, 8 em cada quadrante: 2 incisivos, 1 canino, 2 pré-molares, 3 molares. Começa a aparecer a partir dos 6 a 7 anos de idade podendo o terceiro molar estender-se até os 25 anos de idade, ou até inclusive não acontecer a erupção do mesmo.


O dente é dividido exteriormente em três estruturas:
a. Coroa: parte externa do dente
b. Raiz: Parte que fica alojada no alvéolo dentário
c. Colo: parte que está entre a coroa e a raiz

Internamente o dente é dividido em:
a. Dentina: substância semelhante ao osso em sua composição, porém mais dura e mais compacta. Ocupa maior parte do dente;
b. Cavidade ou câmara pulpar: cavidade que aloja a polpa. Possui na sua parte inferior duas abertura chamadas forame apical;
c. Polpa: tecido conjuntivo frouxo e vascular que supre o dente de nutrientes e inervação sensitiva de dor;
d. Esmalte: reveste a dentina da coroa, dando-lhe mais resistência, composta de fosfato de cálcio.
e. Cemento: cobre a dentina da raiz;
f. Ligamento ou substância periodontal: tecido conjuntivo relativamente mole e frouxo que permite ao dente um leve grau de mobilidade. Age também como absorvente de choques. Contém terminações nervosas sensitivas para a pressão, fornecendo informação ao encéfalo durante o processo da mastigação.

Língua

Órgão muscular com grande mobilidade, revestido por mucosa e que pode assumir vários formatos e posições. Exerce importantes funções na mastigação, deglutição, na gustação articulação das palavras (fala).
A língua é dividida em quatro partes:
a. Ápice: coloca-se junto aos dentes incisivos O ápice (extremidade) da língua é a extremi¬dade anterior do corpo, que se apóia contra os dentes incisivos.
b. Corpo: corpo da língua é formado pelos dois terços anteriores
c. Dorso: face superior da língua
d. Face inferior: situa-se exclusivamente na cavidade oral propriamente dita e está ligada ao assoalho da boca através de uma prega mucosa chamada frênulo da língua. É coberta por uma mucosa fina e transparente através do qual se pode ver as veias subadjacentes.
e. Raiz da língua: corresponde a parte faríngea da língua. Parte que apóia o assoalho da boca Geralmente é definida como o terço posterior da língua.

A mucosa na parte anterior da língua é rugosa devido à presença de muitas pequenas papilas linguais:
 Papilas circunvaladas: Grandes e com topo plano, situam-se diretamente anteriores ao sulco terminal e são organizadas em uma fileira em formato de V. São circundadas por depressões profundas semelhantes a valas, cujas paredes estão repletas de botões gustativos. Os ductos das glândulas serosas da língua abrem-se nas valas. Contém receptores gustativos nos botões gustativos.
 Papilas folhadas: Pequenas pregas laterais da mucosa lingual. São pouco desenvolvidas nos seres humanos.
 Papilas filiformes: Longas e numerosas, contêm terminações nervosas aferentes sensíveis ao toque. Essas projeções cônicas e descamativas são rosa-acinzentado e estão organizadas em fileiras com formato de V, paralelas ao sulco terminal, exceto no ápice, onde tendem a se organizar transversalmente.
 Papilas fungiformes: Pomos em formaro de cogumelo, rosas ou vermelhos, estão dispersos entre as papilas filiformes, mas são mais numerosos no ápice e nas margens da língua.

Músculos da língua: mm. Intrínsecos ( longitudinais, superior e inferior, transverso e vertical) e mm. Extrínsecos (genioglosso, hioglosso, estiloglosso e palatoglosso);

A língua movimenta o alimento empurrando-o em direção a garganta, para que seja engolido. Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários: amargo (A), azedo ou ácido (B), salgado (C) e doce (D). De sua combinação resultam centenas de sabores distintos. A distribuição dos quatro tipos de receptores gustativos, na superfície da língua, não é homogênea


FARINGE
É a parte expandida superior do sistema digestório posterior à cavidade oral sal, e se estende até a laringe.. Porção do trato digestório que serve também como via para o sistema respiratório. Comunica-se com a cavidade bucal propriamente dita através do istmo das fauces e a parte faríngea comunica-se anteriormente com a laringe e posteriormente com o esôfago. Na deglutição o palato mole é elevado, bloqueando a continuidade entre a parte nasal da faringe e o restante deste tubo muscular. Por outro lado a cartilagem epiglótica fecha a passagem para a laringe evitando que o alimento penetre no trato respiratório.


