segunda-feira, 25 de agosto de 2008

SISTEMA RESPIRATÓRIO

O termo respiração é definido como a união do oxigênio com o sangue nas células, e a liberação subseqüente de energia para o trabalho, o calor, e a eliminação de dióxido de carbono.
As funções do sistema respiratório são: prover o oxigênio necessário ao metabolismo das células e remover um dos materiais desse metabolismo, que é o gás carbônico. Isto implica num processo de respiração externa, absorção de O2 e remoção de CO2 dos pulmões e respiração interna, troca gasosa entre as células e seu meio líquido.
O movimento do ar para dentro a dos pulmões é denominado respiração, ou ventilação e compreende duas fases: a inspiração e a expiração. A inspiração representa a entrada do ar nos pulmões e a expiração à saída.
O sistema respiratório é constituído pelos tratos respiratório inferior e superior. O trato respiratório superior é representado pelo nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traquéia. A parte inferior compreende a parte inferior da traquéia, brônquios, alvéol s e pulmões.
O sistema respiratório também pode ser dividido em porção de condução e porção de respiração
A cavida¬de nasal, a faringe, a laringe, a traquéia e os brônquios são partes da passagem que se abre dos pulmões para o exterior, por isto pertencem à porção de condução. Nos pulmões, as divisões sucessivas da árvore brônquica (os brônquios menores, bronquíolos e duetos alveolar) levam aos alvéolos, unidades funcionais dos pulmões, fazendo esta, parte da porção de respiração. A troca gasosa entre o sangue e o ar ocorre somente nos alvéolos. Aproximadamente, 20 milhões de alvéolos estão presentes ao nascimento. Esse número aumenta para cerca de 300 mi¬lhões durante os primeiros 6 a 10 anos de vida, sem altera¬ção no número de vias aéreas condutoras.


Nariz
O estudo do nariz inclui:
1. Nariz externo
2. Cavidade nasal
3. Seios paranasais

O nariz externo é visível externamente, representa a parte do conduto respiratório superior que faz saliência na face e a cavidade nasal; somente uma pequena parte da cavidade nasal está no nariz externo; a maioria encontra-se sobre o teto da boca.
A cartilagem septal forma a parte anterior do septo nasal, a qual divide a cavidade nasal em duas metades. As cartilagens laterais são expansões como asas da cartilagem septal. As cartilagens alares são em forma de U e es¬tão localizadas no lado do nariz abaixo das cartilagens la¬terais. As cartilagens alar, lateral e septal formam o arca¬bouço cartilaginoso do nariz externo; os ossos nasais e par¬tes dos ossos maxila e frontal formam seu arcabouço ósseo. As aberturas externas das cavidades nasais são chamadas na¬rinas.

O teto ósseo do nariz consiste em uma porção anterior, os ossos frontais, uma porção média, a lâmina crivosa do etmóide e uma porção posterior, partes dos ossos esfenóide e vômer. O soalho do nariz é formado pelos ossos maxilares e palatinos.
A cavidade nasal é composta de 2 cavidades em forma de cunha separadas por um septo formado em grande parte pela lâmina perpendicular do osso etmóide, o osso vômer e a cartilagem septal . As cristas dos ossos nasais for¬mam uma pequena parte da face superior do septo; as cristas dos ossos maxilar e palatino completam a face inferior.
A parede lateral do nariz possui três projeções ósseas, nas conchas nasais, superior, média e inferior, abaixo das quais repousam os meatos (passagem de ar) superior; médio e inferior, respectivamente. Cada concha é coberta por uma grossa membrana mucosa que funciona no aquecimento e no umedecimento do ar.
A porção anterior da cavidade nasal é coberta com uma grossa camada de epitélio pavimentoso estratificado, que contém glândulas sebáceas. As conchas nasais aumentam a superfície dentro do nariz e o epitélio respiratório da concha secreta muco. As membranas mucosas também filtram bac¬térias e partículas de poeira. O ar deve ser aquecido; de outra forma o tecido que reveste o trato respiratório funciona¬ria precariamente. A ausência de umidade, mesmo por al¬guns minutos, destrói os cílios do epitélio respiratório.
O nariz filtra substâncias de 2 maneiras. (1) Vibrissas ( pêlos vistos no nariz), filtram os corpos mais grosseiros, tais como insetos. (2) As correntes de ar passando sobre a mucosa umedecida nos meatos, depositam partículas finas, tais como poeira, pó e fumaça, na parede. Essas partículas finas são subseqüentemente levadas para a faringe e eliminadas.
A membrana mucosa do nariz continua anteriormente com a pele, cobrindo o vestíbulo e, posteriormente, com ã membrana mucosa da nasofaringe. A parte posterior das cavidades nasais e a nasofaringe são cobertas com epitélio cilíndrico pseudo-estratificado ciliado. Os cílios ondulam para a frente e para trás cerca de 12 vezes por segundo e ajudam o muco a limpar o ar. A porção superior do nariz está coberta com tecido neuroepitelial contendo células olfatórias que funcionam na sensação do olfato

Seios Paranasais

Os seios paranasais são espaços que contêm ar e que se comunicam com a cavidade nasal e são revestidos com uma membrana mucosa. Embora pares, comumente são assimétricos. Os seios pares e são denominados de acordo os ossos que estão localizados. Incluem os seios maxilar, frontal, et¬moidal e esfenoidal. A principal função do seio paranasais é manter os ossos do crânio mais leves. Secundariamente, eles funcionam para fornecer muco para a cavidade nasal e agir como câmaras de ressonância para a produção do som.
Os seios maxilares são os mais volumosos seios paranasais. Cada um está localizado na maxila e se abre no meato médio. O seio frontal, localizado no osso frontal, superior e medianamente à órbita, esvazia-se no meato médio. As células etmoidais são numerosos e irregulares espaços de ar que se abrem nos meatos superior e médio.
O seio esfenoidal está no osso esfenóide. Está localizado na parte posterior do olho, por trás da porção superior da cavidade nasal. Uma infecção do seio esfenoidal pode lesa a visão devido à sua proximidade com o nervo óptico. A drenagem do seio esfenoidal ocorre acima do meato superior

FARINGE
É um tubo muscular associado a dois sistemas: respiratório e digestivo, situando-se posteriormente à cavidade nasal, bucal e à laringe, reconhecendo-se ne¬la, por esta razão, três partes: parte nasal, superior, que se comunica com a cavidade nasal através das coanas; parte bucal, média, comunicando-se com a ca¬vidade bucal propriamente dita por uma abertura de¬nominada istmo da garganta (ou das fauces); parte laríngica, inferior, situada posteriormente à laringe e.continuada diretamente pelo esôfago. Trata-se de um canal que é comum para a passagem do alimento ingerido e do ar inspirado e, no seu trajeto, as vias seguidas pelo bolo alimentar e pela corrente aérea, se cruzam.
Na parede lateral da parte nasal da faringe apre¬senta-se o óstio faríngico da tuba auditiva, abertura em fenda que marca a desembocadura da tuba audi¬tiva nesta porção da faringe. A tuba auditiva comu¬nica a parte nasal. da faringe com a cavidade timpânica do ouvido médio, situada no osso temporal, igualan¬do deste modo, as pressões do ar externo e daquele contido na cavidade timpânica. Por outro lado, esta comunicação explica como infecções da faringe podem propagar-se ao ouvido médio. O óstio faríngico da tuba auditiva está limitado, superiormente, por uma elevação em forma de meia lua, muito nítida, denominada tórus tubal, produzida pela cartilagem da tuba revestida de mucosa.

