segunda-feira, 25 de agosto de 2008

SISTEMA RESPIRATÓRIO

O termo respiração é definido como a união do oxigênio com o sangue nas células, e a liberação subseqüente de energia para o trabalho, o calor, e a eliminação de dióxido de carbono.
As funções do sistema respiratório são: prover o oxigênio necessário ao metabolismo das células e remover um dos materiais desse metabolismo, que é o gás carbônico. Isto implica num processo de respiração externa, absorção de O2 e remoção de CO2 dos pulmões e respiração interna, troca gasosa entre as células e seu meio líquido.
O movimento do ar para dentro a dos pulmões é denominado respiração, ou ventilação e compreende duas fases: a inspiração e a expiração. A inspiração representa a entrada do ar nos pulmões e a expiração à saída.
O sistema respiratório é constituído pelos tratos respiratório inferior e superior. O trato respiratório superior é representado pelo nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traquéia. A parte inferior compreende a parte inferior da traquéia, brônquios, alvéol s e pulmões.
O sistema respiratório também pode ser dividido em porção de condução e porção de respiração
A cavida¬de nasal, a faringe, a laringe, a traquéia e os brônquios são partes da passagem que se abre dos pulmões para o exterior, por isto pertencem à porção de condução. Nos pulmões, as divisões sucessivas da árvore brônquica (os brônquios menores, bronquíolos e duetos alveolar) levam aos alvéolos, unidades funcionais dos pulmões, fazendo esta, parte da porção de respiração. A troca gasosa entre o sangue e o ar ocorre somente nos alvéolos. Aproximadamente, 20 milhões de alvéolos estão presentes ao nascimento. Esse número aumenta para cerca de 300 mi¬lhões durante os primeiros 6 a 10 anos de vida, sem altera¬ção no número de vias aéreas condutoras.


Nariz
O estudo do nariz inclui:
1. Nariz externo
2. Cavidade nasal
3. Seios paranasais

O nariz externo é visível externamente, representa a parte do conduto respiratório superior que faz saliência na face e a cavidade nasal; somente uma pequena parte da cavidade nasal está no nariz externo; a maioria encontra-se sobre o teto da boca.
A cartilagem septal forma a parte anterior do septo nasal, a qual divide a cavidade nasal em duas metades. As cartilagens laterais são expansões como asas da cartilagem septal. As cartilagens alares são em forma de U e es¬tão localizadas no lado do nariz abaixo das cartilagens la¬terais. As cartilagens alar, lateral e septal formam o arca¬bouço cartilaginoso do nariz externo; os ossos nasais e par¬tes dos ossos maxila e frontal formam seu arcabouço ósseo. As aberturas externas das cavidades nasais são chamadas na¬rinas.

O teto ósseo do nariz consiste em uma porção anterior, os ossos frontais, uma porção média, a lâmina crivosa do etmóide e uma porção posterior, partes dos ossos esfenóide e vômer. O soalho do nariz é formado pelos ossos maxilares e palatinos.
A cavidade nasal é composta de 2 cavidades em forma de cunha separadas por um septo formado em grande parte pela lâmina perpendicular do osso etmóide, o osso vômer e a cartilagem septal . As cristas dos ossos nasais for¬mam uma pequena parte da face superior do septo; as cristas dos ossos maxilar e palatino completam a face inferior.
A parede lateral do nariz possui três projeções ósseas, nas conchas nasais, superior, média e inferior, abaixo das quais repousam os meatos (passagem de ar) superior; médio e inferior, respectivamente. Cada concha é coberta por uma grossa membrana mucosa que funciona no aquecimento e no umedecimento do ar.
A porção anterior da cavidade nasal é coberta com uma grossa camada de epitélio pavimentoso estratificado, que contém glândulas sebáceas. As conchas nasais aumentam a superfície dentro do nariz e o epitélio respiratório da concha secreta muco. As membranas mucosas também filtram bac¬térias e partículas de poeira. O ar deve ser aquecido; de outra forma o tecido que reveste o trato respiratório funciona¬ria precariamente. A ausência de umidade, mesmo por al¬guns minutos, destrói os cílios do epitélio respiratório.
O nariz filtra substâncias de 2 maneiras. (1) Vibrissas ( pêlos vistos no nariz), filtram os corpos mais grosseiros, tais como insetos. (2) As correntes de ar passando sobre a mucosa umedecida nos meatos, depositam partículas finas, tais como poeira, pó e fumaça, na parede. Essas partículas finas são subseqüentemente levadas para a faringe e eliminadas.
A membrana mucosa do nariz continua anteriormente com a pele, cobrindo o vestíbulo e, posteriormente, com ã membrana mucosa da nasofaringe. A parte posterior das cavidades nasais e a nasofaringe são cobertas com epitélio cilíndrico pseudo-estratificado ciliado. Os cílios ondulam para a frente e para trás cerca de 12 vezes por segundo e ajudam o muco a limpar o ar. A porção superior do nariz está coberta com tecido neuroepitelial contendo células olfatórias que funcionam na sensação do olfato