Interior da Faringe.

A faringe é dividida em três partes .
 Parte nasal da faringe: posterior ao nariz e superior ao palato mole. A parte nasal da faringe tem uma função respiratória. Situa-¬se posteriormente ao palato mole e é a extensão posterior das cavi¬dades nasais O nariz abre-se para a parte nasal da faringe através de dois cóanos (aberturas pares entre a cavidade nasal e a parte nasal da faringe)
 Parte oral da faringe: posterior à boca. A parte oral da faringe tem uma função digestiva. É limitada pelo palato mole superiormente, pela base da língua inferiormente e pelos arcos palatoglosso e palatofaríngeo lateralmente. Estende-se do palato mole até a margem superior da epiglote. A deglutição é o processo completo que transfere um bolo de alimento da boca através da faringe e do esôfago para o estômago.
 Parte laríngea da faringe: posterior à laringe.A parte laríngea da faringe (hipofaringe) situa-se posterior à laringe , estendendo-se da margem superior da epiglote e das pregas faringoepiglóticas até a margem inferior da cartilagem cricóidea, onde estreita-se e torna-se contínua com o esôfago.

Camadas da parede do tubo digestivo
a. embrana Mucosa ou mucosa: camada mais interna do tubo digestivo. Possui células glandulares que secretam muco e suco digestivo.No esôfago e no cólon é secretado apenas muco ;

b. Submucosa: Composta de tecido conjuntivo areolar com numerosos vasos linfáticos e sanguíneos, e um plexo nervoso conhecido como plexo submucoso que age para compensar as alterações em tamanho do tubo digestivo durante a passagem do alimento.

c. Camada muscular ou muscular externa: Consiste em fibras musculares lisas em duas disposições distintas camadas interna e externa . Uma vez contraídas diminuem a luz do tubo . Entre as duas camadas fica um plexo nervoso chamado de mioentérico.
d. Camada serosa: o revestimento mais externo é o peritônio visceral. A camada parietal do peritônio forra a parede abdominal.

A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco, que a protege da agressão do suco gástrico, bastante corrosivo. Apesar de estarem protegidas por essa densa camada de muco, as células da mucosa estomacal são continuamente lesadas e mortas pela ação do suco gástrico. Por isso, a mucosa está sempre sendo regenerada. Estima-se que nossa superfície estomacal seja totalmente reconstituída a cada três dias. Eventualmente ocorre desequilíbrio entre o ataque e a proteção, o que resulta em inflamação difusa da mucosa (gastrite) ou mesmo no aparecimento de feridas dolorosas que sangram (úlceras gástricas).


Esôfago

É um tubo muscular longo e reto que se comunica diretamente com o estômago. Divide-se em três partes; cervical, torácica e abdominal. Estende-se da faringe ao estômago por uma distância de 25 cm. Está situado posteriormente à traquéia e anteriormente à coluna vertebral; ele passa através do diafragma em frente à aorta, para então entrar no estômago. A luz do esôfago aumenta durante a passagem do bolo alimentar. A passagem do alimento é facilitada por forças gravitacionais e pelas contrações musculares (movimentos peristálticos) exercidas pela parede do esôfago.