LARINGE
A laringe é o complexo órgão de produção da voz (a "caixa de voz"), formada por nove cartilagens unidas por membranas e ligamentos e contendo as pregas vocais. E um órgão tubular, situado no plano mediano e anterior do pescoço que, além de via aerífera é órgão da fonação, ou seja, da produção do som. Coloca-se anteriormente à faringe e é continuada diretamente pe¬la traquéia.
Embora seja conhecida mais freqüentemente por seu papel como o mecanismo fonador para produção de voz, sua função mais importante é proteger as vias aéreas, principalmente durante a deglutição, quando serve como "esfíncter" ou "válvula” do trato respiratório inferior, assim mantendo uma via aérea permeável.
O esqueleto da laringe consiste de ¬nove cartilagens: três são ímpares (tireóidea, cricóidea e epiglótica) e três são pares (aritenóidea, corniculada e cuneiforme)

A maior das cartilagens é a tireóidea, constituída de duas lâminas que se unem anteriormente em V formando a incisura tireóidea; sua margem superior situa-se oposta à vértebra C4.Os dois terços inferiores de suas duas lâminas semelhantes a placas fundem-se anteriormente no plano mediano para formar a proeminência laríngea.. Esta projeção é bem marcada em homens, mas pouco visível em mulheres.
A cartilagem cricóidea é ímpar e tem forma de um anel de sinete, situando-se inferiormente à cartilagem tireóidea. A abertura anular da carti¬lagem permite a passagem de um dedo médio. A parte posterior (sinete) da cricóidea é a lâmina, e a parte (faixa) anterior é o arco. Embora seja muito menor do que a cartilagem tire¬óidea, a cartilagem cricóidea é mais espessa e mais forte, e é o único anel de cartilagem completo a circundar qualquer parte da via aérea.
A cartilagem aritenóide, uma de cada lado, é seme¬lhante a uma pequena pirâmide triangular de ápice superior e cuja base articula-se com a cartilagem cricóidea. Cada cartilagem possui um ápice superiormente, um processo vocal anteriormente e um grande processo muscular que se projeta late¬ralmente a partir de sua base.
A cartilagem epiglótica, ímpar e mediana, é fina e lembra uma folha peciolada, situan¬do-se posteriormente à raiz da língua e cartilagem tireóide. Sua cartilagem é elástica e se estende da laringe em direção a língua.A epiglote age como uma válvula , que impede a entrada de partículas na via aérea inferior.
As outras cartilagens são de menor importância e fa¬zem parte do esqueleto da laringe e, inclusive, podem ser encontradas pequenas cartilagens supranumerárias. Ligamentos unem as diversas cartilagens da laringe.

Cavidade da laringe
A cavidade da laringe estende-se do ádito da laringe, através do qual se comunica com a parte laríngea da faringe, até o nível da margem inferior da cartilagem cricóidea. Aqui a cavidade da laringe é contínua com a cavidade da traquéia. A cavidade da laringe inclui:
Vestíbulo da laringe: entre o ádito da laringe e as pregas vestibulares.
Parte média da cavidade da laringe: cavidade central entre as pregas e vocais
Ventrículo da laringe: invaginação entre as pregas vestibulares
Cavidade infraglótica: cavidade inferior da laringe entre as pregas vocais e a margem inferior da cartilagem cricóidea, onde é contínua com a luz da traquéia.

Contando em miúdos: Quando se examina a superfície interna de uma la¬ringe cortada sagitalmente, o que chama a atenção de imediato é a presença de uma fen¬da ântero-posterior que leva a uma pequena invaginação, o ventrículo da laringe. Esta fenda está delimi¬tada por duas pregas: uma superior, a prega vestibu¬lar (também chamada de pregas vocais falsas porque não produzem som), e outra inferior, a prega vocal (verdadeira). A porção da cavida¬de da laringe situada acima da prega vestibular é o vestíbulo, que se estende até o orifício de entrada da laringe, o ádito da laringe. A porção compreendida entre as pregas vestibular e vocal de cada lado é a glote, enquanto que aquela situada abaixo das pregas vocais é a cavidade infraglótica que se continua com a cavidade da traquéia.
As pregas vocais são constituídas pelo ligamento e músculo vocais, revestidos por mucosa, e o espaço existente entre elas é denominado rima glótica. Em condições normais as pregas vestibulares não tomam parte na fonação tendo função protetora. Para que se produza o som laríngeo, ao nível das pregas vocais, a laringe possui numerosos músculos, denominados, genericamente, músculos in¬trínsecos da laringe que podem aduzir ou abduzir as pregas vocais, isto é, que podem aproximá-las ou afastá-las, respectivamente. A musculatura íntrínseca da laringe, da qual é parte o próprio músculo vocal contido na prega vocal, pode também provocar tensão ou relaxamento das pregas vocais, o que interfere sobre¬maneira na tonalidade do som produzido. É mais fácil compreender as ações dos músculos intrínsecos da laringe quando estes são considerados como grupos funcionais: adutores e abdutores, esfíncteres, tensores e relaxadores. Adutores e abdutores: Esses músculos movimentam as pregas vocais para abrir e fechar a rima da glote. Esfincteres: fecha o adito da laringe como mecanismo de proteção durante a deglutição. Tensores: inclinam ou tracionam a proeminência laríngea ou ângulo da cartilagem tireóidea anterior e inferiormente ao arco da cartilagem cricóidea. Relaxadores: Tracionam as cartilagens aritenóideas anteriormente, em direção ao ângulo da tireóide, assim relaxando os músculos vocais para reduzir a altura da voz.
Os músculos extrínsecos da laringe movimentam a laringe como um todo.

