quinta-feira, 2 de outubro de 2008

SISTEMA REPRODUTOR

O sistema reprodutor é um termo aplicado a um grupo de órgãos necessários ou acessórios aos processos de reprodução com o objetivo de perpetuar a espécie. A reprodução no ser humano é sexuada , realizada por células especiais, os gametas, de cuja união se formará o zigoto, ponto de partida para a formação do novo ser vivo.

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

O sistema reprodutor masculino é formado por:
• Testículos ou gônadas: produtores de gametas
• Vias espermáticas ou condutoras de gametas: Vias percorridas pelos gametas masculinos (espermatozóides) desde o local onde são produzidos até sua eliminação nas vias genitais femininas: Túbulos e ductos testiculares, epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório e uretra.
• Pênis: órgão de cópula
• Glândulas anexas: próstata, vesículas seminais, glândulas bulbo-uretrais
• Órgãos genitais externos: pênis e escroto



ÓRGÃOS INTERNOS

1- TESTÍCULO
São órgãos pares, produtores dos espermatozóides, sendo que a partir da puberdade produzem também hormônios, que são responsáveis pelo aparecimento dos caracteres sexuais secundários.
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Os testículos, ou glândulas genitais masculinas, estão suspensos em uma espécie de bolsa músculo-cutânea, denominada escroto, com dois bolsos, um para cada testículo através do funículo espermático.
Os testículos correspondem aos ovários na mulher. Localiza-se na cavidade abdominal no início da vida fetal. Cerca de dois meses antes do nascimento, os testículos deixam o abdome e descem para o escroto.
Tem a forma quase oval e uma consistência duro-elástica (natureza conjuntiva).. O seu comprimento total é de cerca de 45 milímetros, a largura de 35, a espessura de 25 milímetros. O peso total de um testículo é de 14 a 16 gramas. Apresenta duas faces, duas bordas e duas extremidades.
As faces são lateral e medial, as bordas anterior e posterior e as extremidades superior e inferior.
Na borda posterior encontraremos uma formação cilíndrica, mais dilatada, o epidídimo. A metade superior da borda posterior do testículo representa propriamente o hilo do mesmo recebendo a denominação especial de mediastino do testículo.
Cada testículo é revestido por uma membrana fibrosa, a túnica albugínea, da qual partem septos que dividem incompletamente o testículo em lóbulos cuneiformes (lóbulos do testículo) este tecido é caracterizado como espaço piramidal no qual se encontra o tecido específico do testículo e compreendem aproximadamente 250 lóbulos.
Cada lóbulo contém de um a três estreitos túbulos enovelados conhecidos como túbulos seminíferos. No interior dos testículos se produz os espermatozóides, mediante um processo especial denominado espermatogênese. Os espermatozóides em maturação encontram-se no centro do túbulo; e as prematuras espermatogônias e espermatócitos primários, na periferia do túbulo, mais perto do epitélio germinativo.
Os túbulos seminíferos unem-se para formar uma série de túbulos retos e mais largos, que, por sua vez, formam uma verdadeira rede ao nível do mediatino. Cerca de 20 pequenos ductos enovelados, os ductos eferentes, deixam a extremidade superior da rede do testículo, perfurando a túnica albugínea e abrindo-se no epidídimo.rede conhecida como rede do testículo
No mediastino os túbulos seminíferos retos desembocam em 10 a 15 ductos eferentes, que do testículo para a cabeça do epidídimo.

Os espermatozóides penetram depois no canal deferente, conduto que liga o testículo às vesículas seminais. Os dois canais deferentes são longos de 40 a 50 centímetros. Sobem ao longo do bordo interno do testículo e chegam ao orifício do canal inguinal no qual penetram; alcançam a bacia e terminam nas vesículas seminais.