Estômago
O estômago, porção mais dilatada do tubo digestivo, é um órgão muscular que liga o esôfago ao intestino delgado. Localiza-se inferiormente ao diafragma, logo abaixo da borda costal no abdome superior.
É local de armazenamento e câmara de mistura para o alimento antes que ele passe para o duodeno. Nele a comida é parcialmente digerida e misturada é transformada em massa semi líquida. O estômago tem a capacidade de guardar quase um litro e meio de comida, possibilitando que não se tenha que ingerir alimento de pouco em pouco tempo. Quando está vazio, tem a forma de uma letra "J" maiúscula, cujas duas partes se unem por ângulos agudos.
O estômago possui dois orifícios, um proximal, de comunicação com o esôfago e outro distal, chamado de óstio pilórico que se comunica com a porção inicial do intestino delgado. Nestes locais encontram-se feixes musculares que estabelecem um mecanismo de abertura e fechamento do óstio para regularizar o trânsito do bolo alimentar.A nível de duodeno o nome deste dispositivo é piloro. A forma e posição do estômago variam de acordo com a idade, tipo de alimentação, posição do indivíduo e estado fisiológico do órgão.
O estômago divide-se em:
a. Cárdia: corresponde à junção com o esôfago
b. Fundo: porção superior deslocada para esquerda. Nele fica contido o ar deglutido. A presença de ar no fundo do estômago é também responsável pelo som timpânico na percussão desta região.
c. Corpo: porção central
d. Parte pilórica: porção terminal, continuada pelo duodeno.
O estômago vazio possui uma mucosa com dobras, as rugas ou pregas gástricas, que se tornam lisas quando o estômago está cheio. Estas pregas são mais visíveis ao longo da curvatura menor (canal gástrico) que tendem a dirigir os líquidos ingeridos ao longo desta curvatura, ao invés de deixar que ele se espalhe por todo o corpo do estômago. Isto justifica o fato de que a ingestão de material corrosivo afete, em particular, a curvatura menor. O epitélio é cilíndrico simples. As glândulas gástricas densamente reunidas , somam-se cerca de 35 milhões . Estas glândulas são tubulares ramificadas e penetram na lâmina própria, indo à musculatura da mucosa.
A irrigação sanguínea do estômago se dá através da aorta abdominal.
O muco gástrico envolve a mucosa com uma camada protetora, que não é atacada pelo ácido clorídrico. Assim, impede a autodigestão do estômago pelo próprio acido clorídrico, e também protege a mucosa gástrica de outras lesões, seja por ação química ou mecânica, calor ou frio.

Intestino Delgado


O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm de diâmetro. Estende-se da porção distal do esfíncter pilórico até o ceco, a primeira porção do intestino grosso. A porção superior ou duodeno tem a forma de ferradura e compreende o piloro, esfíncter muscular da parte inferior do estômago pela qual este esvazia seu conteúdo no intestino anteriormente pelo peritônio. É o local primário para absorção de nutrientes de materiais ingeridos. A parte pilórica do estômago esvazia-se no duodeno, sendo a admissão duodenal controlada pelo piloro.
Pode ser dividido em três regiões:
 Duodeno (cerca de 25 cm): assim chamado porque possui um comprimento de aproximadamente 12 dedos.É a primeira e mais curta porção do intestino delgado, também a mais larga e mais fixa. O duodeno segue um trajeto em formato de C ao redor da cabeça do pâncreas. Ele é dividido em quatro porções:
 1ª (superior) – inicia-se no piloro e tem direção posterior e para a direita. Segue todos os movimentos da parte pilórica do estômago. Local onde situa-se a ampola.. É sobreposta pelo fígado e pela vesícula biliar;

 2ª (descendente) – Esta parte é toda retroperitonial e, portanto está coberto. Ele recebe secreções do fígado e do pâncreas através dos ductos colédoco e pancreático respectivamente. O ducto pancreático acessório e o ducto colédoco abrem-se na porção descendente do duodeno através de uma projeção mamilar interna chamada papila maior do duodeno.Curva-se ao redor da cabeça do pâncreas.
 3ª (horizontal ou inferior) – corre para a esquerda e cruza , anteriormente
 4ª (ascendente) – ascende sobre o m. psoas maior esquerdo e curva-se anteriormente para continuar –se no jejuno.


 Jejuno (cerca de 5 m) e Íleo (cerca de 1,5 cm): não existe um local nítido de delimitação do jejuno com o ílio por isto pode ser tratado em conjunto. Constituem a porção móvel do intestino delgado, iniciando-se na flexura duodeno-jejunual e terminando no início do intestino grosso, onde se abre o ósteo íleo cecal. Apresentam numerosas alças intestinais e está preso à parede posterior do abdome por uma prega peritonial ampla, o mesentério.
Diferente do que com o íleo, o jejuno está frequentemente vazio, é mais calibroso e mais vascularizado, tem paredes mais espessas.
Nesta região pode ocorrer a permanência do divertículo ileal (remanescente da porção proximal do ducto onfalomesentérico do embrião), em 50% dos casos contém mucosa gástrica ectópica, o que pode ocasionar ulcerações.
A digestão e absorção dos nutrientes ocorrem principalmente no intestino delgado, portanto, ele é um órgão indispensável à vida.
Histologicamente, a parede do intestino delgado é típica do tubo digestivo, distinguindo-se por possuir:
a. Pregas circulares, dobras grandes, permanentes e transversas da espessura total da mucosa;
b. Vilosidades: projeções digitiformes de mucosa para a luz contendo vaso sanguíneo e um vaso linfático.
c. Microvilosidades: numerosos processos cilíndricos na superfície lisa das células epiteliais