TRAQUÉIA E BRÔNQUIOS

A laringe segue-se a traquéia, estrutura cilindróide constituída por uma série de anéis cartilagíneos incompletos, em forma de C, sobrepostos e ligados entre si pelos ligamentos anulares. A parede posterior, desprovida da cartilagem, constitui a parede membra¬nácea da traquéia, que apresenta musculatura lisa, o m. traqueal. Tal como ocorrem com outros órgãos do sis¬tema respiratório, as cartilagens da traquéia proporcionam-lhe rigidez suficiente para impedi-la de entrar em colapso e, ao mesmo tempo, unidas por tecido elás¬tico, fica assegurada a mobilidade e flexibilidade da estrutura que se desloca durante a respiração e com os movimentos da laringe. Embora seja um tubo mediano, a traquéia sofre um ligeiro desvio para a direita, próximo à sua extremidade inferior, antes de dividir-se nos dois brônquios principais, direito e esquerdo, que se dirigem para os pulmões. Estes apresentam estrutura muito semelhante à da traquéia e são também de¬nominados brônquios de primeira ordem. Cada brônquio principal dá origem aos bronquios lobares, ou de segunda ordem, que ventilam os lobos pulmonares. Es¬tes, por sua vez, dividem-se em brônquios segmentares ou de terceira ordem, que vão ter aos segmentos broncopulmonares. Os brônquios segmentares sofrem ainda sucessivas divisões que são chamadas de bronquíolos, que entram em unidades básicas dos pulmões, chamados de lóbulos. Cada bronquíolo se divide ao entrar no lóbulo, em vários bronquíolos terminais, cada um dos quais se subdivide, em dois ou mais ductos respiratórios antes de terminarem nos alvéolos pulmonares. Vê-se, assim, que cada brônquio principal dá origem no pulmão a uma série de ramificações conhecidas, em conjunto, como árvore brônquica. O brônquio direito se difere do esquerdo porque é mais curto e mais largo e tem um trajeto vertical.
Os Brônquios dividem-se repetidamente em tubos cada vez menores denominados bronquíolos. Eles atuam na regulação do fluxo de ar para os alvéolos.
Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias. Um capilar pulmonar evolve dada alvéolo. A função dos alvéolos é trocar oxigênio e dióxido de carbono através da membrana do capilar alvéolo-pulmonar.


PULMÕES



Se a raiz for seccionada antes da (medial à) ramificação do brônquio principal (primário) e da artéria pulmonar, sua configuração geral é:
 Artéria pulmonar, superior à esquerda (o brônquio lobar supe¬rior ou "eparrerial" pode estar localizado superior a ela no lado direito).
 Veias pulmonares superior e inferior, mais anterior e mais infe¬rior, respectivamente.
 Brônquio, aproximadamente no meio do limite posterior, com os vasos brônquicos imediatamente adjacentes (geralmente na face posterior nesse ponto).
Medial ao hilo, a raiz está encerrada na área de continuidade entre as lâminas parietal e visceral de pleura - a bainha pleural, ou mesopneumônio (mesentério do pulmão). O hilo do pulmão é uma área cuneiforme da superfície medial de cada pulmão, o ponto no qual as estruturas que formam a raiz entram e saem do pulmão. O hilo (entrada) pode ser comparado à área da terra na qual as raízes de uma planta penetram no solo.

As fissuras horizontal e oblíqua dividem os pulmões em lobos. O pulmão direito possui três lobos, o pulmão esquerdo tem dois. O pulmão direito é maior e mais pesado do que o esquerdo, porém é mais curto e mais largo, porque a cúpula direita do diafragma é mais alta e o coração e o pericárdio são mais salientes à esquerda. A borda anterior do pulmão direito é relativamente reta, enquanto essa borda do pulmão esquerdo possui ma incisura cardíaca profunda, um entalhe causado pelo desvio o ápice do coração para o lado esquerdo. Essa incisura marca principalmente a face ântero-inferior do lobo superior do pulmão esquerdo. Este entalhe freqüentemente cria um processo fino, lingüiforme, do lobo superior, a língula, que se estende abaixo da incisura cardíaca e desliza para dentro e para fora do recesso costomediastinal durante a inspiração a expiração. Cada pulmão possui:
 Um ápice, a extremidade superior arredondada do pulmão que fica acima do nível da 1ª costela até a raiz do pescoço, recoberta pela cúpula da pleura.
 Três faces (costal, mediastinal e diafragmática).
 Três margens (anterior, inferior e posterior).

Os pulmões de um cadáver embalsamado, geralmente firmes ao que, têm impressões que são formadas pelas estruturas adjacentes eles, como as costelas. Essas impressões fornecem indicações sobre as relações dos pulmões; entretanto, não são visíveis durante a cirurgia ou em amostras frescas de cadáver ou post mortem.
A face costal do pulmão é grande, lisa e convexa. Está relacionada à pleura costal, que a separa das costelas, cartilagens costais dos músculos intercostais íntimos. A parte posterior da face costal está relacionada aos corpos das vértebras torácicas e algumas vezes é denominada parte vertebral da face costal.

A face mediastinal do pulmão é côncava, porque está relacionada ao mediastino médio, que contém o pericárdio e o coração. A face mediastinal inclui o hilo e assim recebe a raiz do pulmão, ao redor da qual a pleura forma a bainha pleural. O liga¬mento pulmonar pende inferiormente da bainha pleural ao redor da raiz do pulmão. Se embalsamado, há um sulco para o esôfago e uma impressão cardíaca na face mediastinal do pulmão direito. Como dois terços do coração estão à esquerda da linha média, a impressão cardíaca na face mediastinal do pulmão esquerdo é muito maior. Esta face do pulmão esquerdo também possui um sulco contínuo e proeminente para o arco da aorta e a aorta descen¬dente (torácica) e também um sulco menor para o esôfago.
A face diafragmática do pulmão, que também é côncava, forma a base do pulmão, que se apóia sobre a cúpula do diafragma. A concavidade é mais profunda no pulmão direito devido à posição mais alta da cúpula direita do diafragma, que fica sobre o fígado, que é grande. Lateral e posteriormente, a face diafragmática é limi¬tada por uma margem fina e aguda (margem inferior) que se projeta para o recesso costodiafragmático da pleura.
A margem anterior do pulmão é o local onde as faces costal e mediastinal se encontram anteriormente e se superpõem ao coração; a incisura cardíaca entalha esta margem do pulmão esquerdo. A margem inferior do pulmão circunscreve a face diafrag¬mática do pulmão e a separa das faces costal e mediastinal. A margem posterior do pulmão é o local onde as faces costal e medias¬tinal se encontram posteriormente; é larga e arredondada e situa¬-se na cavidade ao lado da região torácica da coluna vertebral.