2- EPIDÍDIMO
É a primeira porção do sistema de ductos do testículo. É um tubo enovelado que se localiza na porção posterior do testículo e se estende da extremidade posterior até quase 4 cm a partir de um aparte terminal superior aumentada (a cabeça) para baixo (corpo) até a cauda.
Na cabeça do epidídimo, os ductos eferentes do testículo continuam por ductos novamente muitos tortuosos que em seguida vão se anastomosando sucessivamente para constituir um único tubo que é o ducto do epidídimo.
Na cauda o ducto do epidídimo, encurva-se para trás e para cima, dando seguimento ao ducto deferente. É justamente nesta região que ficam armazenados os espermatozóides até o momento do ato sexual.
O testículo e o epidídimo são envolvidos por uma camada serosa que é a túnica vaginal.

3- DUCTO DEFERENTE
É um longo e fino tubo par, de paredes espessas, o que permite identifica-lo facilmente pela palpação, por se apresentar como um cordão uniforme, liso e duro.
É a continuação da cauda do epidídimo e conduz os espermatozóides até o ducto ejaculatório. Como o testículo está localizado externamente à parede da pelve e o ducto ejaculatório dentro da cavidade pélvica, torna-se necessário a existência de um túnel através da parede do abdome para permitir a passagem do ducto deferente. Este túnel é chamado de canal inguinal.
Pelo canal inguinal também passam as veias (plexo venoso anterior, veias testiculares), artérias (testicular, a. do ducto deferente, funicular) vasos linfáticos e nervos ( ramo genital do nervo genito-femoral) relacionados com os testículos. O conjunto destas estruturas da-se o nome de funículo espermático. Nesta área ocorrem com freqüência a as hérnias inguinais. O ducto deferente tem cerca de 30 centímetros de comprimento
Estruturalmente, o ducto deferente é constituído de 3 túnicas: adventícia, muscular e mucosa.

4- VESÍCULA SEMINAL
É um órgão par que se situa lateralmente à ampola do ducto deferente, posteriormente à bexiga (especificamente no trígono da bexiga). Tem como função a secreção de um líquido espesso , contendo nutrientes que contribui na constituição do líquido seminal.
O comprimento da vesícula seminal gira em torno de 5 cm.
A extremidade proximal da vesícula seminal é representada por um tubo que se afina gradativamente sendo chamado de ducto excretor que se liga ao ducto deferente para formar o ducto ejaculatório.
A secreção da vesícula seminal está sob o controle de hormônios andrôgenicos e constitui uma grande parte do líquido seminal.

5- DUCTO EJACULATÓRIO
É um tubo par, estreito com cerca de 2,5 cm de comprimento e penetra na face posterior da próstata, atravessando seu parênquima para ir se abrir na porção prostática da uretra (colículo seminal) , ao lado do forame do utrículo prostático. É formado pela junção do ducto deferente com o ducto da vesícula seminal
Estruturalmente tem a mesma constituição do ducto deferente, com três túnicas.
A vesícula seminal, o ducto ejaculatório e ducto deferente são irrigados pela a. do ducto deferente.

6- PRÓSTATA
Órgão fibromuscular , cuja secreção é acrescentada ao líquido seminal, conferindo ao mesmo o odor característico do sêmen.
Poderia grosseiramente ser comparada a um acastanha portuguesa, ou seja, um cone curto de ápice arredondado, e ligeiramente achatado no sentido antero-posterior.a superiormente está aplicada ao colo da bexiga.
Estruturalmente é envolta por uma cápsula constituída por tecido conjuntivo e fibras musculares lisas. Encontramos ainda músculo estriado que parecem derivar do esfíncter da uretra.
Superficialmente à cápsula da próstata, encontramos uma lâmina de tecido conjuntivo que a envolve totalmente, denominada fáscia ou bainha da próstata .
No homem idoso, um aumento progressivo do tamanho da próstata frequentemente obstrui a uretra e interfere na passagem da urina. A próstata também é um local freqüente de aparecimento de câncer no homem.
Em virtude de estar situada anteriormente ao reto, in vivo, é palpável elo toque retal.
Irrigação: v.v do plexo vesículo-protático que drena para a veia ilíaca interna.
Inervação simpática.