A- Mucosa e musculatura do Jejuno Mucosa e musculatura do Íleo

Intestino Grosso

Mede cerca de 1,5 m de comprimento estende-se a partir da porção terminal do íleo ao ânus e divide-se em ceco, cólon (ascendente, transverso, descendente, sigmóide) reto e canal anal. A saída do reto chama-se ânus e é fechada por um músculo que o rodeia, o esfíncter anal.
. O intestino grosso tem como funções principais a formação, transporte e evacuação das fezes. O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos, normalmente só absorve água, em quantidade bastante consideráveis. Como o intestino grosso absorve muita água, o conteúdo intestinal se condensa até formar detritos inúteis, que são evacuados através da atividade muscular intensa. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando o trânsito destas e a eliminação pelo ânus.

Para que isto ocorra três atividades ocupam destaque: mobilidade, absorção de água e de secreções de muco.
Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das secreções.
A primeira parte do intestino grosso é o ceco que é uma bolsa alongada situada na porção inferior direita do abdome. Na sua parte inferior encontra-se um tubo delgado, chamado apêndice vermiforme, o qual possui uma cavidade que se comunica com o ceco.

O cólon ascendente estende-se para cima a partir de ceco junto à parede abdominal posterior direita até a superfície inferior do fígado e anteriormente ao rim direito
O cólon transverso cruza a cavidade abdominal da direita para a esquerda, abaixo do estômago.
O cólon ascendente começa perto do baço, caminhando para baixo, do lado esquerdo do abdome, em direção à crista ilíaca, tornando-se o cólon sigmóide ou cólon pélvico assim chamado devido a sua forma de S, na cavidade pélvica.
O reto fica situado sobre a superfície anterior do sacro e cóccix e termina no estreito canal anal, que se abre para o exterior no ânus. As glândulas intestinais encontram-se ausentes no canal anal. O músculo liso circular do canal anal se espessa para formar o esfíncter anal. Feixes de músculos esqueléticos que circundam o canal formam o esfíncter externo.
Dobras ou colunas anais podem ser vistas no canal anal, cada uma contendo uma artéria e uma veia, sendo que as veias são sujeitas a dilatações conhecidas como hemorróidas.
A irrigação sanguínea do intestino grosso é efetuada pela artéria mesentérica superior e inferior , enquanto a corrente venosa de retorno passa pelo fígado.

ÓRGÃOS E GLÂNDULAS ANEXAS
Pâncreas
O pâncreas é uma glândula mista, grande, de mais ou menos 15 cm de comprimento e de formato triangular. É lobulada e assemelha em estrutura às glândulas salivares. Localizada transversalmente sobre a parede posterior do abdome, na alça formada pelo duodeno, sob o estômago.
A secreção externa dele é dirigida para o duodeno pelo ducto pancreático principal (Wirsung) e de Santorini. O ducto pancreático principal desemboca ao lado do canal colédoco na Papila duodenal maior (Vater).

Possui função exócrina, secretando suco pancreático que são coletadas pelos ductos pancreáticos e lançadas no duodeno; e endócrina secretando insulina e glucagon para o sangue.
O pâncreas é dividido em cabeça (extremidade dilatada à direita, que se encaixa no duodeno) corpo (disposto transversalmente) e cauda (extremidade esquerda, afilada que continua diretamente a corpo e se situa próximo ao baço), situa-se posteriormente ao estômago.
No interior do tecido glandular, que secreta o suco pancreático, encontra-se numerosos grupos de células de outros tipos, como ilhas, que são transpassadas por capilares, denominados “ilhotas de Langerhans”., que secretam insulina e glucagon.
O suco pancreático, produzido pelo pâncreas, contém água, enzimas e grandes quantidades de bicarbonato de sódio. O pH do suco pancreático oscila entre 8,5 e 9. Sua secreção digestiva é responsável pela hidrólise da maioria das moléculas de alimento, como carboidratos, proteínas, gorduras e ácidos nucléicos.