As cavidades pulmonares são revestidas por membranas pleurais (pleuras) que também se refletem e cobrem a superfície externa dos pulmões contidos nas cavidades Corresponde a um saco seroso com¬pletamente fechado. A pleura, apresenta dois folhetos: a pleura pulmonar (visceral) que reveste a superfície do pulmão e mantém continuidade com a pleura parietal que recobre a face interna da parede do tórax. Entre as pleuras pulmonar e parietal há um espaço virtual a cavidade da pleura, contendo uma película de liquido de espessura capilar que permite o livre deslizamento de um folheto contra o outro nas constantes variações de volume do pulmão, ocorridas nos movimentos respiratórios. Dentro da cavidade pleu¬ral a pressão é subatmosférica. um fator importante na mecânica respiratória.
A pleura parietal reveste as cavidades pulmonares, assim aderindo à parede torácica, ao mediastino e ao diafragma. É mais volumosa do que a pleura visceral, e, em cirurgias e dissecções de cadáver, pode ser separada das superfícies que cobre. A pleura parietal consiste em quatro partes:
A parte costal cobre as superfícies internas da parede torácica.
A parte mediastinal cobre as faces laterais do medias tino - as massas de tecidos e órgãos que separam as cavidades pulmo¬nares e seus sacos pleurais.
A parte diafragmática cobre a superfície superior ou torácica do diafragma de cada lado do mediastino.

A cúpula da pleura estende-se através da abertura superior do tórax e entra na raiz do pescoço, formando uma cúpula pleural caliciforme sobre o ápice do pulmão (a parte que se estende acima da 1 a costela).


Controle da respiração
A respiração é controlada pelos mecanismos nervoso e químico.
Mecanismo nervoso:
O sistema do controle respiratório é formado por três grupos distintos de neurônios , situados bilateralmente no bulbo raquidiano e na protuberância do tronco cerebral (ponte):
• Área inspiratória e expiratória: localizadas na substância reticular do bulbo raquidiano. O centro de controle da respiração no bulbo é chamado de Centro de Controle Respiratório medular, que permite estabelecer ritmo respiratório básico;
• Área pneumotoráxica: localizada na substância reticular do terço superior da protuberância. Chamada também de centro pneumotoraxico e centro apnêustico. São área que modificam e ajudam a controlar a respiração.
A respiração normal é rítmica e involuntária. A freqüência respiratória normal varia de 12 a 20 resp/min no adulto e de 20 a 40 na criança.
O corpo regula a respiração a cada momento, em resposta a mudanças na atividade celular.
A inspiração ocorre quando os neurônios respiratórios da medula são estimulados , originando os impulsos nervosos. Estes por sua vez irão estimular os músculos da respiração , trafegando do bulbo, através dos nervos frênico e intercostais.
A expiração acontece quando o impulso dos neurônios expiratórios chegam aos neurônios inspiratórios, inibindo a formação do impulso nervoso provocando relaxamento dos músculos inspiratórios.
Muitas medicações (narcóticos) podem deprimir o centro respiratório medular.
Outras áreas do encéfalo também podem afetar o padrão da Respiração:
• Hipotálamo: respostas emocionais e ansiedade
• Córtex cerebral: atividade cortical que permite controlar voluntariamente a profundidade e a freqüência respiratória.
• Nervo vago
• Fatores que afetam a respiração: tosse, espirro, falar, soluçar, etc.

Mecanismo químico
As substâncias químicas que participam do controle da respiração incluem o dióxido de carbono, o íons de hidrogênio e o oxigênio, que são detectadas por áreas quimossensitivas, chamadas quimiorrecepores. Quando ativados estimulam áreas do tronco cerebral. Existem dois tipos de quimiorreceptores: centrais (localizados no SNC) e periféricos (fora do SNC).
Os centros detectam mudanças na concentração de íons hidrogênio e de dióxido de carbono no sangue.
Os periféricos estão localizados nas paredes das artérias carótida e aorta, na região do pescoço e caixa torácica.
Muitos fatores diferentes contribuem para o controle da respiração, mas, indiscutivelmente, os mais importantes são os seguintes:
1- A pressão do gás carbônico (PCO2) no sangue;
2- A concentração dos íons hidrogênio (pH) no sangue;
3- A pressão do oxigênio (PO2) no sangue;
Sinais neurais das áreas cerebrais, controladoras dos músculos

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

sistema digestório

SISTEMA DIGESTÓRIO (digestivo)

Consiste em um longo tubo muscular, ao qual estão anexados órgãos e glândulas que participam da digestão. Começa nos lábios e termina no ânus, incluindo: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, e ânus. Os órgãos anexos são: fígado, glândulas salivares e pâncreas.
O sistema digestivo é responsável pela pressão mastigação, deglutição digestão e absorção do alimento e eliminação de produtos sólidos do catabolismo, ou seja, expulsão dos resíduos em forma de fezes.

BOCA E CAVIDADE BUCAL

Vestíbulo da boca:
É um espaço semelhante a uma fenda entre os dentes e a gengiva da boca e os lábios e as bochechas. O vestíbulo se comunica com o exterior através da boca. O tamanho da rima da boca é controlada pelos músculos periorais como o bucinador, o risório e os depressores e elevadores dos lábios.
Divide-se em
 Parede externa: bochechas, lábios, fenda bucal.
 Parede interna: arcadas alvéolo-dentárias, gengivas.
 Bordo superior: sulco gengival superior com freio do lábio superior
 Bordo inferior: sulco gengival inferior com freio do lábio inferior


Cavidade oral propriamente dita:
É o espaço entre os arcos ou arcadas dentais maxilar e mandibular, formam os limites laterais e anterior. Quando a boca está fechada e em repouso, a cavidade oral é completamente ocupada pela língua.
Divide-se em :
 Parede superior - palato
 Palato duro ou abóbada palatina.
 Palato mole ou véu palatino ou do paladar.

 Parede inferior (pavimento da boca)
 Parede externa - arcadas alveolodentárias.
 Orifício posterior - istmo orofaríngeo

Lábios
Os lábios são pregas musculofibrosas móveis que circundam a boca, estendendo-se dos sulcos nasolabiais e das narinas lateral, e superiormente até o sulco mentolabial inferiormente . Eles contêm os músculos orbicular da boca e labiais superior e inferior, vasos e nervos. Os lábios são cobertos externamente por pele e internamente por mucosa. Os lábios funcionam como as válvulas da rima da boca, contendo o esfíncter (orbicular da boca) que controla a entrada e a saída da boca e dos tratos alimentar superior e respiratório. Os lábios são usados para apreender o alimento, sugar líquidos, manter o alimento fora do vestíbulo da boca, formar a fala e a osculação (beijo). A zona de transição dos lábios (freqüentemente considerada como sendo o lábio), variando de marrom a vermelha, prossegue até a cavidade oral onde é contínua com a mucosa. Essa membrana cobre a parte intra-oral, vestibular, dos lábios . Os frênulos dos lábios são pregas de margem livre da mucosa na linha mediana, que se estendem da gengiva vestibular até a mucosa dos lábios superior e inferior; aquele que se estende até o lábio inferior é menor.