7- GLÂNDULAS BUBO-URETRAIS (De Cowper)
Duas estruturas arredondadas, do tamanho aproximadamente de um grão de ervilha, localizada inferiormente à próstata de cada lado da uretra. Sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar a passagem dos espermatozóides. Também tem função na lubrificação do pênis durante o ato sexual.

8- URETRA
Órgão tubular responsável pelo transporte tanto do sêmen quanto da urina. Estende-se dos óstios interno ao externo da uretra, na extremidade distal do pênis.

ÓRGÃOS EXTERNOS

1. ESCROTO
É uma bolsa músculo-cutânea onde estão contidos os testículos, epidídimos e a primeira porção dos ductos deferentes. Localiza-se posteriormente ao pênis, sustentada pelo púbis. O escroto é subdividido em duas lojas pelo septo do escroto.
O escroto é constituído por 7 camadas :
 Cútis – pele fina enrugada
 Túnica dartos- músculo cutâneo formado por fibras musculares lisas;
 Tela subcutânea;
 Fáscia espermática externa;
 Fáscia crematérica
 Fáscia espermática interna
 Túnica vaginal

2. PÊNIS
É o órgão masculino da cópula, é representado por uma formação cilindróide que se prende à região mais anterior do períneo sendo formado por dois tipos de tecidos cilíndricos e cuja extremidade livre é arredondada: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e protege a uretra). Sua ereção e aumento são devidos ao ingurgitamento com sangue. Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos visualizar a abertura da uretra.
O pênis é dividido em raiz e Corpo.
A raiz, parte fixada, é formada por ramos, pelo bulbo e pelos músculos isquiocavernoso e bulbo esponjoso.. a raiz está localizada no espaço superficial do períneo, entre a membrana do períneo superficialmente e a fáscia do períneo inferiormente. Os ramos e bulbo do pênis contêm massa erétil. Cada ramos está fixado à parte inferior da face interna do ramo isquiástico correspondente. A parte posterior aumentada do bulbo do pênis é perfurada pela uretra, constituindo a partir de sua parte membranosa.
O corpo do pênis é a parte livre. A rafe do pênis está situada no contorno posterior do pênis e continua com a rafe do escroto.. Com a manipulação da pele que a envolve - o prepúcio - acompanhado de estímulo erótico, ocorre a inundação dos corpos cavernosos e esponjoso, com sangue, tornando-se rijo, com considerável aumento do tamanho (ereção). Os corpos cavernosos (par), constituem o maior volume do corpo do pênis, formando seu dorso e suas laterais. Formam um leito canelado para abrigar o corpo esponjoso Cada corpo cavernoso possui um revestimento fibroso externo ou cápsula, a túnica albugínea.. A terceira coluna longitudinal é chamada de corpo esponjoso ou corpo cavernoso da uretra, encontra-se situada ventralmente, sendo atravessada pela porção esponjosa ou peniana da uretra. Seu envoltório fibroso e trabéculas são mais finos e mais elásticos; os espaços cavernosos são menores do que os espaços cavernosos do pênis. Em sua parte terminal distal o corpo esponjoso se expande subitamente para formar a glande onde é localizada o óstio urinário ou meato uretral. A glande está separada superficialmente do resto do corpo do pênis pelo colo da glande. A borda proeminete da glande adjacente ao colo denomina-se coroa da glande. A pele do pênis é mais fina e, como a pele do escroto, mais pigmentada do que a pele do resto do corpo. Na parte terminal, a pele dobra-se interna e dorsalmente sobre se mesma , projetando-se sobre a glande, formando o prepúcio, ou pele anterior.O frênulo do prepúcio é uma prega mediana que vai da camada profund do prepúcio até a face uretral da glande.