Seios Paranasais

Os seios paranasais são espaços que contêm ar e que se comunicam com a cavidade nasal e são revestidos com uma membrana mucosa. Embora pares, comumente são assimétricos. Os seios pares e são denominados de acordo os ossos que estão localizados. Incluem os seios maxilar, frontal, et¬moidal e esfenoidal. A principal função do seio paranasais é manter os ossos do crânio mais leves. Secundariamente, eles funcionam para fornecer muco para a cavidade nasal e agir como câmaras de ressonância para a produção do som.
Os seios maxilares são os mais volumosos seios paranasais. Cada um está localizado na maxila e se abre no meato médio. O seio frontal, localizado no osso frontal, superior e medianamente à órbita, esvazia-se no meato médio. As células etmoidais são numerosos e irregulares espaços de ar que se abrem nos meatos superior e médio.
O seio esfenoidal está no osso esfenóide. Está localizado na parte posterior do olho, por trás da porção superior da cavidade nasal. Uma infecção do seio esfenoidal pode lesa a visão devido à sua proximidade com o nervo óptico. A drenagem do seio esfenoidal ocorre acima do meato superior

FARINGE
É um tubo muscular associado a dois sistemas: respiratório e digestivo, situando-se posteriormente à cavidade nasal, bucal e à laringe, reconhecendo-se ne¬la, por esta razão, três partes: parte nasal, superior, que se comunica com a cavidade nasal através das coanas; parte bucal, média, comunicando-se com a ca¬vidade bucal propriamente dita por uma abertura de¬nominada istmo da garganta (ou das fauces); parte laríngica, inferior, situada posteriormente à laringe e.continuada diretamente pelo esôfago. Trata-se de um canal que é comum para a passagem do alimento ingerido e do ar inspirado e, no seu trajeto, as vias seguidas pelo bolo alimentar e pela corrente aérea, se cruzam.
Na parede lateral da parte nasal da faringe apre¬senta-se o óstio faríngico da tuba auditiva, abertura em fenda que marca a desembocadura da tuba audi¬tiva nesta porção da faringe. A tuba auditiva comu¬nica a parte nasal. da faringe com a cavidade timpânica do ouvido médio, situada no osso temporal, igualan¬do deste modo, as pressões do ar externo e daquele contido na cavidade timpânica. Por outro lado, esta comunicação explica como infecções da faringe podem propagar-se ao ouvido médio. O óstio faríngico da tuba auditiva está limitado, superiormente, por uma elevação em forma de meia lua, muito nítida, denominada tórus tubal, produzida pela cartilagem da tuba revestida de mucosa.