Bochechas
As bochechas possuem praticamente a mesma estru¬tura que os lábios, com os quais são contínuas. As bochechas formam as paredes móveis da cavidade oral.
Anatomicamente, a face externa das bochechas constitui a região bucal limitada ante¬riormente pelas regiões oral e mentual (lábios e queixo), superior¬mente pela região zigomática, posteriormente pela região parotídea e inferiormente pela margem inferior da mandíbula.. A proeminência da bochecha ocorre na junção das regiões zigomá¬tica e bucal. O osso zigomático subjacente à proeminência e o arco zigomático que continua posteriormente são denominados freqüentemente como "osso da bochecha". Os leigos também consideram as regiões zigomática e parotídea como parte da bochecha. Os principais músculos das bochechas são os bucina¬dores. Várias pequenas glândulas bucais situam-se entre a mucosa e os bucinadores. Superficialmente aos bucinadores há coleções encapsuladas de gordura; estes corpos adiposos da bochecha são proporcionalmente muito maiores em lactentes, provavel¬mente para reforçar as bochechas e evitar seu colapso durante a sucção. As bochechas são supridas por ramos bucais da artéria maxilar e inervadas por ramos bucais do nervo mandibular.

Gengivas
As gengivas são formadas por tecido fibroso coberto por mucosa. A gengiva propriamente dita (gengiva fixa) está firmemente presa aos processos alveolares da maxila e mandíbula e aos colos dos dentes. A gengiva propriamente dita normal¬mente é rósea, pontilhada e queratinizada. A mucosa alveolar (gengiva livre) é normalmente vermelho-brilhante e não-querati¬nizada.

Dentes
São estruturas rijas, esbranquiçadas, implantadas em cavidades chamadas alvéolos dentários, situados na maxila (maxilar) e mandíbula.
Tem como função :
 Participar no processo de mastigação, com ação específica de cortar, rasgar e triturar os alimentos, reduzindo-os a pequenas partículas para que seja facilitada a digestão.
 Ajudar a sustentar os alvéolos dentais, auxiliando o desenvolvimento e a proteção dos tecidos adjacentes;
 Participar da articulação fala


O ser humano possui duas dentições que surgem no período da vida, começando o desenvolvimento ainda no período uterino.
1. Temporária ou decidual
Começam a se desenvolver aproximadamente na 7ª semana fetal. É constituída de 20 dentes, cinco em cada quadrante: 2 incisivos, 1 canino, 2 molares. Aparecem de dois em dois, dos seis aos vinte e quatro meses de idade.

2. Permanente
Começam a se desenvolver no 4º mês fetal. É constituída de 32 dentes, 8 em cada quadrante: 2 incisivos, 1 canino, 2 pré-molares, 3 molares. Começa a aparecer a partir dos 6 a 7 anos de idade podendo o terceiro molar estender-se até os 25 anos de idade, ou até inclusive não acontecer a erupção do mesmo.


O dente é dividido exteriormente em três estruturas:
a. Coroa: parte externa do dente
b. Raiz: Parte que fica alojada no alvéolo dentário
c. Colo: parte que está entre a coroa e a raiz

Internamente o dente é dividido em:
a. Dentina: substância semelhante ao osso em sua composição, porém mais dura e mais compacta. Ocupa maior parte do dente;
b. Cavidade ou câmara pulpar: cavidade que aloja a polpa. Possui na sua parte inferior duas abertura chamadas forame apical;
c. Polpa: tecido conjuntivo frouxo e vascular que supre o dente de nutrientes e inervação sensitiva de dor;
d. Esmalte: reveste a dentina da coroa, dando-lhe mais resistência, composta de fosfato de cálcio.
e. Cemento: cobre a dentina da raiz;
f. Ligamento ou substância periodontal: tecido conjuntivo relativamente mole e frouxo que permite ao dente um leve grau de mobilidade. Age também como absorvente de choques. Contém terminações nervosas sensitivas para a pressão, fornecendo informação ao encéfalo durante o processo da mastigação.

Língua

Órgão muscular com grande mobilidade, revestido por mucosa e que pode assumir vários formatos e posições. Exerce importantes funções na mastigação, deglutição, na gustação articulação das palavras (fala).
A língua é dividida em quatro partes:
a. Ápice: coloca-se junto aos dentes incisivos O ápice (extremidade) da língua é a extremi¬dade anterior do corpo, que se apóia contra os dentes incisivos.
b. Corpo: corpo da língua é formado pelos dois terços anteriores
c. Dorso: face superior da língua
d. Face inferior: situa-se exclusivamente na cavidade oral propriamente dita e está ligada ao assoalho da boca através de uma prega mucosa chamada frênulo da língua. É coberta por uma mucosa fina e transparente através do qual se pode ver as veias subadjacentes.
e. Raiz da língua: corresponde a parte faríngea da língua. Parte que apóia o assoalho da boca Geralmente é definida como o terço posterior da língua.

A mucosa na parte anterior da língua é rugosa devido à presença de muitas pequenas papilas linguais:
 Papilas circunvaladas: Grandes e com topo plano, situam-se diretamente anteriores ao sulco terminal e são organizadas em uma fileira em formato de V. São circundadas por depressões profundas semelhantes a valas, cujas paredes estão repletas de botões gustativos. Os ductos das glândulas serosas da língua abrem-se nas valas. Contém receptores gustativos nos botões gustativos.
 Papilas folhadas: Pequenas pregas laterais da mucosa lingual. São pouco desenvolvidas nos seres humanos.
 Papilas filiformes: Longas e numerosas, contêm terminações nervosas aferentes sensíveis ao toque. Essas projeções cônicas e descamativas são rosa-acinzentado e estão organizadas em fileiras com formato de V, paralelas ao sulco terminal, exceto no ápice, onde tendem a se organizar transversalmente.
 Papilas fungiformes: Pomos em formaro de cogumelo, rosas ou vermelhos, estão dispersos entre as papilas filiformes, mas são mais numerosos no ápice e nas margens da língua.

Músculos da língua: mm. Intrínsecos ( longitudinais, superior e inferior, transverso e vertical) e mm. Extrínsecos (genioglosso, hioglosso, estiloglosso e palatoglosso);

A língua movimenta o alimento empurrando-o em direção a garganta, para que seja engolido. Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários: amargo (A), azedo ou ácido (B), salgado (C) e doce (D). De sua combinação resultam centenas de sabores distintos. A distribuição dos quatro tipos de receptores gustativos, na superfície da língua, não é homogênea


FARINGE
É a parte expandida superior do sistema digestório posterior à cavidade oral sal, e se estende até a laringe.. Porção do trato digestório que serve também como via para o sistema respiratório. Comunica-se com a cavidade bucal propriamente dita através do istmo das fauces e a parte faríngea comunica-se anteriormente com a laringe e posteriormente com o esôfago. Na deglutição o palato mole é elevado, bloqueando a continuidade entre a parte nasal da faringe e o restante deste tubo muscular. Por outro lado a cartilagem epiglótica fecha a passagem para a laringe evitando que o alimento penetre no trato respiratório.