Suprimento sanguíneo:
 a.a. e v.v. dorsais do pênis
 a.a.e v.v. profundas do pênis
 a.a. do bulbo do pênis
 ramos das a.a. pudendas externas
Inervação:
Sensitiva e simpática: nervo dorsal do pênis, nervo pudendo, nervo ilioinguinal


SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

Os órgãos genitais femininos são incumbidos da produção de óvulos, e depois da fecundação destes pelos espermatozóides, oferecem condições para o desenvolvimento embrionário até o nascimento do novo ser.
Todos os órgãos genitais femininos são localizados na cavidade pélvica.
O sistema reprodutor feminino inclui órgãos genitais externos e internos.

ÒRGÃOS EXTERNOS

I. Monte do púbis
II. Lábios maiores
III. Lábios menores
IV. Clitóris
V. Vestíbulo
o Glândulas vestibulares maiores
o Glândulas vestibulares menores
o Bulbos do vestíbulo


ÒRGÃOS INTERNOS:
I. Vagina
II. Útero
III. Ovários

ÒRGÃOS EXTERNOS: Vulva ou Pudendo

1- MONTE DO PÚBIS
Eminência adiposa arredondada, anterior a sínfise púbica, tubérculos púbicos e ramo superior do púbis. A superfície do monte é contínua com a parede anterior do abdome. Após a puberdade o monte é coberto por pelos pubianos crespos.

2- LÁBIOS MAIORES
São duas pregas arredondadas de tecido adiposo recoberto por pele; estende-se do monte púbico para baixo e para trás, envolvendo o vestíbulo. Situam-se nas laterais de uma depressão central, a rima do pudendo. Proporcionam proteção indireta para o óstio uretral e da vaginal. As superfícies externas dessas dobras são recobertas com pêlos, enquanto que as superfícies internas, que possuem folículos sebáceos, são lisas e umedecidas. Os lábios maiores são anteriormente unidos por uma dobra de pele chamada comissura anterior. Posteriormente, em mulheres nulíparas fundem-se para formar uma crista , a comissura posterior, que está situada sobre o corpo do períneo e é o limite posterior da vulva. Essa comissura geralmente pesaparece após o primeiro parto.


3- LÁBIOS MENORES
São duas pregas da pele sem pelo e sem gordura localizada medialmente aos lábios maiores e circundam diretamente o vestíbulo, prara qual se abrem os óstios externos da uretra e vagina.. Anteriormente os lábios menores dividem-se em duas camadas. As pregas superiores unem-se logo à frente do clitóris para formar o prepúcio do clitóris enquanto que as pregas inferiores são conectadas inferiormente à glande do clitóris para formar o frênulo. Posteriormente, os lábios menores tornam-se menos distintos, porém as extremidades parecem unir-se por uma prega transversal da pele chamada frênulo dos lábios menores. A superfície interna possui a cor rosa, típica da mucosa e contém muitas glândulas sebáceas e terminações sensitivas.




4- CLITÓRIS
É uma projeção com a forma de ervilha, de tecido erétil, com nervos e vasos sanguíneos, que ocupa a porção apical do vestíbulo anterior à vagina, ponto de encontro dos lábios menores. Consiste em raiz e corpo, formados por dois ramos, dois corpos cavernosos e a glande do clitóris, que é recoberta por um prepúcio.Juntos a glande e o corpo tem aproximadamente 1 cm de diâmetro. Funciona apenas como órgão de excitação sexual. O clitóris é altamente sensível e aumenta à estimulação tátil. A glande é densamente suprida de terminações sensitivas.