LARINGE
A laringe é o complexo órgão de produção da voz (a "caixa de voz"), formada por nove cartilagens unidas por membranas e ligamentos e contendo as pregas vocais. E um órgão tubular, situado no plano mediano e anterior do pescoço que, além de via aerífera é órgão da fonação, ou seja, da produção do som. Coloca-se anteriormente à faringe e é continuada diretamente pe¬la traquéia.
Embora seja conhecida mais freqüentemente por seu papel como o mecanismo fonador para produção de voz, sua função mais importante é proteger as vias aéreas, principalmente durante a deglutição, quando serve como "esfíncter" ou "válvula” do trato respiratório inferior, assim mantendo uma via aérea permeável.
O esqueleto da laringe consiste de ¬nove cartilagens: três são ímpares (tireóidea, cricóidea e epiglótica) e três são pares (aritenóidea, corniculada e cuneiforme)

A maior das cartilagens é a tireóidea, constituída de duas lâminas que se unem anteriormente em V formando a incisura tireóidea; sua margem superior situa-se oposta à vértebra C4.Os dois terços inferiores de suas duas lâminas semelhantes a placas fundem-se anteriormente no plano mediano para formar a proeminência laríngea.. Esta projeção é bem marcada em homens, mas pouco visível em mulheres.
A cartilagem cricóidea é ímpar e tem forma de um anel de sinete, situando-se inferiormente à cartilagem tireóidea. A abertura anular da carti¬lagem permite a passagem de um dedo médio. A parte posterior (sinete) da cricóidea é a lâmina, e a parte (faixa) anterior é o arco. Embora seja muito menor do que a cartilagem tire¬óidea, a cartilagem cricóidea é mais espessa e mais forte, e é o único anel de cartilagem completo a circundar qualquer parte da via aérea.
A cartilagem aritenóide, uma de cada lado, é seme¬lhante a uma pequena pirâmide triangular de ápice superior e cuja base articula-se com a cartilagem cricóidea. Cada cartilagem possui um ápice superiormente, um processo vocal anteriormente e um grande processo muscular que se projeta late¬ralmente a partir de sua base.
A cartilagem epiglótica, ímpar e mediana, é fina e lembra uma folha peciolada, situan¬do-se posteriormente à raiz da língua e cartilagem tireóide. Sua cartilagem é elástica e se estende da laringe em direção a língua.A epiglote age como uma válvula , que impede a entrada de partículas na via aérea inferior.
As outras cartilagens são de menor importância e fa¬zem parte do esqueleto da laringe e, inclusive, podem ser encontradas pequenas cartilagens supranumerárias. Ligamentos unem as diversas cartilagens da laringe.

Cavidade da laringe
A cavidade da laringe estende-se do ádito da laringe, através do qual se comunica com a parte laríngea da faringe, até o nível da margem inferior da cartilagem cricóidea. Aqui a cavidade da laringe é contínua com a cavidade da traquéia. A cavidade da laringe inclui:
Vestíbulo da laringe: entre o ádito da laringe e as pregas vestibulares.
Parte média da cavidade da laringe: cavidade central entre as pregas e vocais
Ventrículo da laringe: invaginação entre as pregas vestibulares
Cavidade infraglótica: cavidade inferior da laringe entre as pregas vocais e a margem inferior da cartilagem cricóidea, onde é contínua com a luz da traquéia.

Contando em miúdos: Quando se examina a superfície interna de uma la¬ringe cortada sagitalmente, o que chama a atenção de imediato é a presença de uma fen¬da ântero-posterior que leva a uma pequena invaginação, o ventrículo da laringe. Esta fenda está delimi¬tada por duas pregas: uma superior, a prega vestibu¬lar (também chamada de pregas vocais falsas porque não produzem som), e outra inferior, a prega vocal (verdadeira). A porção da cavida¬de da laringe situada acima da prega vestibular é o vestíbulo, que se estende até o orifício de entrada da laringe, o ádito da laringe. A porção compreendida entre as pregas vestibular e vocal de cada lado é a glote, enquanto que aquela situada abaixo das pregas vocais é a cavidade infraglótica que se continua com a cavidade da traquéia.
As pregas vocais são constituídas pelo ligamento e músculo vocais, revestidos por mucosa, e o espaço existente entre elas é denominado rima glótica. Em condições normais as pregas vestibulares não tomam parte na fonação tendo função protetora. Para que se produza o som laríngeo, ao nível das pregas vocais, a laringe possui numerosos músculos, denominados, genericamente, músculos in¬trínsecos da laringe que podem aduzir ou abduzir as pregas vocais, isto é, que podem aproximá-las ou afastá-las, respectivamente. A musculatura íntrínseca da laringe, da qual é parte o próprio músculo vocal contido na prega vocal, pode também provocar tensão ou relaxamento das pregas vocais, o que interfere sobre¬maneira na tonalidade do som produzido. É mais fácil compreender as ações dos músculos intrínsecos da laringe quando estes são considerados como grupos funcionais: adutores e abdutores, esfíncteres, tensores e relaxadores. Adutores e abdutores: Esses músculos movimentam as pregas vocais para abrir e fechar a rima da glote. Esfincteres: fecha o adito da laringe como mecanismo de proteção durante a deglutição. Tensores: inclinam ou tracionam a proeminência laríngea ou ângulo da cartilagem tireóidea anterior e inferiormente ao arco da cartilagem cricóidea. Relaxadores: Tracionam as cartilagens aritenóideas anteriormente, em direção ao ângulo da tireóide, assim relaxando os músculos vocais para reduzir a altura da voz.
Os músculos extrínsecos da laringe movimentam a laringe como um todo.