Interior da Faringe.

A faringe é dividida em três partes .
 Parte nasal da faringe: posterior ao nariz e superior ao palato mole. A parte nasal da faringe tem uma função respiratória. Situa-¬se posteriormente ao palato mole e é a extensão posterior das cavi¬dades nasais O nariz abre-se para a parte nasal da faringe através de dois cóanos (aberturas pares entre a cavidade nasal e a parte nasal da faringe)
 Parte oral da faringe: posterior à boca. A parte oral da faringe tem uma função digestiva. É limitada pelo palato mole superiormente, pela base da língua inferiormente e pelos arcos palatoglosso e palatofaríngeo lateralmente. Estende-se do palato mole até a margem superior da epiglote. A deglutição é o processo completo que transfere um bolo de alimento da boca através da faringe e do esôfago para o estômago.
 Parte laríngea da faringe: posterior à laringe.A parte laríngea da faringe (hipofaringe) situa-se posterior à laringe , estendendo-se da margem superior da epiglote e das pregas faringoepiglóticas até a margem inferior da cartilagem cricóidea, onde estreita-se e torna-se contínua com o esôfago.

Camadas da parede do tubo digestivo
a. embrana Mucosa ou mucosa: camada mais interna do tubo digestivo. Possui células glandulares que secretam muco e suco digestivo.No esôfago e no cólon é secretado apenas muco ;

b. Submucosa: Composta de tecido conjuntivo areolar com numerosos vasos linfáticos e sanguíneos, e um plexo nervoso conhecido como plexo submucoso que age para compensar as alterações em tamanho do tubo digestivo durante a passagem do alimento.

c. Camada muscular ou muscular externa: Consiste em fibras musculares lisas em duas disposições distintas camadas interna e externa . Uma vez contraídas diminuem a luz do tubo . Entre as duas camadas fica um plexo nervoso chamado de mioentérico.
d. Camada serosa: o revestimento mais externo é o peritônio visceral. A camada parietal do peritônio forra a parede abdominal.

A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco, que a protege da agressão do suco gástrico, bastante corrosivo. Apesar de estarem protegidas por essa densa camada de muco, as células da mucosa estomacal são continuamente lesadas e mortas pela ação do suco gástrico. Por isso, a mucosa está sempre sendo regenerada. Estima-se que nossa superfície estomacal seja totalmente reconstituída a cada três dias. Eventualmente ocorre desequilíbrio entre o ataque e a proteção, o que resulta em inflamação difusa da mucosa (gastrite) ou mesmo no aparecimento de feridas dolorosas que sangram (úlceras gástricas).


Esôfago

É um tubo muscular longo e reto que se comunica diretamente com o estômago. Divide-se em três partes; cervical, torácica e abdominal. Estende-se da faringe ao estômago por uma distância de 25 cm. Está situado posteriormente à traquéia e anteriormente à coluna vertebral; ele passa através do diafragma em frente à aorta, para então entrar no estômago. A luz do esôfago aumenta durante a passagem do bolo alimentar. A passagem do alimento é facilitada por forças gravitacionais e pelas contrações musculares (movimentos peristálticos) exercidas pela parede do esôfago.

Estômago
O estômago, porção mais dilatada do tubo digestivo, é um órgão muscular que liga o esôfago ao intestino delgado. Localiza-se inferiormente ao diafragma, logo abaixo da borda costal no abdome superior.
É local de armazenamento e câmara de mistura para o alimento antes que ele passe para o duodeno. Nele a comida é parcialmente digerida e misturada é transformada em massa semi líquida. O estômago tem a capacidade de guardar quase um litro e meio de comida, possibilitando que não se tenha que ingerir alimento de pouco em pouco tempo. Quando está vazio, tem a forma de uma letra "J" maiúscula, cujas duas partes se unem por ângulos agudos.
O estômago possui dois orifícios, um proximal, de comunicação com o esôfago e outro distal, chamado de óstio pilórico que se comunica com a porção inicial do intestino delgado. Nestes locais encontram-se feixes musculares que estabelecem um mecanismo de abertura e fechamento do óstio para regularizar o trânsito do bolo alimentar.A nível de duodeno o nome deste dispositivo é piloro. A forma e posição do estômago variam de acordo com a idade, tipo de alimentação, posição do indivíduo e estado fisiológico do órgão.
O estômago divide-se em:
a. Cárdia: corresponde à junção com o esôfago
b. Fundo: porção superior deslocada para esquerda. Nele fica contido o ar deglutido. A presença de ar no fundo do estômago é também responsável pelo som timpânico na percussão desta região.
c. Corpo: porção central
d. Parte pilórica: porção terminal, continuada pelo duodeno.
O estômago vazio possui uma mucosa com dobras, as rugas ou pregas gástricas, que se tornam lisas quando o estômago está cheio. Estas pregas são mais visíveis ao longo da curvatura menor (canal gástrico) que tendem a dirigir os líquidos ingeridos ao longo desta curvatura, ao invés de deixar que ele se espalhe por todo o corpo do estômago. Isto justifica o fato de que a ingestão de material corrosivo afete, em particular, a curvatura menor. O epitélio é cilíndrico simples. As glândulas gástricas densamente reunidas , somam-se cerca de 35 milhões . Estas glândulas são tubulares ramificadas e penetram na lâmina própria, indo à musculatura da mucosa.
A irrigação sanguínea do estômago se dá através da aorta abdominal.
O muco gástrico envolve a mucosa com uma camada protetora, que não é atacada pelo ácido clorídrico. Assim, impede a autodigestão do estômago pelo próprio acido clorídrico, e também protege a mucosa gástrica de outras lesões, seja por ação química ou mecânica, calor ou frio.