Fígado

Maior órgão do corpo e está localizado na parte superior da cavidade abdominal abaixo da cúpula diafragmática, embora uma pequena porção ocupe também a metade esquerda do abdome.
É a mais volumosa de todas as vísceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto, e na mulher adulta entre 1,2 e 1,4 kg. Tem cor arroxeada, superfície lisa e recoberta por uma cápsula própria.
Sua superfície superior (diafragmática) é lisa e convexa. A superfície inferior (visceral) é côncava e exibe impressões delimitando o ponto em que o fígado está em contato com as vísceras abdominais
O fígado é dividido em quatro lobos: direito, esquerdo, quadrado e caudado. Na fase diafragmática os lobos direito e esquerdo são separados por uma prega do peritônio, o ligamento falciforme.
Entre o lobo direito e o lobo caudado há um sulco que aloja a veia cava inferior.
Entre os lobos caudado e quadrado há uma fenda transversal , o hilo hepático (porta do fígado), por onde penetram os dois grandes vasos sanguíneos – a artéria hepática e a veia porta – e por aí saem os dois ductos biliares principais, o ducto hepático direito e ducto hepático esquerdo, para se unirem no ducto hepático, que corre para o duodeno.. Nesse local ainda encontra-se a vesícula biliar, que se abre por um ducto próprio (ducto cístico), que tem a função de armazenar a bile produzida pelo fígado.
O sistema venoso hepático é constituído pela veia porta que penetra no fígado trazendo sangue venoso. As principais veias do fígado saem pela superfície posterior do fígado onde desembocam imediatamente, na veia cava inferior.
A artéria hepática leva sangue rico em oxigênio e nutrientes para o fígado.

As principais funções do fígado:
1. Produção de bile (500 a 1000ml por dia)
2. Hematopoiese: produção de eritrócitos no embrião;
3. Coagulação: sintetiza protrombina e fibrinogênio
4. Armazena glicogênio de vit. A,D,E, K e B12
5. Metabolismo de glicídios, lipídios e proteínas

6. Desintoxicação: troca de resíduos nitrogenados e amônia, em uréia, que é menos tóxica. As enzimas do fígado desativam drogas e sesintoxicam várias substâncias químicas provenientes do meio ambiente, tais como inseticidas, corantes, etc.
Glândulas Salivares
São responsáveis pela secreção da saliva. Três tipos de glândulas salivares lançam sua secreção na cavidade bucal; parótida, submandibular e sublingual.
A presença de alimento na boca, assim como sua visão e cheiro, estimulam as glândulas salivares a secretar saliva, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina, além de sais e outras substâncias. A amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos (como o glicogênio), reduzindo-os em moléculas de maltose (dissacarídeo).
Principais Glândulas Salivares:
• Glândula parótida - Com massa variando entre 14 e 28 g, é a maior das três. Está situada na parte lateral da face, abaixo e anteriormente ao pavilhão do ouvido externo (orelha). O ducto parotídico abre-se no vestíbulo da boca, ao nível do 2º molar superior.
• Glândula submandibular - É arredondada, mais ou menos do tamanho de uma noz. Localiza-se anteriormente à parte mais inferior da parótida , protegida pelo corpo da mandíbula. O ducto submandibular abre no assoalho da boca, abaixo da língua, próximo ao palato mediano.

• Glândula sublingual - É a menor das três; fica abaixo da mucosa do soalho da boca., lateral e inferiormente à língua
Imagem: www.webciencia.com/11_11glandula.htm

Localização das vísceras do sistema digestório


 Hipocondrio Direito - Fígado, Vesícula Biliar
 Epigastro – Estômago
 Hipocondrio Esquerdo - Baço
 Mesogastro - Intestino Delgado
Fossa Ilíaca Direita - Ceco e Apêndice Vermiforme
Fossa Ilíaca Esquerda - Projeção do Cólon Sigmóide


Referência Bibliográfica:
DANGELO, J. G.; FATINNI, C. A. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar, 2ª ed., Rio de Janeiro, Ateneu, 2000;
JACOB, M.D.; FRANCONE, C. A.; LOSSOW, W. J. Anatomia e Fisiologia Humana, 5ª ed., Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1990;
NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan,1998.
MOORE, K. L. Anatomia orientada para a clínica. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007;