5- VESTÍBULO
Fenda entre os lábios menores. Nele encontram-se: o hímem, óstio vaginal, o óstio externo da uretra e as aberturas das glândulas vestibulares maiores. Entre o óstio da vagina e o frênulo do lábio menor existe uma depressão rasa chamada fossa vestibular. Múltiplas pequenas glândulas uretrais circundam o orifício e são homólogas à próstata no homem. Estas glândulas abrem-se através de um par de ductos para o interior do vestíbulo, lateralmente ao óstio da uretra.
De cada lado do óstio da vagina estão duas glândulas vestibulares maiores ( G. de Bartholin) com aproximadamente 0,5cm de diâmetro Estas abrem-se no vestíbulo através de um ducto lateralmente entre o hímem e o lábio menor. Secretam muco durante para o vestíbulo durante a excitação sexual. As glândulas vestibulares menores são pequenas glândulas de cada lado do vestíbulo que se abrem nele entre os óstios da uretra e da vagina. Secretam muco para o vestíbulo, o que umedece os lábios e o vestíbulo.
O tamanho e aparência do óstio da vagina vaciam coma condição do hímem, uma prega anular fina de mucosa, que circunda a luz, imediatamente dentro do óstio vaginal. Após a sua ruptura, apenas remanescente do hímem, as carúnculas himeais, são visíveis. O hímem não tem função fisiológica estabelecida.


Bulbos do Vestíbulo
São massa pares de tecido erétil alongado, com aproximadamente 3 cm de comprimento. Situam-se ao longo das laterais do óstio vaginal, superior e profundamente aos lábios menores, imediatamente abaixo da membrana do períneo.
São coberto inferiormente e lateralmente pelos músculos bulboesponjosos que se estendem ao longo do seu comprimento. Os bulbos são homólogos ao bulbo do corpo esponjoso do pênis.


ÒRGÃOS INTERNOS
1. VAGINA
É um tubo musculomembranáceo com aproximadamente 7-9 cm de comprimento, estende-se do colo do útero até o vestíbulo., posteriormente à uretra e à bexiga, anterior ao reto. A extremidade superior da vagina circunda o colo do útero.
É o órgão copulador da mulher.
Apresenta duas paredes, uma anterior e outra posterior, as quais permanecem colabadas na maior parede de sua extensão, representando uma cavidade virtual. A parede da vagina consiste em um revestimento membranoso interno e uma camada muscular capaz de contração e enorme dilatação, separada por uma camada de tecido erétil. A membrana mucosa, consistindo de epitélio pavimentoso estratificado, forma espessas pregas transversas que se mantêm umedecidas por secreções cervicais.
O fórnice da vagina (fundo de saco) é representado por um recesso que circunda a parte mais alta da porção vaginal da cérvix.
Quatro músculos comprimem a vagina e atuam como esfíncteres: Pubovaginal, esfíncter externo da uretra, esfíncter uretrovaginal e bulboesponjoso.
A vagina tem como função:
a. Serve como canal para o líquido menstrual;
b. Forma a parte inferior do canal pélvico (do Parto)
c. Recebe o pênis e o ejaculado durante a relação sexual;
d. Comunica-se superiormente com o canal cervical ( um canal fusiforme que se estende do istmo do útero até o óstio externo do útero) e inferiormente com o vestíbulo.
Suprimento Arterial e Venoso
o Derivadas das a.a. uterinas, vaginal e pudenda interna.
o Plexo venoso útero vaginal

2- ÚTERO
É um órgão muscular oco,ímpar, piriforme (forma de pêra invertida), de parede espessa, suspenso na parte anterior da cavidade pélvica acima da bexiga e em frente ao reto. No seu estado normal mede aproximadamente 7,5 cm de comprimento e 5 cm de largura, 2 cm de espessura e pesa aproximadamente 90 g.. As tubas uterinas penetram na sua extremidade inferior do útero projeta-se na vagina. Essa porção é chamada de cérvix,. O fundo é a porção arredondada superior do órgão, localizada entre as duas tubas uterinas.
O útero pode ser dividido em duas partes:
o Corpo do útero: forma dois terços superiores do órgão, inclui fundo de útero, a parte arredondada situada acima dos óstios uterinos das tubas. O corpo é livremente móvel. Possui duas faces: anterior e posterior. O corpo é separado do colo pelo istmo do útero, um seguimento relativamente estreitado, com cerca de 1 cm de comprimento.
o Colo do útero: é o terço inferior cilíndrico e relativamente estreito do útero, com cerca de 2,5 cm de comprimento em uma mulher adulta não grávida. É dividido em duas porções: porção supravaginal e vaginal. No centro da extremidade inferior da porção vaginal ca cérvix do útero, há um orifício denominado óstio do útero.