Intestino Delgado


O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm de diâmetro. Estende-se da porção distal do esfíncter pilórico até o ceco, a primeira porção do intestino grosso. A porção superior ou duodeno tem a forma de ferradura e compreende o piloro, esfíncter muscular da parte inferior do estômago pela qual este esvazia seu conteúdo no intestino anteriormente pelo peritônio. É o local primário para absorção de nutrientes de materiais ingeridos. A parte pilórica do estômago esvazia-se no duodeno, sendo a admissão duodenal controlada pelo piloro.
Pode ser dividido em três regiões:
 Duodeno (cerca de 25 cm): assim chamado porque possui um comprimento de aproximadamente 12 dedos.É a primeira e mais curta porção do intestino delgado, também a mais larga e mais fixa. O duodeno segue um trajeto em formato de C ao redor da cabeça do pâncreas. Ele é dividido em quatro porções:
 1ª (superior) – inicia-se no piloro e tem direção posterior e para a direita. Segue todos os movimentos da parte pilórica do estômago. Local onde situa-se a ampola.. É sobreposta pelo fígado e pela vesícula biliar;

 2ª (descendente) – Esta parte é toda retroperitonial e, portanto está coberto. Ele recebe secreções do fígado e do pâncreas através dos ductos colédoco e pancreático respectivamente. O ducto pancreático acessório e o ducto colédoco abrem-se na porção descendente do duodeno através de uma projeção mamilar interna chamada papila maior do duodeno.Curva-se ao redor da cabeça do pâncreas.
 3ª (horizontal ou inferior) – corre para a esquerda e cruza , anteriormente
 4ª (ascendente) – ascende sobre o m. psoas maior esquerdo e curva-se anteriormente para continuar –se no jejuno.


 Jejuno (cerca de 5 m) e Íleo (cerca de 1,5 cm): não existe um local nítido de delimitação do jejuno com o ílio por isto pode ser tratado em conjunto. Constituem a porção móvel do intestino delgado, iniciando-se na flexura duodeno-jejunual e terminando no início do intestino grosso, onde se abre o ósteo íleo cecal. Apresentam numerosas alças intestinais e está preso à parede posterior do abdome por uma prega peritonial ampla, o mesentério.
Diferente do que com o íleo, o jejuno está frequentemente vazio, é mais calibroso e mais vascularizado, tem paredes mais espessas.
Nesta região pode ocorrer a permanência do divertículo ileal (remanescente da porção proximal do ducto onfalomesentérico do embrião), em 50% dos casos contém mucosa gástrica ectópica, o que pode ocasionar ulcerações.
A digestão e absorção dos nutrientes ocorrem principalmente no intestino delgado, portanto, ele é um órgão indispensável à vida.
Histologicamente, a parede do intestino delgado é típica do tubo digestivo, distinguindo-se por possuir:
a. Pregas circulares, dobras grandes, permanentes e transversas da espessura total da mucosa;
b. Vilosidades: projeções digitiformes de mucosa para a luz contendo vaso sanguíneo e um vaso linfático.
c. Microvilosidades: numerosos processos cilíndricos na superfície lisa das células epiteliais


A- Mucosa e musculatura do Jejuno Mucosa e musculatura do Íleo

Intestino Grosso

Mede cerca de 1,5 m de comprimento estende-se a partir da porção terminal do íleo ao ânus e divide-se em ceco, cólon (ascendente, transverso, descendente, sigmóide) reto e canal anal. A saída do reto chama-se ânus e é fechada por um músculo que o rodeia, o esfíncter anal.
. O intestino grosso tem como funções principais a formação, transporte e evacuação das fezes. O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos, normalmente só absorve água, em quantidade bastante consideráveis. Como o intestino grosso absorve muita água, o conteúdo intestinal se condensa até formar detritos inúteis, que são evacuados através da atividade muscular intensa. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando o trânsito destas e a eliminação pelo ânus.

Para que isto ocorra três atividades ocupam destaque: mobilidade, absorção de água e de secreções de muco.
Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das secreções.
A primeira parte do intestino grosso é o ceco que é uma bolsa alongada situada na porção inferior direita do abdome. Na sua parte inferior encontra-se um tubo delgado, chamado apêndice vermiforme, o qual possui uma cavidade que se comunica com o ceco.

O cólon ascendente estende-se para cima a partir de ceco junto à parede abdominal posterior direita até a superfície inferior do fígado e anteriormente ao rim direito
O cólon transverso cruza a cavidade abdominal da direita para a esquerda, abaixo do estômago.
O cólon ascendente começa perto do baço, caminhando para baixo, do lado esquerdo do abdome, em direção à crista ilíaca, tornando-se o cólon sigmóide ou cólon pélvico assim chamado devido a sua forma de S, na cavidade pélvica.
O reto fica situado sobre a superfície anterior do sacro e cóccix e termina no estreito canal anal, que se abre para o exterior no ânus. As glândulas intestinais encontram-se ausentes no canal anal. O músculo liso circular do canal anal se espessa para formar o esfíncter anal. Feixes de músculos esqueléticos que circundam o canal formam o esfíncter externo.
Dobras ou colunas anais podem ser vistas no canal anal, cada uma contendo uma artéria e uma veia, sendo que as veias são sujeitas a dilatações conhecidas como hemorróidas.
A irrigação sanguínea do intestino grosso é efetuada pela artéria mesentérica superior e inferior , enquanto a corrente venosa de retorno passa pelo fígado.

ÓRGÃOS E GLÂNDULAS ANEXAS
Pâncreas
O pâncreas é uma glândula mista, grande, de mais ou menos 15 cm de comprimento e de formato triangular. É lobulada e assemelha em estrutura às glândulas salivares. Localizada transversalmente sobre a parede posterior do abdome, na alça formada pelo duodeno, sob o estômago.
A secreção externa dele é dirigida para o duodeno pelo ducto pancreático principal (Wirsung) e de Santorini. O ducto pancreático principal desemboca ao lado do canal colédoco na Papila duodenal maior (Vater).

Possui função exócrina, secretando suco pancreático que são coletadas pelos ductos pancreáticos e lançadas no duodeno; e endócrina secretando insulina e glucagon para o sangue.
O pâncreas é dividido em cabeça (extremidade dilatada à direita, que se encaixa no duodeno) corpo (disposto transversalmente) e cauda (extremidade esquerda, afilada que continua diretamente a corpo e se situa próximo ao baço), situa-se posteriormente ao estômago.
No interior do tecido glandular, que secreta o suco pancreático, encontra-se numerosos grupos de células de outros tipos, como ilhas, que são transpassadas por capilares, denominados “ilhotas de Langerhans”., que secretam insulina e glucagon.
O suco pancreático, produzido pelo pâncreas, contém água, enzimas e grandes quantidades de bicarbonato de sódio. O pH do suco pancreático oscila entre 8,5 e 9. Sua secreção digestiva é responsável pela hidrólise da maioria das moléculas de alimento, como carboidratos, proteínas, gorduras e ácidos nucléicos.