TRAQUÉIA E BRÔNQUIOS

A laringe segue-se a traquéia, estrutura cilindróide constituída por uma série de anéis cartilagíneos incompletos, em forma de C, sobrepostos e ligados entre si pelos ligamentos anulares. A parede posterior, desprovida da cartilagem, constitui a parede membra¬nácea da traquéia, que apresenta musculatura lisa, o m. traqueal. Tal como ocorrem com outros órgãos do sis¬tema respiratório, as cartilagens da traquéia proporcionam-lhe rigidez suficiente para impedi-la de entrar em colapso e, ao mesmo tempo, unidas por tecido elás¬tico, fica assegurada a mobilidade e flexibilidade da estrutura que se desloca durante a respiração e com os movimentos da laringe. Embora seja um tubo mediano, a traquéia sofre um ligeiro desvio para a direita, próximo à sua extremidade inferior, antes de dividir-se nos dois brônquios principais, direito e esquerdo, que se dirigem para os pulmões. Estes apresentam estrutura muito semelhante à da traquéia e são também de¬nominados brônquios de primeira ordem. Cada brônquio principal dá origem aos bronquios lobares, ou de segunda ordem, que ventilam os lobos pulmonares. Es¬tes, por sua vez, dividem-se em brônquios segmentares ou de terceira ordem, que vão ter aos segmentos broncopulmonares. Os brônquios segmentares sofrem ainda sucessivas divisões que são chamadas de bronquíolos, que entram em unidades básicas dos pulmões, chamados de lóbulos. Cada bronquíolo se divide ao entrar no lóbulo, em vários bronquíolos terminais, cada um dos quais se subdivide, em dois ou mais ductos respiratórios antes de terminarem nos alvéolos pulmonares. Vê-se, assim, que cada brônquio principal dá origem no pulmão a uma série de ramificações conhecidas, em conjunto, como árvore brônquica. O brônquio direito se difere do esquerdo porque é mais curto e mais largo e tem um trajeto vertical.
Os Brônquios dividem-se repetidamente em tubos cada vez menores denominados bronquíolos. Eles atuam na regulação do fluxo de ar para os alvéolos.
Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias. Um capilar pulmonar evolve dada alvéolo. A função dos alvéolos é trocar oxigênio e dióxido de carbono através da membrana do capilar alvéolo-pulmonar.


PULMÕES



Se a raiz for seccionada antes da (medial à) ramificação do brônquio principal (primário) e da artéria pulmonar, sua configuração geral é:
 Artéria pulmonar, superior à esquerda (o brônquio lobar supe¬rior ou "eparrerial" pode estar localizado superior a ela no lado direito).
 Veias pulmonares superior e inferior, mais anterior e mais infe¬rior, respectivamente.
 Brônquio, aproximadamente no meio do limite posterior, com os vasos brônquicos imediatamente adjacentes (geralmente na face posterior nesse ponto).
Medial ao hilo, a raiz está encerrada na área de continuidade entre as lâminas parietal e visceral de pleura - a bainha pleural, ou mesopneumônio (mesentério do pulmão). O hilo do pulmão é uma área cuneiforme da superfície medial de cada pulmão, o ponto no qual as estruturas que formam a raiz entram e saem do pulmão. O hilo (entrada) pode ser comparado à área da terra na qual as raízes de uma planta penetram no solo.