A parede do corpo do útero é formada por três camadas ou lâminas:
o Perimétrio: serosa. Peritônio sustentado por uma fina lâmina de tecido conjuntivo;
o Miométrio: camada média de músculo liso é muito distendida (mais externa, porém muito fina) durante a gravidez. Nesta camada estão localizados os principais nervos e vasos sanguíneos. Durante o parto , a contração do miométrio é estimulada hormonalmente a intervalos cada vez menores para dilatar o óstio do colo e expelir o feto e a placenta. Durante a menstruação a contração do miométrio causa cólica.
o Endométrio: camada mais interna, firmemente aderida ao miométrio. Está ativamente envolvido ao ciclo menstrual, modificando a sua estrutura em cada fase do ciclo. Se ocorrer fecundação, o bastocisto é implantado nesta camada; se não houver concepção ocorre a descamação e eliminação da camada através da menstruação.


Ligamentos de Útero
a. Ligamento útero-ovárico: externamente, fixa-se ao útero póstero-inferior `junção uterotubárica.
b. Ligamento redondo: fixa-se antero - inferiormente a essa junção;
c. Ligamento largo do útero: Dupla lâmina de peritônio que se estendem das laterais do útero até as paredes laterais e o assoalho da pelve. Este ligamento ajuda a manter o útero na posição.
d. Ligamento suspensor do ovário
e. Ligamento útero sacral: estende-se da região inferior da face intestinal do útero ao sacro.
f. Ligamento transverso do colo do colo (cardinais) estende-se do colo e das partes laterais do fórnice da vagina até as paredes laterais da pelve;
g. Ligamentos retouterinos (uterossacrais) seguem das laterais do colo até o meio do sacro.

Suprimento de artérias e veias
A.a. e v.v. uterinas

3- OVÁRIOS

São as gônadas femininas com formato e tamanho semelhantes aos de uma amêndoa, nos quais se desenvolvem os óvulos. Produzem estrógeno e progesterona, hormônios sexuais femininos que serão vistos mais adiante.
Está situado por trás do ligamento largo do útero e logo abaixo da tuba uterina.
A borda anterior prende-se a uma expansão do ligamento largo do útero que recebe o nome de mesovário, e por isso é chamada de borda mesovárica, enquanto a borda posterior é livre.
A borda mesovárica possui o hilo do ovário. A extremidade inferior é chamada extremidade tubal e a superior extremidade uterina.
O ovário está preso ao útero e à parede da cavidade pélvica por meio dos ligamentos suspensor do ovário e próprio do ovário.
O ovário possui uma superfície lisa até a puberdade quando começa a produzir óvulos que ao serem expulsos deixam cicatrizes, conferindo posteriormente um aspecto rugoso.
Estruturalmente, é dividido em córtex e medula.
No córtex encontramos pequenas formações vesiculosas denominadas folículos ováricos, que vão dar origem aos óvulos.

Irrigação:
o aa. e vv ováricas

4- TUBAS UTERINAS
Tubo par irregular quanto ao calibre, apresentando aproximadamente 10 cm de comprimento, que se implanta de cada lado, no respectivo ângulo látero-superior do útero, e se projeta lateralmente, representando os ramos horizontais do T.
Divide-se em 4 regiões:
o Parte uterina: corresponde à parte que atravessa a parede do útero e se abre através do óstio uterino;
o Istmo: entra no corno uterino;

o Ampola; parte mais larga e mais longa da tuba (a fertilização do ovócito geralmente ocorre na ampola)
o Infundíbulo: extremidade distal afunilada da tuba que se abre na cavidade peritonial através do óstio abdominal. É circundado por projeções digitiformes ou fímbrias.