Fígado

Maior órgão do corpo e está localizado na parte superior da cavidade abdominal abaixo da cúpula diafragmática, embora uma pequena porção ocupe também a metade esquerda do abdome.
É a mais volumosa de todas as vísceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto, e na mulher adulta entre 1,2 e 1,4 kg. Tem cor arroxeada, superfície lisa e recoberta por uma cápsula própria.
Sua superfície superior (diafragmática) é lisa e convexa. A superfície inferior (visceral) é côncava e exibe impressões delimitando o ponto em que o fígado está em contato com as vísceras abdominais
O fígado é dividido em quatro lobos: direito, esquerdo, quadrado e caudado. Na fase diafragmática os lobos direito e esquerdo são separados por uma prega do peritônio, o ligamento falciforme.
Entre o lobo direito e o lobo caudado há um sulco que aloja a veia cava inferior.
Entre os lobos caudado e quadrado há uma fenda transversal , o hilo hepático (porta do fígado), por onde penetram os dois grandes vasos sanguíneos – a artéria hepática e a veia porta – e por aí saem os dois ductos biliares principais, o ducto hepático direito e ducto hepático esquerdo, para se unirem no ducto hepático, que corre para o duodeno.. Nesse local ainda encontra-se a vesícula biliar, que se abre por um ducto próprio (ducto cístico), que tem a função de armazenar a bile produzida pelo fígado.
O sistema venoso hepático é constituído pela veia porta que penetra no fígado trazendo sangue venoso. As principais veias do fígado saem pela superfície posterior do fígado onde desembocam imediatamente, na veia cava inferior.
A artéria hepática leva sangue rico em oxigênio e nutrientes para o fígado.

As principais funções do fígado:
1. Produção de bile (500 a 1000ml por dia)
2. Hematopoiese: produção de eritrócitos no embrião;
3. Coagulação: sintetiza protrombina e fibrinogênio
4. Armazena glicogênio de vit. A,D,E, K e B12
5. Metabolismo de glicídios, lipídios e proteínas

6. Desintoxicação: troca de resíduos nitrogenados e amônia, em uréia, que é menos tóxica. As enzimas do fígado desativam drogas e sesintoxicam várias substâncias químicas provenientes do meio ambiente, tais como inseticidas, corantes, etc.
Glândulas Salivares
São responsáveis pela secreção da saliva. Três tipos de glândulas salivares lançam sua secreção na cavidade bucal; parótida, submandibular e sublingual.
A presença de alimento na boca, assim como sua visão e cheiro, estimulam as glândulas salivares a secretar saliva, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina, além de sais e outras substâncias. A amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos (como o glicogênio), reduzindo-os em moléculas de maltose (dissacarídeo).
Principais Glândulas Salivares:
• Glândula parótida - Com massa variando entre 14 e 28 g, é a maior das três. Está situada na parte lateral da face, abaixo e anteriormente ao pavilhão do ouvido externo (orelha). O ducto parotídico abre-se no vestíbulo da boca, ao nível do 2º molar superior.
• Glândula submandibular - É arredondada, mais ou menos do tamanho de uma noz. Localiza-se anteriormente à parte mais inferior da parótida , protegida pelo corpo da mandíbula. O ducto submandibular abre no assoalho da boca, abaixo da língua, próximo ao palato mediano.

• Glândula sublingual - É a menor das três; fica abaixo da mucosa do soalho da boca., lateral e inferiormente à língua
Imagem: www.webciencia.com/11_11glandula.htm

Localização das vísceras do sistema digestório


 Hipocondrio Direito - Fígado, Vesícula Biliar
 Epigastro – Estômago
 Hipocondrio Esquerdo - Baço
 Mesogastro - Intestino Delgado
Fossa Ilíaca Direita - Ceco e Apêndice Vermiforme
Fossa Ilíaca Esquerda - Projeção do Cólon Sigmóide


Referência Bibliográfica:
DANGELO, J. G.; FATINNI, C. A. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar, 2ª ed., Rio de Janeiro, Ateneu, 2000;
JACOB, M.D.; FRANCONE, C. A.; LOSSOW, W. J. Anatomia e Fisiologia Humana, 5ª ed., Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1990;
NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan,1998.
MOORE, K. L. Anatomia orientada para a clínica. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007;

SISTEMA DIGESTÓRIO

Roteiro para aula prática
Dia: 22/08/2008
Roteiro para aula prática
Sistema digestório


1- Estruturas específicas para reconhecimento:
a)Palato
b)Gengiva
c)Dentes:
i. Incisivos
ii. Caninos
iii. Pré-molares
iv. Molares
d)Língua:
i. Dorso da língua
ii. Papilas gustativas
iii. Ápice da língua
iv. Base da língua
e)Vestíbulo da boca
f)Cavidade bucal propriamente dita
g)Úvula
h)Istmo orofaríngeo

2-Identifique a faringe:

3-Observe o esôfago
a.Limites


4-Peritônio
5-Estômago
a. Localização
b. Mucosa
c. Cárdia
d. Fundo
e. Corpo
f. Piloro

6-Intestino delgado
a. Localização
b. Mucosa
c. Duodeno (parte fixa)
d. Jejuno e Íleo (parte móvel)

7-Intestino grosso
a. Localização
b. Haustros
c. Tênias
d. Flexura cólica direita
e. Flexura cólica direita
f. Ceco (cécum)
i. Apêndice vermiforme
g. Cólon:
i.Ascendente
ii.Transverso
iii.Descendente
iv.Sigmóide
h.Reto

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Roteiro Aula Prática - Ossos do crânio e face

Roteiro sa aula prática- Anatomofisiologia
Dia: 12/08/2008
ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA
Sistema Ósseo – Parte 1

1. Identifique os ossos do crânio:
a. Frontal:
I. Arcos superciliares
II. Glabela
III. Forame supraorbital
IV. Espinha frontal

b. Occipital
I. Forame magno
II. Protuberância occipital externa
III. Côndilos do occiptal
IV. Canal hipoglosso:
V. Sutura lambdóide
VI. Lambda

c. Temporal
d. Etmóide
e. Esfenóide

2. Identifique os ossos face:
 Nasal
 Maxila
a. Corpo.
b. Processo zigomático
c. Processo palatino:
d. Processo alveolar:

 Zigomático


 Mandíbula
e. Ramos:
f. Processo condilar
g. Processo coronóide
h. Forame mental
i. Forame mandibular

 Lacrimal
 Palatino
 Vômer
 Conchas nasais inferior
Prof Mary Argolo

Roteiro aula Prática - Sistema respiratório

ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA - Anatomia Funcional e estrutural
SISTEMA RESPIRATÓRIO

IDENTIFICAR:
- Nariz
Nariz externo
Cavidade nasal
Seios paranasais

- Laringe
Cartilagens da laringe
- Traquéia
- Carina
- Brônquios
- Bronquíolos
- Pulmões

Pulmão direito
Lobo superior
Lobo médio
Lobo inferior

Pulmão esquerdo
Lobo superior
Lobo inferior

Hilo do pulmão
Língula
Ápice e base
Faces (costal, mediastinal e diafragmática).
Margens (anterior, inferior e posterior)
parênquima Pulmonar