As fissuras horizontal e oblíqua dividem os pulmões em lobos. O pulmão direito possui três lobos, o pulmão esquerdo tem dois. O pulmão direito é maior e mais pesado do que o esquerdo, porém é mais curto e mais largo, porque a cúpula direita do diafragma é mais alta e o coração e o pericárdio são mais salientes à esquerda. A borda anterior do pulmão direito é relativamente reta, enquanto essa borda do pulmão esquerdo possui ma incisura cardíaca profunda, um entalhe causado pelo desvio o ápice do coração para o lado esquerdo. Essa incisura marca principalmente a face ântero-inferior do lobo superior do pulmão esquerdo. Este entalhe freqüentemente cria um processo fino, lingüiforme, do lobo superior, a língula, que se estende abaixo da incisura cardíaca e desliza para dentro e para fora do recesso costomediastinal durante a inspiração a expiração. Cada pulmão possui:
 Um ápice, a extremidade superior arredondada do pulmão que fica acima do nível da 1ª costela até a raiz do pescoço, recoberta pela cúpula da pleura.
 Três faces (costal, mediastinal e diafragmática).
 Três margens (anterior, inferior e posterior).

Os pulmões de um cadáver embalsamado, geralmente firmes ao que, têm impressões que são formadas pelas estruturas adjacentes eles, como as costelas. Essas impressões fornecem indicações sobre as relações dos pulmões; entretanto, não são visíveis durante a cirurgia ou em amostras frescas de cadáver ou post mortem.
A face costal do pulmão é grande, lisa e convexa. Está relacionada à pleura costal, que a separa das costelas, cartilagens costais dos músculos intercostais íntimos. A parte posterior da face costal está relacionada aos corpos das vértebras torácicas e algumas vezes é denominada parte vertebral da face costal.

A face mediastinal do pulmão é côncava, porque está relacionada ao mediastino médio, que contém o pericárdio e o coração. A face mediastinal inclui o hilo e assim recebe a raiz do pulmão, ao redor da qual a pleura forma a bainha pleural. O liga¬mento pulmonar pende inferiormente da bainha pleural ao redor da raiz do pulmão. Se embalsamado, há um sulco para o esôfago e uma impressão cardíaca na face mediastinal do pulmão direito. Como dois terços do coração estão à esquerda da linha média, a impressão cardíaca na face mediastinal do pulmão esquerdo é muito maior. Esta face do pulmão esquerdo também possui um sulco contínuo e proeminente para o arco da aorta e a aorta descen¬dente (torácica) e também um sulco menor para o esôfago.
A face diafragmática do pulmão, que também é côncava, forma a base do pulmão, que se apóia sobre a cúpula do diafragma. A concavidade é mais profunda no pulmão direito devido à posição mais alta da cúpula direita do diafragma, que fica sobre o fígado, que é grande. Lateral e posteriormente, a face diafragmática é limi¬tada por uma margem fina e aguda (margem inferior) que se projeta para o recesso costodiafragmático da pleura.
A margem anterior do pulmão é o local onde as faces costal e mediastinal se encontram anteriormente e se superpõem ao coração; a incisura cardíaca entalha esta margem do pulmão esquerdo. A margem inferior do pulmão circunscreve a face diafrag¬mática do pulmão e a separa das faces costal e mediastinal. A margem posterior do pulmão é o local onde as faces costal e medias¬tinal se encontram posteriormente; é larga e arredondada e situa¬-se na cavidade ao lado da região torácica da coluna vertebral.