ÓRGÃO ANEXO AO SISTEMA REPRODUTOR

MAMAS

Homens e mulheres posuem mamas, porém são bem desenvolvidas na mulher. As glândulas mamárias nas mamas são acessórios para a reprodução em mulheres, mas nos homens são rudimentares e não tem função.
As mamas são as estruturas superficiais mais proeminentes na parede anterior do tórax, principalmente em mulheres, localiza anteriormente aos músculos peitorais e estende-se como estrutura convexa da borda lateral do esterno à borda anterior da axila. A quantidade de gordura que determina o tamanho das mamas nas não lactantes. Na parte mais proeminente da mama está a papila mamária, circundada por área cutânea pigmentada circular, a aréola.
As mamas nas mulheres grávidas secretam leite disponível para a nutrição do recém nascido.


GLÂNDULA MAMÁRIA
As glândulas mamárias são verdadeiras glândulas sudoríparas modificadas que se especializaram para secretar leite . A diferenciação estrutural e funcional delas está sob controle dos hormônios da hipófise e
Ovarianos
O corpo glandular é urna estrutura formada por ductos lactíferos que, irradiando-se a partir da base do mamilo, dilatam-se formando os seios lactíferos abai¬xo da aréola. Daí estendem-se radialmente em direção à parede torácica, ramificando-se em ductos menores até terminarem em formações pequenas e sa¬culares - os alvéolos ou ácinos (em números de 10 a 100) -, que formam os lóbulos mamários. O número de ductos e o tamanho das estruturas acinares variam nos diferentes períodos da vida. Os lóbulos se reúnem para formar 15 a 20 .lobos mamários que são separados entre si por projeções do tecido fibroso que envolve a mama, por depósitos de gordura e por onde passam os vasos sangüíneos,vasos linfáticos e nervos.
Cada lobo mamário corresponde a um ducto lactífero e suas ramificações intra e extralobulares. Os lobos variam consideravelmente de tamanho e são mais numerosos na parte superior do seio.

Os alvéolos, responsáveis pela produção do leite, são constituídos de uma membrana basal e uma ou duas camadas de células cilíndricas secretoras. Entre a membrana basal e as células secretoras existe uma camada de células achatadas,as células mioepiteliais, com função contrátil, que, ao se contraírem, expulsam o leite para dentro e ao longo dos ductos menores, destes aos ductos principais,indo armazenar-se nos seios nos seios lactíferos e exteriorizar-se através dos orifícios do mamilo
Em geral os hormônios estrogênios são responsáveis pela deposição de gordu¬ra, desenvolvimento do estroma e estimulam o crescimento dos duetos. Os progestogênios também promovem o crescimento dos ductos e estimulam a formação dos alvéolos. Na gravidez, a formação dos verdadeiros alvéolos secretores é controlada pela ação sinérgica dos estrogênios, progesteronas (produzidos princi¬palmente pela placenta), prolactina (produzida pela adenoipófise) e hormônio do crescimento.
A glândula mamária é envolvida por uma camada de tecido celuloadiposo que se projeta no seu interior. O tecido celuloadiposo ou subcutâneo separa a glândula da pele, exceto na região abaixo do mamilo e aréola. Os depósitos de gordura conferem ao seio um contorno superficialliso.
Abraçando a mama de modo a envolvê-Ia quase totalmente temos a fáscia superficial, que anteriormente a separa do tecido subcutâneo. A fáscia superfi¬cial se divide em dois folhetos, anterior e posterior. O folheto anterior da fáscia superficial emite projeções em direção ao parênquima mamário que se fusionam com as expansões fibrosas que partem do corpo glandular, formando os ligamen¬tos suspensores da mama, ligamentos de Cooper, que vão terminar na derme e delimitam espaços no tecido adipos.
O folheto posterior da fáscia superficial separa o corpo mamário do músculo grande peitoral; delimitando o espaço retromamário preenchido por tecido con¬juntivo frouxo. Entre a fáscia e o corpo glandular está a gordura retromamária. A bolsa retromamária contribui para a mobilidade das mamas sobre a parede torácica.

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