As cavidades pulmonares são revestidas por membranas pleurais (pleuras) que também se refletem e cobrem a superfície externa dos pulmões contidos nas cavidades Corresponde a um saco seroso com¬pletamente fechado. A pleura, apresenta dois folhetos: a pleura pulmonar (visceral) que reveste a superfície do pulmão e mantém continuidade com a pleura parietal que recobre a face interna da parede do tórax. Entre as pleuras pulmonar e parietal há um espaço virtual a cavidade da pleura, contendo uma película de liquido de espessura capilar que permite o livre deslizamento de um folheto contra o outro nas constantes variações de volume do pulmão, ocorridas nos movimentos respiratórios. Dentro da cavidade pleu¬ral a pressão é subatmosférica. um fator importante na mecânica respiratória.
A pleura parietal reveste as cavidades pulmonares, assim aderindo à parede torácica, ao mediastino e ao diafragma. É mais volumosa do que a pleura visceral, e, em cirurgias e dissecções de cadáver, pode ser separada das superfícies que cobre. A pleura parietal consiste em quatro partes:
A parte costal cobre as superfícies internas da parede torácica.
A parte mediastinal cobre as faces laterais do medias tino - as massas de tecidos e órgãos que separam as cavidades pulmo¬nares e seus sacos pleurais.
A parte diafragmática cobre a superfície superior ou torácica do diafragma de cada lado do mediastino.

A cúpula da pleura estende-se através da abertura superior do tórax e entra na raiz do pescoço, formando uma cúpula pleural caliciforme sobre o ápice do pulmão (a parte que se estende acima da 1 a costela).


Controle da respiração
A respiração é controlada pelos mecanismos nervoso e químico.
Mecanismo nervoso:
O sistema do controle respiratório é formado por três grupos distintos de neurônios , situados bilateralmente no bulbo raquidiano e na protuberância do tronco cerebral (ponte):
• Área inspiratória e expiratória: localizadas na substância reticular do bulbo raquidiano. O centro de controle da respiração no bulbo é chamado de Centro de Controle Respiratório medular, que permite estabelecer ritmo respiratório básico;
• Área pneumotoráxica: localizada na substância reticular do terço superior da protuberância. Chamada também de centro pneumotoraxico e centro apnêustico. São área que modificam e ajudam a controlar a respiração.
A respiração normal é rítmica e involuntária. A freqüência respiratória normal varia de 12 a 20 resp/min no adulto e de 20 a 40 na criança.
O corpo regula a respiração a cada momento, em resposta a mudanças na atividade celular.
A inspiração ocorre quando os neurônios respiratórios da medula são estimulados , originando os impulsos nervosos. Estes por sua vez irão estimular os músculos da respiração , trafegando do bulbo, através dos nervos frênico e intercostais.
A expiração acontece quando o impulso dos neurônios expiratórios chegam aos neurônios inspiratórios, inibindo a formação do impulso nervoso provocando relaxamento dos músculos inspiratórios.
Muitas medicações (narcóticos) podem deprimir o centro respiratório medular.
Outras áreas do encéfalo também podem afetar o padrão da Respiração:
• Hipotálamo: respostas emocionais e ansiedade
• Córtex cerebral: atividade cortical que permite controlar voluntariamente a profundidade e a freqüência respiratória.
• Nervo vago
• Fatores que afetam a respiração: tosse, espirro, falar, soluçar, etc.

Mecanismo químico
As substâncias químicas que participam do controle da respiração incluem o dióxido de carbono, o íons de hidrogênio e o oxigênio, que são detectadas por áreas quimossensitivas, chamadas quimiorrecepores. Quando ativados estimulam áreas do tronco cerebral. Existem dois tipos de quimiorreceptores: centrais (localizados no SNC) e periféricos (fora do SNC).
Os centros detectam mudanças na concentração de íons hidrogênio e de dióxido de carbono no sangue.
Os periféricos estão localizados nas paredes das artérias carótida e aorta, na região do pescoço e caixa torácica.
Muitos fatores diferentes contribuem para o controle da respiração, mas, indiscutivelmente, os mais importantes são os seguintes:
1- A pressão do gás carbônico (PCO2) no sangue;
2- A concentração dos íons hidrogênio (pH) no sangue;
3- A pressão do oxigênio (PO2) no sangue;
Sinais neurais das áreas cerebrais, controladoras dos músculos

Nenhum comentário: